TRINTA | *DARKNESS*

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ÀS VEZES, AS cicatrizes brancas em meu corpo e na alma me faziam pensar se não tinha sido tão frio e podre com Scott — e se não deveria ter empregado a mesma arma a Aaron.

Porém, os dois estavam mortos agora, não adiantava mais pensar no passado.

Era um dos ensinamentos do Assassin's. Não amar ninguém. Eu e Pietro quebramos essa regra nos amando, e olhe o que aconteceu. Os dois jogados para lados opostos, inimigos. Dois irmãos que se odiavam mutuamente e que não possuíam mais chances de reconciliação.

Amei Scott também, e ele estava morto. Todos por quais ousei sentir algo... morreram. Fosse por minhas mãos ou pelas do destino.

— Ainda não entendi — estreitei os lábios levemente.

Sanus suspirou, desviando os olhos. Talvez os baseados que fumei estivessem fazendo efeito, deixando meu cérebro lento e improdutivo. Era a única explicação para não conseguir assimilar o que o assassino estava dizendo.

— Talvez eu possa ajudar — continuei. — Você vai voltar para o Assassin's? Pensei que tinha sido expulso de lá.

Sanus tossiu e colocou a mão na boca, espremendo os olhos azuis e fazendo uma careta para o cheiro. Fiz um sinal para L2 e o mesmo abriu a porta, deixando que o ar entrasse. Reclinei as costas na cadeira e coloquei as mãos em cima da mesa.

Esperando por uma resposta que fizesse sentido.

— Primeiro: trabalhar para você foi a forma deles não me pegarem, mas agora acabou. Segundo: não fui expulso, eu fugi — Sanus piscou —, e matei um mestre, você sabe disso. E eu vou me entregar.

Como se não bastasse minha vida estar de cabeça para baixo... teria que perder um dos melhores assassinos da Florida? Como? Por que? Por ele, do nada, ter colocado a mão na consciência e resolver que já estava cansado de viver?

Sim, porque dizimariam ele e me mandariam os ossos de recordação, assim que pisasse no hall.

— Por que? — Perguntei, movendo os ombros para cima. — Você poderia ter simplesmente fugido mais um pouco. Ou eu teria te protegido. Ainda dá tempo, você sabe que eles vão torturá-lo bem, mas bem lentamente, e depois deixá-lo morrer de dor, fome e sede.

Sanus alisou a camiseta sem me encarar.

— Eu sei.

Death | Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora