31 - "You're my Jaan."

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Só amor esses dois... 😍💖
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Liam acordou e sentiu um peso em cima de si. Olhando para baixo ele viu o moreno dormindo como um bebê, tranquilamente. A respiração dele batia em seu peito, aquecendo-o e suas pernas estavam juntas. Ele viu a bagunça de roupas no chão da cela; sua camisa foi parar em cima da pia deles e o resto dos uniformes estavam espalhados aleatoriamente pela superfície.

Ele lembrou do que eles fizeram à tarde e sorriu automaticamente, apertando o corpo do moreno junto do seu, mesmo que estivesse sem roupa. Não tinha problema com isso. E o corpo dele era quente, fofo, tudo o que precisava. O calor dele era agradável, prazeroso. Tirando o cheiro de sexo da cela o resto estava ótimo.

Começou um carinho nas costas do menor, não querendo acordá-lo ainda. Zayn tinha se esgotado muito na atividade sexual deles e ficado cansado. Além disso, Liam amava vê-lo dormindo, a expressão serena de quem não sofria nada, como se o mundo fosse todo colorido, para todas as pessoas. Bem, pelo menos, eles estavam felizes, em sua própria atmosfera, universo. E não deixaria nada nem ninguém atrapalhar isso, tirar essa pequena parte feliz de sua vida.

A experiência de ter Zayn todo para si foi única, especial e isso significava muito tanto para si, quanto para o relacionamento deles e para intensificar o laço de união e fidelidade que tinham, ou que passaram a ter a partir dali. Tinha seu companheiro, seu amante, seu amigo e confidente, e o amava. Liam tinha certeza disso agora, na verdade passou a considerar essa possibilidade depois de tê-lo chamado de namorado, e em seguida na solitária, quando pôde pensar nas coisas com a maior calma do mundo. Ele amava estar com o menor, ficar com ele e amava tudo nele, desde o dedão do pé até os fios de cabelos negros. E sobretudo os olhos dele. Oh! Liam morria de amores pelos olhos dele, aquele âmbar brilhante, com pintadas de dourado mesclando com o marrom.

E o sorriso com a língua entre os dentes o deixava perdidinho, fazia-o perder o juízo. Ele se renderia sempre àquele sorriso esplêndido, sem nenhum protesto e com todo o seu ser. Porque amava o moreno e faria tudo por ele. O que ele falou era completamente verdade, ficaria com Zayn até os cinquenta, amando-o e sendo feliz. Era isso o que queria e lutaria por isso.

Ele sentiu Zayn se mover de leve em seus braços e murmurar algo incompressível aos seus ouvidos. Passou a prestar a atenção nos atos dele, com perspicácia para agir a qualquer momento, quando fosse preciso. Malik apertou os olhos e mexeu a cabeça, fazendo cócegas no peito de Liam com seus cabelos. O castanho continuou o carinho no início da coluna dele, suave, para relaxá-lo e deixá-lo calmo. Sabia que o moreno era mais manhoso do que o normal durante a manhã e depois de terem transado, desejaria mais carinhos ainda. E não tinha o que reclamar sobre isso; adorava acariciá-lo, passar os dedos sobre a pele morena e macia dele, contornando algumas tatuagens e alisando outras específicas. E sabia que o menor apreciava muito isso.

A imagem dele se contorcendo por causa de suas carícias ainda estava nítida e clara em sua mente, como água, queimando como fogo e fazendo-o lembrar do efeito que tinha sobre ele. Isso era incrível, fantástico. Não podia negar que adorou e seu ego aumentou um pouco, porque era o único que podia proporcionar isso ao moreno, com a maestria que fez, a delicadeza. Não tinha outro para fazer isso e era ótimo saber disso.

-Jaan? - escutou o moreno murmurar, abrindo os olhos devagar e franziu o cenho, não entendendo. Que merda era aquilo? -Jaan? - ele repetiu e olhou para o maior, coçando os olhos com a mão direita, solta.

-'Tá delirando? - Liam perguntou, ficando preocupado de repente mas o moreno negou, com um sorriso tímido nos lábios.

-Eu te chamei de jaan, bobo. - disse começando a passar os dedos pelo peito dele, para descontrair.

-E o que isso significa? - indagou, sorrindo de volta.

-É árabe. É como os casais chamam seus companheiros, aquele com quem vive dia e noite, pensa nele todas as horas, sem parar, imagina o resto da sua vida com ele e ama de verdade. - explicou, baixinho.

-Hmm, gostei. - admitiu, beijando a testa do moreno. - Eu sou seu jaan, então?

O menor não respondeu de imediato, fazendo o castanho estranhar a atitude. No entanto, ele logo concordou.

-Você é meu jaan, Liam. - disse e ergueu o rosto para encará-lo. Eles tinham combinado de falar tudo olhando um para o outro, especialmente Liam, porque ele sentia a verdade nos olhos dele e saberia que ele não mentiria.

Liam fitou-o de volta, emocionado e mordeu o lábio inferior, sem saber como reagir de volta. Não tinha palavras suficientes para explicar toda a montanha- russa de sentimentos que percorriam seu corpo e lhe deixavam tonto, perdido. Mas como o moreno esperava uma resposta, selou seus lábios e não se importou com bafo ou mau hálito. Suas línguas se tocaram, explorando a boca de cada um, sem querer controle apenas satisfação e prazer. Uma mão dele foi parar em seu rosto, fazendo um carinho e às vezes puxando os cabelos da nuca também, soltando gemidos de Liam.

Payne aproveitou para se deitar sobre ele de novo, tomando cuidado para não machucá-lo com seu peso ou algo assim. Sem contar que ele estava sem cueca ainda e o maior não queria causar nenhum dano ao seu "novo brinquedo".

Eles se separaram o mínino para respirar, mas juntaram as testas. Os olhares se conectaram e o moreno continuou com o carinho na bochecha do castanho. Ambos sorriam amavelmente um para o outro, deixando claro toda a felicidade que sentiam e o quanto se amavam.

-Gostou do que fizemos? - inquiriu, beijando-o nome nariz.

-A gente fez amor, Liam. - disse, delicadamente. -Não trate como uma transa qualquer, porque eu não vejo assim. - negou, assegurando o maior. - Somos homens, mas também temos sentimentos e eu não transei com você apenas. Eu me entreguei porque te amo, você sabe disso.

-Eu sei, babe. Me desculpe. - pediu, envergonhado.

-Mas voltando ao assunto, eu amei sim. Foi maravilhoso. -disse, alegre. - Você sabe mesmo como provocar alguém.

-Muita experiência, babe. - brincou, piscando os olhos.

-Hmm, falou o deus do sexo. - revirou os olhos e recebeu um chupão no pescoço. -Isso vai deixar marca, Liam! - protestou, tentando afastar o maior.

-Que deixe. É para você lembrar do momento fantástico que vivemos juntos, nossa primeira vez como amantes, e namorados. Em que você foi meu, de todos os jeitos - ele distribuiu uma trilha de beijos e sugadas pela clavícula dele, fazendo se remexer sob si. - e eu explorei esse corpo cheio de tatuagens, de desenhos, o seu corpo, em cada canto e descobri as suas fraquezas. E te fodi muito bem, de uma maneira que você ficou louco. - o moreno mordeu o lábio com força e mexeu o quadril. Já estava se excitando, e eram apenas 5:30 pm, provavelmente. Não faltava muito para a cela se abrir e eles terem que irem ao banheiro, e eles estavam numa situação muito constrangedora e íntima. - Te amei como só eu sei fazer. - finalizou, colando suas bocas em outro beijo lento, mas desta vez controlou-o, porque Zayn estava entorpecido, não conseguia reagir direito, pois sua mente tinha uma nuvem escura de desejo, paixão e amor que lhe impedia de pensar racionalmente, com clareza. Só reagiu às mãos de Liam, que segurarm sua cintura e impulsionou-o para baixo. O contato entre suas peles queimava, o seu ventre pinicava e já se sentia um pouco úmido. Somente em ter Payne entre suas pernas, de cueca e depois de já terem feito sexo era incontrolável não se excitar.

E ademais, Liam não estava ajudando. Ele gostava de provocá-lo, fazê-lo perder o juízo e fazer loucuras. Eles tinham transado, numa cela de presidio! Isso sim parecia surreal demais. E se os outros detentos ouviram alguma coisa? Ai ele estava com vergonha mas já tinha feito, não podia voltar atrás.

-Vamos, temos que tomar banho. - Liam avisou e separou-se dele. Malik fez uma careta de indignação e passou a beijar o maxilar do maior. - Zayn... - chamou-o em tom repreendedor mas o moreno parecia não ligar.

-Eu quero você. - ele sussurrou no ouvido do castanho e mordeu o lóbulo da orelha dele.

-Falta pouco para essas grades abrirem e você está completamente nu aqui. - Payne disse, mais sério. - E nós estamos cheirando pós-foda, suados. Precisamos tomar banho.

-Hmm, bem que a gente podia se divertir no banheiro, né? Tomar banho com você parece bom. - o menor sugeriu, beijando o queixo do namorado.

-Meu Deus, mas você é viciado em sexo. - o maior riu. - Não temos privacidade para isso aqui, infelizmente. E eu não vou tomar banho com você no meio de outros homens nojentos, mesmo que as cabines sejam separadas e fechadas.

-Argh! Eu vou ter que esperar até os cinquenta então? - perguntou, inconformado e Liam assentiu, dando-lhe um selinho.

-Talvez até antes. - murmurou durante o beijo e viu o moreno franzir o cenho.

-Como assim antes? Só saio daqui a vinte e cinco anos. E você também. Antes não dá. - falou, desconfiado e Liam meneou a cabeça.

-Bom, a vida tem surpresas, né?

-Surpresas? Do que você 'tá falando? - o moreno passou a olhá-lo com mais atenção, suspeito. No entanto, Liam deu de ombros e levantou-se. Jogou as roupas do moreno em cima dele e aproveitou para vestir as suas. Zayn colocou a cueca e ergueu-se para vestir o resto. - Você 'tá me escondendo alguma coisa? - indagou, ao colocar a blusa.

-Nada, amor. Não se preocupa. - tentou tranquilizá-lo, gentilmente.

-Liam James Payne, você 'tá escondendo algo de mim! O que é? - exigiu, segurando-o pelo braço esquerdo.

-Na hora certa você vai saber. - ele decidiu falar, para não deixar o moreno no escuro.

-E quando será a hora certa?

-'Tá chegando. Não seja ansioso, isso não é bom. - pediu, abraçando-o pela cintura.

-Você sabe que não adianta falar isso. Eu sou ansioso, e muito.

-Talvez seja por isso que eu não te conto. - disse, sorrindo sapeca e o menor bateu no braço dele.

-Idiota. - resmungou, fechando a cara. -É melhor você me contar isso mesmo, Liam. Ou eu vou fazer greve de sexo, e beijo também.

-Nossa, mas que ousado. - zombou.- Como se você fosse aguentar. Quem é que ficou louco comigo dentro de si?

-Ah, vai pro inferno. - Zayn grunhiu, saindo dos braços dele fazendo o castanho rir alto.

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