Virada - Capítulo 42

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— Eu odeio ir a praia. — Sophia tentou se acostumar com a areia em seus dedos.

— Por que odeia? É divertido. — Micael sorriu, estava achando graça da namorada fazendo caretas.

— Divertido? — Colocou o óculos de sol. — Olha esse tanto de gente, torrando e suando.

— Ah, Sophia. Para, né? — Colocou os equipamentos em cima da toalha. — Está pronta?

— Não mesmo. — Bufou. — Eu juro que faço tudo por você se formos pra casa.

— A praia está linda, as fotos vão ficar ótimas.

— Mas...

— Sophia. — Se irritou.

— Tá muito cheio, as pessoas vão ficar olhando, já estão né. — Viu os olhares alheios. — Vamos embora, amor. Diga que sim. — Implorou.

Micael respirou fundo.

— Tá, mas não pense que você não se livrou das fotos. — Sophia pulou de felicidade em cima do namorado.

Ajudou Micael a ajuntar os equipamentos novamente, foram até o apartamento de Micael. Sophia estava tão feliz, não queria praia, queria algo mais reservado.

Muito mais reservado.

— Satisfeita? — Entraram no pequeno estúdio onde Micael tinha montado.

— Super, as fotos vão ficar incríveis. — Sorriu. — Vai ficar emburrado?

— Eu tinha programado um cenário incrível, a praia seria o melhor lugar.

— Eu não gosto de praia, eu não me sinto bem, é uma questão de privacidade com meu corpo. Você precisa entender, Micael. — Se irritou.

— Tá, eu não vou discutir com você. — Ligou sua Cannon colocando no tripé. — Por favor. — Esticou os braços incentivando Sophia a ir para frente.

Parecia mesmo um estúdio de fotografia, deveria ter gastado uma nota com equipamentos profissionais, tudo pela qualidade. Viu a namorada se posicionar na frente da câmera, tirou a saída de praia ficando com o biquíni preto cavado, seu corpo era maravilhoso.

Micael tentou não se distrair, mas estava impossível.

— Ok, olhando pra câmera. — Viu a telinha em sua frente, Sophia tinha as mãos na cintura. — Isso, um pouco pro lado. — E assim fez. — Da uma viradinha, isso amor, perfeito. — Os flashes da câmera faziam o barulho. — GOSTOSA! — Micael se empolgou tirando risos de Sophia. As fotos estavam ficando ótimas.

Ao todo foram setenta fotos, precisavam ser escolhidas para por em seu book. Sophia estava cansada quando sentou-se no sofá, de banho tomado, usava uma blusa de Micael e uma cueca boxer, se sentia tão livre.

— O que está fazendo aí? — Se empoleirou no namorado que editava as fotos no computador.

— Eu fiz uma seleção e agora estou dando um up, não que precisa de um up mas é sempre bom. — Realçou as cores.

— Pra onde você vai mandar isso?

— As agências, vou enviar todas online e algumas vou entregar o próprio book. — Sorriu. — Vou fazer isso amanhã de manhã.

— Ser modelo cansa, sabia? — Jogou a cabeça para trás. — A gente não ficou nem duas horas e eu estou morta.

— Suas fotos ficaram ótimas. — Salvou em uma pasta e fechou a tampa do notebook.

— Você já disse isso varias vezes, só hoje.

— Eu não me canso de dizer. — Inclinou, beijou Sophia calmamente.

— Sabe o que eu queria no momento? — Ele fez cara de curioso. — Você, todinho pra mim. — Sorriram.

— Não sei se vou aceitar. — Brincou.

— Vai sim. — Se levantou, puxou as mãos de Micael. — Vem, vamos pra cama.

— Pra cama? — Riu de Sophia que estava cansada ao nível extremo, foram até o quarto de Micael se jogando em sua cama. — Que abuso, senhorita Abrahão. — Viu ela tirar sua blusa, e logo após a bermuda em que usava.

— Eu quero você, que coisa! — Ele riu, deitaram juntos. Sophia colocou uma perna em cima do namorado. — Pronto, assim está ótimo.

— Você é muito folgada, sabia disso, né? — Foi a vez dela rir.

— Eu te amo tanto que a minha folga é irresistível.

— Vou começar a cobrar, hein. — Colocou sua mão na bunda de Sophia.

— Pode cobrar, eu vou pagar.

— Aham. — Beijou Sophia.

— Micael, e se o bebê nascesse?

Ele se impressionou, fazia tempo que não tocava nesse assunto. Alias, nunca tocou.

— Como?

— Se o nosso filho nascesse, você ainda ficaria com Luana?

— Claro que não. — Disse óbvio. — Eu não aguento ficar longe de você, e sabe disso.

— Você jura? — Encarou ele.

— Juro, eu te amo, Sophia. — Pausou. — Você é o amor da minha vida, eu nunca te deixaria sozinha.

Sophia não disse nada, apenas abraçou o namorado fungando seu cheiro, o seu abrigo.

Continuou a beijar Micael que foi rápido ao ficar em cima de Sophia, alisou seu corpo e achou um jeito de enfiar a mão debaixo da blusa da namorada. Achou o contorno dos seios de Sophia levantando a blusa, mas foi interrompido pela vibração do celular.

— Inferno. — Bufou.

— Não vai atender? — Encarou ele que não queria atender, os seios de Sophia a serem descobertos estava mais interessante.

— É só notificação, depois eu vejo. — Voltou a beijar a namorada.

— Pode ser alguém importante. — Tirou as mãos dele de lá e se escorou para pegar o celular. — Aqui está. — Estava fugindo tanto para não transar com Micael.

Ele aceitou, não querendo mas aceitou. Desbloqueou o celular vendo as notificações, sentou-se na cama tirando a atenção de Sophia.

— O que aconteceu?

— É sobre suas fotos. — Sorriu. — Três agências se interessaram.

— NÃO ACREDITO. — Queria ver. — MICAEL ISSO É INCRÍVEL.

— Você pode escolher com qual quer ficar. — Se entreolharam. — E olha que eu nem enviei o seu book físico.

— Isso é demais, amor. — Deu vários beijos no moreno. — Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

— Minha modelo. — Sorriu.

A carreira de Sophia só estava começando.

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