DEZOITO | *TREAT*

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ENCAREI MEU REFLEXO através da tela do celular

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ENCAREI MEU REFLEXO através da tela do celular. Meus olhos estavam azuis hoje. Eles mudavam constantemente para verdes. Mas hoje não. Azuis, eu brincava, era quando iria matar. Verdes, quando estava tudo bem.

Hoje não estava tudo bem. Assim como na maioria dos dias depois que Gabriel perdeu as memórias e saiu daqui.

O movimento no Perverse Killers estava aumentando. Não era mais somente roqueiros que entravam aqui, fumavam e compartilhavam piadas internas, mas sim playboyzinhos que pagavam para usar nossos octógonos.

Por exemplo, agora estava vendo um homem se exibir para a namorada. E ela estava digitando no celular e nem olhava em sua direção.

Sorri com a visão dos dois e virei para o balcão, tomando mais um gole de whisky, lembrando de onde e com quem estava naquele momento. Sim. O odioso Scott contando sobre a informação secreta do seu informante-maldito-secreto-e-quem-sabe-namorado.

Encarei Scott, fazendo uma careta.

— Sério?

Ele ajeitou as pulseiras pretas ao redor dos punhos.

— Foi o que ele contou.

— Ele quem? — Rosnei, atraindo o olhar de Caio. — Estamos trabalhando em equipe agora. Como vou confiar em alguma pessoa que não conheço? Já viu isso em algum lugar?

Se bem que mesmo Scott estando ao meu lado e sendo filho de Pietro, eu não confiava nele. Mas isso era recíproco. Eu sabia desse fato tanto quanto sabia que poderia matá-lo no ringue, caso tivesse a chance.

— Eu — alguém falou atrás de mim. Um homem de cabelos castanho-claros e olhos azuis, alto e forte. Arqueei uma sobrancelha quando ele ficou ao nosso lado. — Sou eu quem estou passando informações para Scott.

Tive menos de um segundo para assimilar a visão daquele homem grande e ameaçador perto de mim. E do que ele estava falando.

— Que entrada triunfal — levantei do banco e fiz um sinal para me seguirem. Ali não era o melhor lugar para conversarmos sobre como acabaríamos com Sadrack Hall. — Quem é você afinal? — Indaguei, quando fechei a porta.

Pietro não estava ali. Estranho.

— Kieran — Scott respondeu.

Como é que é? Parei no meio do escritório, tenso. O destino não seria tão desgraçado assim comigo, não é? Claro que poderia ser. Desde minha adolescência, o destino cagava em minha cabeça, então não seria diferente agora.

Engoli em seco, com o sangue voando para as bochechas. Olhei de um para outro.

— Kieran? O mesmo que anda dormindo com Kananda?

Você vai matá-lo, então? — Ashur perguntou, esperançoso. — Porque em sua cabeça, ela ainda lhe pertence.

Quieto — respondi mentalmente.

Death | Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora