Prison Novel 🔒

36 - Prison break

O título já diz tudo...
Aproveitem! ͡° ͜ʖ ͡°
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Liam levantou-se durante a noite, sem acordar o moreno porque ainda não estava na hora de eles fugirem. Só o faria mais tarde, quando Peter começasse a gritar.

Ele tirou de dentro de seu colchão - o que não usava mais pois dormia com Zayn - o vidrinho que continha o líquido que usaria. Aproveitou e rasgou um pedaço do próprio lençol, pequeno mas suficiente para o que iria fazer e foi até a pia. Com muito cuidado e silêncio, ele abriu o vidro e despejou um pouco da substância líquida no pano, vendo-o se molhar todo e ser absorvido pelo tecido. E exatamente nessa hora, Peter começou a gritar como fazia em todas as noites e Payne virou-se para a cama, querendo ver se Zayn havia acordado.
Tampou o vidro e guardou dentro do bolso de sua calça, e deixou o pano encima da pia pois o usaria dentro de pouco tempo.

-Liam? - ele ouviu a voz grogue de Zayn, enquanto acordava. Malik coçou os olhos e virou-se para o lado. - 'Tá na hora? - perguntou e procurou por sua blusa no chão, achando-a ao lado da cama. Ele estava sonolento ainda, sobretudo por causa de ter feito amor com Lian antes.

-Hm...é. - Liam respondeu, baixo e virou-se para ficar de frente ao moreno. Mas ainda estava encostado na pia de forma que o pano molhado com o sonífero ficou escondido e assim Zayn não desconfiaria.

-Eu 'tô nervoso. - o moreno comentou, terminando de vestir sua calça e o castanho continuou calado, olhando-o. - Não vai abrir a pia? - indagou, percebendo que o namorado estava parado fazendo nada. Logo passaria da hora de eles irem e ainda estavam ali.

-Isso é complicado, Malik. - Payne começou, sério e frio deixando Zayn levemente assustado.

-O que é complicado, jaan? Não vamos mais? - ele aproximou-se do maior, preocupado. Liam queria que ele parasse de lhe chamar de "jaan" porque isso machucava. Ele viu os olhos âmbar pela penumbra da cela, tão lindos e doces, e uma parte de si fraquejou. Zayn era lindo, especial, o amor de sua vida mas não podia seguir em frente daquele jeito, sabendo o que sabia. Era triste, doloroso mas não tinha outro jeito, não encontrou outra saída. E a que encontrou era a única que não machucaria ninguém, na sua opinião.

Respirou fundo o quanto pôde e apertou os olhos; era difícil porém precisava controlar suas emoções, o palpitar de seu coração e deixar o sentimentalismo de lado.

Precisava ser o mesmo idiota que fora quando se conheceram, o arrogante, frio, petulante e corajoso que conquistou o coração do moreno. Precisava ser aquele Liam insuportável e odioso que ninguém gostava, nem mesmo Niall.
Era necessário.

-Você não vai, Zayn. - disse, seco e direto, com os braços cruzados no peito. Sua expressão não tinha sentimento nenhum mas sua consciência pesou.

Malik parou onde estava, confuso.

-O que? - murmurou.

-Você escutou muito bem; "Você não vai." - repetiu, mais grosso desta vez.

-Co-mo assim? - O menor ficou perdido e atordoado. Não dava para acreditar no que Liam dizia, era brincadeira.

-Sabe, Zayn, é impresionante o quanto você é burro, ou finge ser um. - o castanho iniciou, com raiva e nojo na voz. Malik mordeu o lábio, sentindo o peso das palavras do outro rapaz. - Há dias que eu tenho tentado entender mas não consigo. Você é tão idiota, inocente. - balançou a cabeça, negando. - Esse tempo todo e eu não nem desconfiei. E você me enganou direitinho, como faz com todos.

-Enganei? - murmurou, incompreensivo.

-Sim, isso mesmo. Você é um mentiroso, um falso. Um grande merda. - disse, com raiva e Zayn piscou várias vezes, desnorteado. - Eu nem acredito que namorei com você. Isso é nojento, horrível. Esse amor foi horrível. - disse, nervoso e o moreno notou que seus olhos estavam começando a marejar. - E não fala nada. Por favor, cala a boca. - ele meio que ordenou e o menor cobriu a boca, para tentar se controlar. Estava difícil de respirar, de enxergar direito entre as lágrimas que ameaçavam cair e sua mente parecia não funcionar direito. -Eu não queria fazer isso mas as circunstâncias me obrigaram. - ele estava fazendo um esforço grande para ignorar o estado deprimente do moreno, o sofrimento visível no rosto dele.