Depois que seu irmão supostamente morreu, Lorenzo só pensa em vingança. Ele não se importa mais com o Perverse Killers, muito menos com Kananda. Ele a culpa pelo que aconteceu com Gabriel e quer esquecer que um dia sentiu algo por Fire.
E tudo o que...
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FECHEI OS OLHOS enquanto ouvia Sanus cacarejar.
— Ele não chamou você? — Perguntei.
Scott aproximou o celular para mais perto de mim, como se eu estivesse surdo. Ou talvez fosse só implicação minha. Com todos os problemas entalados na garganta, estava tentando jogá-los para alguém. E Scott parecia ser a opção mais próxima.
Pietro saiu para algum lugar, e estávamos somente nós dois ali. Dharck parecia ter problemas na delegacia e foi embora também. Nós dois estávamos em situações parecidas. Porque Cristina e Kan estavam nas mãos de um maluco.
Que parecia querer assassiná-las.
— Não — Sanus confirmou —, nada. Ele não me chamou. Quando cruzamos no corredor, Sadrack estava sorrindo e disse que hoje seria um ótimo dia.
Eu e Scott trocamos um olhar suspeito.
— Um ótimo dia? — Repeti, para ter certeza.
— Você tem algum problema de audição, Lorenzo? É, um ótimo dia, ele falou. — Sanus baixou a voz. — Mas pelo pouco que conheço de Sadrack... ele está aprontando alguma coisa.
Tentei ignorar a leve vontade de torcer seu pescoço. Porque, por ora, estávamos do mesmo lado nessa batalha (ao que parecia).
— Kananda vai morrer — Ashur cantarolou.
Bati devagar em minha cabeça, mas com força.
— Ela não vai morrer! Eu não posso deixar que isso aconteça! Pare de me azucrinar!
Ele não respondeu, como era característico de Ashur.
Pensei no que Sadrack poderia fazer. E todas as respostas iam parar na morte de Sanus. Eu não me preocupava com ele, mas para Scott funcionar direito... o infeliz tinha que sobreviver. E agora, era melhor ter dois, do que nenhum.
— Escute, saia daí — falei.
— Como?Esqueceu que estou aqui para protegê-la? Não foi isso que mandou eu fazer?
