CINQUENTA E QUATRO | *REBIRTH*

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Uma semana depois

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Uma semana depois.

TUDO ESTAVA, MAIS ou menos, voltando ao normal.

O irmão de Lorenzo, Sirius, estava se recuperando e já ganhara alta, assim como Sanus, com o dedo costurado.

Com um pouco de ciúme, observei Scott abraçar Cristina. Eles eram irmãos, lembrei. Lorenzo me cutucou com o cotovelo e fez uma expressão de Não acredito que está fazendo isso, me trazendo de volta a realidade. Esse sentimento era ridículo.

Balancei a cabeça e me concentrei em respirar fundo. Só o que faltava era me tornar um bronco ciumento, até do irmão dela.

— Vou sentir sua falta — ela disse.

— Como se nunca mais eu fosse voltar — Scott sorriu. — Vou dar uma volta no Texas e esperar a poeira baixar. Daqui a pouco estou de volta, meu anjo — beijou o topo de sua cabeça. — Você nem notará minha falta.

— Eu sofri em silêncio quando Sadrack disse que você estava morto — retrucou. — Então, mande notícias todos os dias, ou vou atrás de você.

Ele riu, concordando, e começou a se despedir de nós, abraçando Kananda, Sirius, Lorenzo e por último, eu. Pietro e Sanus estavam fazendo o mesmo. Scott me puxou para um abraço apertado e sussurrou em meu ouvido.

— Cuide dela, Dharck.

— Não farei outra coisa, Scott.

Ele se separou do abraço, mantendo as mãos em mim.

— É bom, porque posso cortar suas bolas e fazer você engoli-las em segundos — apertou meus ombros com uma expressão feliz. — Nunca se esqueça.

Ergui as sobrancelhas em reconhecimento. Ele assentiu e deixou que os olhos castanhos vagassem por nós.

— Obrigado por não prender a mim e a Sanus. Sei que não está fazendo isso inteiramente por Cristina.

A verdade é que estava completamente bem. Pensei que me sentiria culpado por deixar dois assassinos à solta, mas por incrível que pareça, eu conseguia entender que eles não fariam mal a ninguém. A pessoas boas, ao menos.

Irônico.

Uma dupla de assassinos apaixonados e "bonzinhos".

— Tudo bem. Devo uma última ao meu irmão, mesmo — respondi.

Ele deu batidinhas em meus ombros, depois entrou no carro preto. Assisti Lorenzo limpar algumas lágrimas do rosto — a contragosto — e abraçar Pietro ao mesmo tempo, resignado.

— Se você desaparecer das nossas vidas, vai ter o mesmo destino que o seu irmão. Juro.

Pietro sorriu, mantendo os olhos fechados.

— Que coisa horrível de se falar, Lorenzo! — Kananda esganiçou e fui obrigado a rir de sua expressão. Ela se virou para Sirius e a ouvi dizer. — Eu não fazia a mínima ideia que o pombo-correio era o irmão mais velho de Lorenzo. Por mais que você fosse parecido com ele, não fazia nenhum sentido.

Dei um passo atrás, para mais perto de Kananda.

— Pombo-correio? — Me entrosei.

Sirius aquiesceu, fazendo uma careta quando a cicatriz da bala esticou.

— A mando de Sadrack, fui avisar Kananda de que o tempo dela com Lorenzo estava acabando. — Levantou os ombros e cruzou os braços na frente do peito. — Eu sempre soube quem ele era, e Enzo nunca teve a oportunidade de saber que eu estava vivo.

A voz de Sirius ainda estava um pouco rouca, mas ele estava falando. Acho que, realmente, os irmãos Willer tinham sete vidas. Menos, Gabriel. O irmão mais novo, morto uma semana antes de eu chegar em Jacksonville.

Antes que pudesse responder, Sanus deu alguns tapinhas nas costas de Sirius.

— Eu sabia que você era parecido com alguém e nunca me dei conta. Lorenzo é a sua cópia fiel. Chato. Insuportável. Egoísta.

— Sanus — Kananda podou, rolando os olhos. — Os dois são parecidos sim, na aparência. Mas não precisa ficar espalhando as qualidades de Enzo aos quatro ventos.

Ele riu, apontando um dedo na direção de Kananda como se dissesse É isso aí!

— Sanus — Pietro gritou de dentro do carro, no banco do motorista. — Vamos logo de uma vez!

Sirius fez uma careta e desgrudou do aperto do assassino. Sanus correu até entrar no carro.

— Até mais, pessoal! — Sanus cantarolou e fechou a porta do carro.

Apertei Cristina contra o corpo, enquanto assistia à partida deles. De certa forma, fiquei feliz pelos três estarem tirando umas férias. Talvez, daqui a pouco, fosse a minha com Cristina.

Brasil seria uma boa.

Depois que o veículo desapareceu, me virei para Sirius. Minha atenção estava totalmente focada no jovem desconhecido.

— O que você vai fazer agora?

Ele olhou para Lorenzo, e de volta para mim.

— Eu e Cris fizemos uma parceria. Como ela é a filha mais velha, é dona da metade do clube e eu irei supervisionar o andamento dele — desviou os olhos. — Mas no lugar do Ruthless Killers, estou pensando em criar The Dangerous, um clube somente de lutas, mas que terá torneios e circuitos. Ainda estou me decidindo sobre o resto.

Uma boa escolha. Sorri sem mostrar os dentes e dei um beijo em Cristina.

É.

As coisas estavam finalmente se acertando.

Death | Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora