QUINZE | *MEETING*

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TODOS NÓS TÍNHAMOS um quarto ali no Ruthless — uma casa para qual voltar

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TODOS NÓS TÍNHAMOS um quarto ali no Ruthless — uma casa para qual voltar. Então L2 não seria diferente. Desde que cheguei aqui, o garoto vivia escondido no quarto e só saía quando Scott não estava, e para dar informações a Sadrack.

Como um rato.

Ele nunca dirigiu uma palavra a mim. E eu, o mesmo.

Mas hoje seria diferente.

Ele tinha contado e — pior —, mostrado tudo a Sadrack. Algo pelo qual nunca imaginei que Sadrack sentiria raiva, e se Aaron não tivesse intervindo, eu estaria morto agora. Morto. Por dormir sob as estrelas com uma mulher e me tornar amigo dela.

Eu não podia fazer nada com uma arma apontada para a minha testa. Não eu. Porque foi para isso que fui treinado. Para abaixar a cabeça quando meu mestre estivesse irritado.

Ele é um assassino melhor do que eu.

Meus pelos arrepiaram completamente diante da lembrança. Não pude nem me mexer direito quando me dei conta de que nunca mais veria Scott. Ele tinha voltado dos mortos e eu estava indo pelo mesmo caminho que ele trilhou.

Com a diferença de que não voltaria a vida.

Até... Aaron, Aaron... chegar e me salvar.

Fiquei atrás da porta silenciosamente, esperando seu aparecimento. Após concluir esse pensamento, a porta foi aberta. Coloquei a mão na adaga e apertei o cabo. Uma cabeça de cabelos escuros e rebeldes apareceu em meu campo de visão e impulsionei meu corpo contra ele, fechando a porta com suas costas.

Apertei a lâmina em sua garganta. Ele teve o senso de não se mexer e nem gritar.

— Por que fez aquilo? — Rosnei.

Ele riu, os olhos azuis ou verdes (dependendo do clima e do dia) me examinando com cuidado. Não vi medo ali. Era tudo encenação perto de Sadrack ou uma adaga em seu pescoço não o assustava?

— O que? — Respondeu, a voz firme como aço. — Desculpe se prefiro minha vida a sua.

Espremi os olhos.

— Você poderia ter mentido.

— Ele queria provas visuais.

Eu sei. Tirei um filete de sangue quando apertei mais a lâmina contra a sua garganta. Ele fez uma careta.

— Sadrack acreditaria no que você mostrasse. Apenas nela atirando, ou se defendendo quando lutávamos. Sem a parte da nossa amizade.

L2 sorriu novamente, erguendo os ombros.

— Por que? Não somos amigos, para eu arriscar minha pele dessa maneira.

Um pingo de respeito por sua atitude egoísta nasceu entre a raiva que dominava os meus pensamentos.

Death | Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora