20 - An ordinary day to relax

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Mais emoção e Ziam romântico e se dando bem para vocês. 😂😁 Eles estão tão bem, nem parecem os dois briguentos do início da fic. Vou mostrar mais um lado da insegurança deles. De resto é o que título fala mesmo "Um dia normal para relaxar. " Depois de tantas surpresas e bombas eu fiz esse aqui para dar uma acalmada nas coisas kjkkk. Mas depois, é tiro atrás de tiro.
Boa leitura!! Aproveitem. 😘
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Zayn abriu os olhos contra sua vontade, mas não queria levantar e acabou cobrindo a cabeça com sua coberta. O tempo era frio e continuava chovendo lá fora, como nos últimos dias. Felizmente isso não afetou sua respiração e não teve mais outras crises de bronquite, o que não significava que não poderia ter. Isso era um incógnita e por isso deveria carregar seu inalador consigo, para cima e para baixo.

Ele ouviu o barulho de alguém se movimentando- com certeza Liam- a torneira sendo aberta, e ele deveria estar lavando o rosto, provavelmente. Depois não ouviu mais barulho e estranhou. Mesmo não querendo teve que se erguer. Coçou os olhos, e deixou um bocejo escapar.

-Ainda com sono? - escutou a voz de Liam, encostado na viga da beliche aos seus pés, então assentiu, levantando-se. Liam viu a cueca dele a mostra e uma cenas bem estranhas vieram na sua mente, fazendo-lhe balançar a cabeça.

Malik também lavou o rosto, e arrumou seus cabelos como pôde. Ele voltou para a cama e pegou a caixa com os remédios.

-Ajuda?- o castanho perguntou, gentil. Zayn concordou e viu-o sentar-se ao seu lado, abrindo a caixa e pegando o vidro amarronzado junto com uma ampola. Ele limpou o braço do moreno com o algodão molhado no álcool e encheu a agulha com o líquido amarelado, posicionando-o, logo, sobre a pele dele.

Malik olhava tudo com um encanto tremendo: Louis estava certo quando disse que o ser humano é carente e precisa de carinho. Zayn adorava a forma como Liam lhe ajudava, sem reclamar e com todo o cuidado do mundo. Sua atenção, no entanto, foi desfocada quando sentiu a ponta da ampola penetrar sua pele e Liam empurrá-la para dentro, cautelosamente e devagar.

Odiava isso, ainda mais a sensação de impotência que sentia, de fraqueza. Pois a verdade era que não tinha o mesmo físico que os outros, e precisava de atenção redobrada devido os seus problemas respiratórios. Isto acabava consigo. Ninguém gosta de saber que é mais vulnerável do que o outro e Zayn não era diferente. E tudo por causa dos maldito cigarros.

-Pronto? - inquiriu, baixo, e Liam negou. Payne apertou mais a seringa para que o líquido entrasse na veia e então retirou-a, jogando-a fora em seguida.

-Agora sim, medroso. - Ele zombou da careta que o moreno fazia.

-Não sou medroso, só não gosto disso. - declarou, emburrado. Liam riu, arrumando a bagunça dos remédios e fechou a caixa. Zayn surpreendeu-se quando ele acariciou o local onde fora medicação suavemente e aproximou os rostos deles.

-Ainda bem que eu existo. - sussurrou, bem próximo ao menor, que piscou os olhos.

-O que está acontecendo entre nós? - não se aguentou e perguntou, abaixando o rosto para ver a mão de Liam no seu braço. Aquela angústia estava lhe matando e precisava saber, entender a situação deles, porque só havia confusão em sua mente. - A gente se beija quando quer a partir de agora? - Também queria dizer Viramos amantes fixos um do outro? São só beijos ou vamos nos aprofundar nisso? mas decidiu por deixar para lá. Eram questões mais complexas para eles. Por enquanto bastava o mais simples.

Liam assustou-se com as perguntas, aliás também não sabia o que dizer. Sua mente estava qual ou pior a de Malik; eram dois rapazes confusos e sem direção. Payne respirou fundo e Zayn achou que ele fosse se afastar e já estava se esmurrando internamente por isso. Não queria que ele ficasse longe ou que caísse na real para perceber que estava, realmente, ficando com outro homem. Isso o deixaria louco, e aí sim um muro de metal seria colocado entre eles. Malik não desejava isso; ter Liam daquela maneira tão pessoal era ótimo. Adorava o sorriso presunçoso dele e as ruginhas ao redor dos olhos, quando sorria.

-Eu não sei. - Payne respondeu, meneando a cabeça. - Eu só sei que gosto dos seus beijos, mesmo que você seja outro cara. Isso ainda é estranho para mim, mas é um estranho bom e eu não quero parar. - disse o que estava no seu coração, sendo honesto e puro. Eles já tinham problemas demais para ficar prolongando isso ou fugindo da verdade. Fazer isso não adiantaria em coisa alguma, só se machucariam.

-Você... hmm... acha que isso vai ser bom para nós dois? E se acabarmos nos apaixonando? -indagou, com certa delicadeza. Era difícil falar sobre sentimentos, sobretudo sendo homem.

-Bom, não podemos mandar no coração, não é? - Liam sorriu, envergonhado. - Vamos só aproveitar o momento. O futuro é imprevisível.

-Não, Liam. - Malik grunhiu. -Eu não quero me apaixonar sozinho. E se isso acontecer vai ser péssimo para nós.

-Eu não posso fazer nada, Zayn. Não dá para controlar essas coisas, já disse. Se você quiser se afastar, beleza, mas não coloca a culpa em mim depois. -disse, contrariado, e ameaçou levantar porém Zayn lhe puxou o braço, fraco mas o necessário para mostrá-lo que queria- o próximo.

-Seu cretino! - reclamou, inclinando-se para frente. - Se eu cair nessa você vai junto.

-Não disse que não iria. - ele respondeu sorrindo de lado e aceitou de bom grado o beijo de Malik. -Que fome, hein? - Payne caçoou sobre os lábios do outro, ao ouvir a barriga de Zayn fazer um barulho.

-Não enche. - o moreno grunhiu, sugando os lábios de Liam, que soltou um gemido involuntário.

Eles ficaram se curtindo assim, até que separaram-se para sair. As grades se abriram e eles seguiram, lado a lado, para o refeitório.

-Cadê seu comprimido? - Liam inquiriu, preocupado. Eles ainda estavam no corredor que levaria até o local do café e Zayn parou, lembrando de não ter pego o seu medicamento- mais um, a propósito.

-Vou buscar. Guarde um lugar para mim na fila. - Zayn disse e virou-se. Liam fez o que ele pediu e esperou-o na fila, dizendo para os companheiros de seu grupo que Zayn ficaria na sua frente.

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