— Ok, não vamos esquentar a cabeça com isso. — Micael abraçou Luana.
E Micael não estava esquentando mesmo. Ficou um pouco com Luana que deixou seu apartamento, logo estava sozinho novamente, sua cabeça não se aquietava um segundo, foi até o balcão pegando a chave de seu carro e saindo rumo a fora.
Iria ao apartamento de Sophia tirar satisfações, afinal, agora era um homem comprometido.
Quando subiu, afundou o dedo na campainha, encarou a porta de madeira esperando que ela atendesse.
— Você? — Sophia abriu a porta, estava com um minúsculo shortinho, usava uma blusa quase transparente e Micael evitou o olhar para não encarar seus seios, ele o podia os ver perfeitamente, engoliu seco.
— Posso entrar?
— Não deveria!
— Eu quero saber que história é essa. — Cruzou os braços. — Eu posso entrar?
Sophia bufou, deu passagem a Micael que entrou no apartamento da ex, aquilo o deu calafrios e lembranças.
— Pode me contar?
— Simples, nós transamos e agora eu estou grávida. — Sorriu satisfeita.
— E papai Noel existe? — Micael riu.
— Onde quer chegar?
— Você acha mesmo que vai conseguir acabar com o meu namoro? Está muito enganada, eu não vou voltar pra você.
— Acabar com seu namoro? Por que está dizendo isso?
— Lua contou a Luana que você está grávida, sabe como ela ficou? Horrorizada, isso é tudo culpa sua!
— Culpa minha? — Perguntou incrédula. — A culpa foi sua, desde que não usou a maldita camisinha!
— Eu não vou acreditar em você. Pode procurar o papaizinho do seu filho, ou ele vai nascer sem pai.
— O pai dele está aqui, na minha frente. — Levantou o rosto, afrontosa.
— Nem fodendo que é meu!
— Por que acha isso?
— Você e seu namoradinho viviam transando, agora o filho é meu? Que engraçado!
— Acontece que eu transei os últimos meses com você, não vi mais Nicolas, ele sumiu. Obviamente e pela lei da natureza o esperma é seu, ou seja... O bebê também! — Simplificou, Micael odiava quando fazia isso.
— Eu gozei fora.
— Você é patético. — Riu debochada. — Parabéns, você consegue me surpreender, ainda.
— Eu não vou acreditar em você, nunca nessa vida. Então... — Pausou. — Quero que se arrume e me acompanhe até o hospital.
— O QUE?
— Por que o espanto? O filho não é realmente meu? Iremos saber agora. — Cruzou os braços. — Você tem o tempo do mundo pra se arrumar, já que lá é vinte e quatro horas, e eu também espero.
Sophia não estava acreditando, bufou tanto quando deu as costas a ele e foi ao seu quarto, procurou uma calça e uma blusa descende colocando agora o sutiã. Foi a procura de sua bolsa e antes calçou suas sapatilhas, estava pronta. E Micael a esperava sentado no sofá.
— Que rápida! Já está pronta?
— Vá pro inferno. — Revirou os olhos. Os dois saíram. — Isso que você está fazendo é ridículo, não acredita na minha palavra.
— Você me traiu, acha mesmo que eu vou acreditar na sua palavra?
— Deveria, ficamos tanto tempo juntos!
— E a oportunidade de me chifrar passou várias vezes.
Sophia ficou em silêncio.
— Foi o que eu pensei. — Micael silabou antes de saírem do elevador, andou até a portaria e Sophia conseguiu ver ser carro.
— Deveria estar na cama.
— Um bebê, não é mesmo? — Debochou.
— Seu bebê está com sono.
— O bebê do Nicolas está com sono.
— Seu bebê!
— O bebê do Nicolas! — O caminho inteiro foi assim.
Discutindo para saber de quem era o bebê.
— Quantas vezes eu preciso te dizer? — Sophia gesticulou. — Ou você quer que eu te explique?
— Ah, você vai me explicar agora? — Riu com deboche, como sempre estava fazendo. — Tudo bem, me explique.
— Seu pênis entrou em contato com a minha vagina durante esses meses todos, sem proteção, você gozou dentro de mim. Satisfeito?
— Sou a favor da história da sementinha, e na minha versão que é verdadeira é muito melhor!
— Sua versão?
— O Nicolas plantou uma sementinha na Sophia e a cegonha trouxe o bebê, o trouxa do Micael está indo ao médico agora com a Sophia, porque o Nicolas é burro demais pra saber o que é isso, e vai fugir da paternidade.
— É muito difícil conseguir falar com você, de verdade. — Sophia se cansou, Micael estacionou na frente do hospital.
Andaram até o prédio, Micael trocou breves palavras com a recepcionista que tinha torcido o nariz, o laboratório já tinha fechado, mas ela deu um jeito quando Micael tirou duzentos reais da carteira entregando a ela em sigilo. Sophia esperava sentada na cadeira, com cara de tédio, estava cansada de brigar.
Micael a chamou e foram até o laboratório que havia dentro do hospital, o homem recolheu a saliva de ambos colocando o cotonete especializado dentro de um frasco, encheu de relatórios e o levou com ele, mas antes, disse a Micael que ficaria pronto amanhã de manhã. Sophia revirou os olhos, agora sim poderia ir pra casa.
Mas parou perto da porta, não estava bem.
— Está tudo bem com você? — Micael encarou a mesma, parecia fraca. — Está pálida!
— Sem deboche, por favor. Eu vou ficar bem.
— Vou chamar alguma enfermeira.
— Não precisa, eu estou bem. — Se esforçou a andar mas tudo girou. Nada bom. — Eu não estou bem, foi engano.
— Eu sei, eu estou vendo! — Micael estava muito preocupado. — Eu vou...
— Quero que me leve em casa, por favor. — Pediu, com sua única força que tinha no momento. — Eu vou ficar bem, mas antes, me leve em casa.
Micael assentiu com sua preocupação, pegou Sophia no colo e levou até o carro, ainda estava fraca e pálida quando cerrou os olhos devagar, ele a sondou enquanto dirigia até o apartamento da mesma.
Sua preocupação estava tomando conta.
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Virada (CANCELADA)
RomanceE quando você encontra a pessoa perfeita, mas descobre que ela não é? Quando encontra o amor da sua vida, mas aparentemente a pessoa não sente o mesmo? São as duvidas que assolam a vida do nosso jovem Micael, que se apaixonou por uma linda mulher...