Depois que seu irmão supostamente morreu, Lorenzo só pensa em vingança. Ele não se importa mais com o Perverse Killers, muito menos com Kananda. Ele a culpa pelo que aconteceu com Gabriel e quer esquecer que um dia sentiu algo por Fire.
E tudo o que...
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— TEM CERTEZA? — INDAGUEI pela décima vez, retorcendo as mãos no colo.
Não sei se é a melhor opção agora.
Lorenzo sorriu e como resposta, saiu do carro. Respirei fundo duas vezes antes de sair da caminhonete e encarar a casa da minha avó. Era a primeira vez em dias que criava coragem para aparecer aqui.
Parei na frente do portão e antes que pudesse elevar a mão para abri-lo, ela já estava saindo de casa. Nunca vi Sara correr. Mas hoje ela tinha dado um jeito.
— Meu Deus! — Ela quase me sufocou e quebrou minha coluna com seu abraço. — O que houve? O que aconteceu? Por onde você esteve todo esse tempo? Sumiu do nada. Você ficou maluca, Kananda?
Me soltei de seu abraço e engoli em seco.
Por que tinha que ser tão difícil? Ela precisava saber sobre tudo o que aconteceu comigo. Acredito que a explosão na lanchonete e o rapto de Sadrack, ela entenderia perfeitamente. Mas sobre estar esperando um filho aos dezoitos anos? Duvidava muito.
— Precisamos conversar, vó. E aqui não é o melhor lugar para isso.
Ela assentiu e sua atenção foi direto para Lorenzo. Ela pareceu enxergar a garoto tatuado e com expressão séria pela primeira vez.
— Quem é você?
Talvez ela estivesse o comparando ao meu pai? Cheio de tatuagens e com expressão selvagem? Peguei a mão dele e forcei nossa entrada para dentro do cercado, até a nossa casa. Parei na frente do sofá, desconfortável. Foi a presença dele que me fez ter forças para encarar minha avó e despejar:
— Ele, Sara, é o pai do meu filho. É — notei a expressão alarmada. — Precisamos ter uma longa conversa.
