Depois que seu irmão supostamente morreu, Lorenzo só pensa em vingança. Ele não se importa mais com o Perverse Killers, muito menos com Kananda. Ele a culpa pelo que aconteceu com Gabriel e quer esquecer que um dia sentiu algo por Fire.
E tudo o que...
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PODERIA SIMPLESMENTE DIZER um nome, entre os dois, mas não consegui. Como? Se fosse em outra época... nem me importaria com Kananda. Mas como escolher entre meu irmão mais velho renascido dos mortos e a garota que eu... amava?, e que estava carregando o meu filho?
Era demais para mim. Para qualquer pessoa com um coração.
Fiz um sinal com as mãos, tentando recuperar a respiração e tive uma crise de tosse. Peguei os dois revólveres e apontei para Sadrack, respirando pesadamente e o fitando. Merda de bronquite atacando nesse momento e fazendo meus olhos embaçarem.
— Atire — blefei, sorrindo. — E você vai junto.
Ele riu, e não pareceu nenhum pouco alarmado.
— Que inconveniência. Acha que tenho medo de morrer, Lorenzo? Consigo ler sua expressão corporal. Antes que sequer pense em atirar, os miolos dos dois estarão espalhados pelo chão e eu fugindo daqui. Largue-as agora.
Pela primeira vez, minhas mãos tremeram e o obedeci. Aquela escolha estava acabando comigo. Porque não estava conseguindo achar uma saída que deixasse nós três vivos — ou ao menos, que fizesse Sadrack hesitar em sua decisão.
— Que tal um acordo, Sadrack?
Com a arma, ele forçou a cabeça de Sirius para baixo.
— Estou ouvindo.
— Minha vida — apontei para o meu peito, e em seguida, para Kan e Sirius — pela dos dois.
Sadrack gargalhou.
— Você tem noção de quantas vezes já tive a chance de matá-lo e não o fiz? Você ainda não percebeu que quero que sofra? Antes da morte do seu irmão, você era bem melhor e mais astuto. O que aconteceu?
— Foi você quem mandou Aaron matar Gabriel? — Perguntei.
Sadrack fez um beicinho manhoso, depois sorriu. Ele tirou alguns fios da frente do rosto de Kananda com o revólver, me olhando lentamente no processo e se certificando que eu estava prestando atenção.
Verme.
— Claro que não — respondeu. — Aaron era um palerma, mesmo sendo meu filho. Dos quatro, era o mais idiota. Não sabia que Kananda era sua irmã e a desejou. Em sua cabeça doentia, Kananda seria somente dele e de mais ninguém. Padrão.
