O encontro com Tiago no restaurante deixou Amanda arrasada! Será que agora só seria assim? Viver esperando que Donato se envolvesse em confusões com homossexuais?
A garota viveu mais uma, duas semanas tensa, sempre vendo Donato bêbado, grosseiro, homofóbico...Por isso, decidiu pedir um tempo.
Imaginou que talvez, assim como ela, Donato estivesse preso a uma imagem do passado. Reconhecia que envelhecera um pouco, na verdade...também estava meio gorda, admitiu...talvez Donato não gostasse mais dela como antes.
Teve esperanças que se Don levasse um susto, imaginando que poderia perder a namorada, ele se emendasse e, pelo menos, tentasse se controlar na bebida ou mesmo atendesse o conselho dela de procurar um Alcoólicos Anônimos.
_Não sou viciado!_berrava ele._Paro de beber quando quiser, Amanda. Bebo por recreação, para relaxar, para conseguir dormir...não por descontrole ou vício! Não vou procurar um grupo de bêbados para ficar ouvindo desabafos de fracassados.
A professora estava confusa, pois aquele não era o Donato por quem ela sempre fora apaixonada. Era como se Tiago, quando fora embora da vida de Don, tivesse levado o melhor do mecânico com ele.
A família, que já tivera o desprazer de encontrar-se com Donato, estava pressionando, dizendo que ela não merecia ter um homem daquele ao seu lado e mesmo que aquela presença negativa poderia prejudicar a sua reputação de professora primária.
A garota decidiu esperar mais alguns dias, para não se arrepender depois. Queria ter certeza do que faria...queria não pensar que se precipitara...mas, diante de relações sexuais cada vez mais frias e mecânicas (Donato chegara a dormir no meio de uma relação!), ela via que o desgosto substituía o prazer de estar com o antigo amor de sua vida.
Com o passar dos dias, o consumo de álcool foi aumentando, aumentando, até que, um episódio deixou a professora arrasada!
Era uma noite de sexta-feira e, mais uma vez, como se tornara rotina, eles se dirigiram para um motel.
Amanda percebera que Donato estava meio alterado e, para piorar, assim que chegaram ao motel, ele pediu três garrafas de cerveja.
Mesmo com ela insistindo, o namorado teve que beber toda a cerveja antes de ir para a cama com ela. Realmente, a situação estava ficando insustentável, ela teve que admitir.
Mágoa e frustração invadiram a professora. Era difícil saber que um homem precisava estar duplamente drogado por álcool e Viagra para se deitar com a sua parceira!
Mais uma vez, ela viu o namorado ingerir a droga estimulante...mais uma vez, ela o alertou sobre o perigo de usar remédios com álcool e, novamente, ele se irritou dizendo "eu sou médico, se esqueceu? Quando eu tiver uma dúvida de português eu te peço opinião."
Naquela noite, Amanda notou que Donato estava diferente, parecia mais deprimido, apático...Ela o viu arrastar-se pela cama de olhos fechados e, mesmo já totalmente excitado, a abraçar e permanecer quieto, sem fazer nada.
Num dado momento, porém, ainda de olhos fechados, Donato começou a beijar os ombros, o pescoço, a boca da garota com mais sofreguidão do que de costume.
Inicialmente, a moça aprovou aquelas pegadas fortes, aquele fogo todo do namorado na cama...era como se ele tivesse notado o novo corte de cabelos dela, ou mesmo tivesse percebido que ela estava com um perfume novo.
Ao contrário das outras vezes, Donato foi mais carinhoso...mas sem abrir os olhos...mais atencioso...mas sem abrir os olhos...
Amanda estranhou quando Donato a virou de costas. Apesar de não ser contra o sexo anal, a garota nunca havia conseguido convencer o namorado, nas vezes em que quis experimentar.
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O SINAL DE CAIM-Armando Scoth Lee-romance gay
RomanceTiago Hernane vivia um conflito: deveria lutar pelo amor de Donato, o seu pai adotivo que salvara a sua vida, mas que o desprezava por ele ser homossexual, ou deveria dar uma chance para Álex, um homem enigmático, cercado de mistérios e capaz de in...