Depois que seu irmão supostamente morreu, Lorenzo só pensa em vingança. Ele não se importa mais com o Perverse Killers, muito menos com Kananda. Ele a culpa pelo que aconteceu com Gabriel e quer esquecer que um dia sentiu algo por Fire.
E tudo o que...
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— VOCÊ ESTÁ MORTO! — Foi a única frase que passou por meus pensamentos.
Porque foi o que Kieran disse. Porque ele não apareceu mais depois daquela noite, porque seu perfil nas redes sociais ficou desativado esse tempo todo! Mas eu não fui ao seu enterro. Porque provavelmente nunca teve um!
Desgraçado.
O capuz do moletom azul-marinho estava erguido, mas ainda podia ver seu rosto. Scott.
— Escutei essa frase de algumas pessoas — sorriu. — Não estou morto. Aaron atirou em mim, mas Pietro me salvou. Kananda, preciso conversar com você.
Como ele ousa? Antes de pensar em qualquer coisa coerente, minha mão voou para o seu rosto. O estalo foi audível e deixou a palma da minha mão vermelha e dolorida. Ele ficou encarando as nuvens e mexendo a mandíbula.
— Bom tapa — comentou.
— Você é um merda — xinguei, mostrando os dentes. — Demorou quase um mês para me dizer que estava vivo. Não existe celular na sua vida, Scott?
— Fale mais baixo — olhou para os lados, mesmo não tendo ninguém ali. — Não estou com vontade de voltar à vida. Não ainda, Fire.
Um segundo depois, estava impulsionada contra seu corpo musculoso. Ele me abraçou, o queixo apoiado em meu ombro. O perfume conhecido serviu para acalmar as batidas violentas do meu coração.
Ele está aqui. Imediatamente, a imagem de Gabriel veio. O sorriso, as tatuagens, os olhos claros. Não seria perfeito se ele também estivesse vivo e tudo não passasse de um engano?
— Eu senti sua falta, Scott.
Mesmo fazendo aquilo com Patrick, ele ainda podia ser um bom amigo. Scott até ouviu meus problemas e espantou a ex de Lorenzo. E ele não estava morto. O que ainda estava sendo absorvido por meu cérebro congelado.
Porque mesmo querendo... alguns não voltariam a viver.
