Capítulo 24

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**Marcela**

É a maior adrenalina da minha vida, nunca dirigi a mais de 70 km e estou em uma estrada praticamente vazia a mais de 140km por hora em um carro fantástico com a capota levantada e uma das melhores bandas do mundo gritando nos meus ouvidos. Tudo isso graças ao cara maravilhoso do meu lado, sei que ele percebeu que me emocionei quando vi a foto do meu pai e resolveu me fazer sorrir, ele quis que nossa noite não terminasse triste e ele acertou em cheio, estou vibrando. Quando ele me encorajou a acelerar mais foi como se ele estivesse me incentivando a ultrapassar os meus medos, me dando força e Deus eu senti como se eu pudesse vencer o mundo.

- Você dirigi muito bem – Seguro o volante apenas com uma mão, a estrada é plana e o carro estável. Ben puxa minha mão livre para a sua e ficamos de mãos dadas. Meu rosto está doendo por causa do sorriso que não quer sumir. Encosto a cabeça no encontro do banco e olho fixamente para a estrada diante de nós, é como se eu pudesse ir para qualquer lugar do mundo, nenhum obstáculo, nenhum problema, nada poderia me impedir. Percebo como estar com Ben me faz feliz, em nenhum momento eu pensei nos meus problemas, na angustia de não saber onde Beth está, na falta que sinto do meu pai. Não penso em nada. - Algo molhado atingi meu rosto, mas sei que não estou chorando. Olho para cima quando outra gota de chuva acerta a minha testa, sem avisar outra gota e somos atingidos por uma chuva vinda não sei de onde.

- Ben! – Grito sentindo o gelo da água.

- Merda – Ele aperta o botão para acionar a capota novamente, mas ela demora para fechar por completo. A chuva cai sem dó, em poucos segundo estamos encharcados.

- Vai estragar tudo – Entro em desespero – Esse treco não vai mais rápido?

- Presta atenção na estrada – Ele fala olhando fixamente para frente. Automaticamente começo a diminuir a velocidade, a chuva está forte demais, mal consigo enxergar. Finalmente a capota fecha por completo

- Vai estragar os bancos?

- Fica tranquila é de couro, não vai estragar nada – Começo a ficar com medo por causa da chuva forte.

- Ben! Eu tenho medo de dirigir na estrada com chuva. – Um tremor percorre meu corpo, estou ensopada e meu cabelo está grudado meu rosto.

- Vai pro acostamento, liga o pisca alerta eu levo o carro daqui – Faço o que ele fala. Quando paro o carro, solto o sinto de segurança, a chuva bate sem piedade no capô do carro, Nothing Else Matters do Metallica começa a tocar.

- Bom gosto para música - Olho para ele que também está completamente ensopado;

- Meu pai gostava de rock.

- Segunda influencia boa dele então.

- É – Ben me olha e ficamos alguns segundos apenas nos olhando. – Se eu abrir a porta para passar para o lado do motorista vai molhar muito mais o carro e é perigoso porque a visibilidade está ruim por causa da chuva.

- Passa para o meu lugar – Falo

- Vamos precisar nos apertar – Dessa vez o frio na espinha não é por causa da chuva e sim por causa da ideia do meu corpo contra o dele.

- Tudo bem – Me levanto do banco - Eu vou para o seu lado e você vem pra cá.

- Ok – Ele fala soltando o cinto, assim que passo uma perna para o outro lado, impulsiono o corpo para o onde preciso ir e passo a outra perna, Ben, me apoia pela cintura e quando ele vai se mover para o outro lado me desequilibro e acabo me sentando sobre ele.

- Deus, me desculpa – Ele segura mais forte a minha cintura. Sinto meu corpo contra o dele e a sensação é deliciosa.

- Não precisa pedir desculpas – A voz dele sai rouca – Ah Deus com certeza você não precisa me pedir desculpa por sentar no meu colo, ainda mais assim toda molhada - Por algum motivo suas palavras percorrem todo o meu corpo e solto mais o meu corpo contra o seu, e sinto ele se moldar contra mim. – Marcela! – Ele fala apertando mais a minha cintura, eu escorrego para trás encostando minhas costas contra seu peito.

- Ben! – Ouço sair da minha garganta quase como um miado.

- A merda – Em uma manobra que eu não sei como ele fez, Ben me gira no seu colo e quando percebo estou montada sobre ele com pernas no lado do seu quadril. Ele está ofegante, assim como eu. Ele sobe as mãos pelas minhas costas e chega até a minha nuca. Volto meus olhos para os dele e vejo tanto desejo que chega a doer – Tudo o que eu mais quero é poder beijar você agora. – Não espero ele falar mais nada e tomo o que eu quis por tanto tempo, o que ele também quer. O choque dos nossos lábios é como se um raio percorresse as minhas veias. Ele me beija como se eu tivesse o melhor gosto do mundo, de imediato nosso beijo se torna um furacão de sensações. Aperto-me contra o seu corpo molhado e em resposta ele me beija mais duro, mais forte. Passo as unhas pelo seu cabelo curto desejando que fosse mais cumprido para que eu pudesse puxa-los.

- Deus você é gostosa demais – Ele murmura contra meus lábios – Demais, isso é demais – Ben, eleva os beijos a outro nível quando desce as mãos pelo meu quadril e aperta minha bunda com força me empurrando ainda mais apertado contra ele.

- Ben! – Começo a perder a noção de como falar quando sinto meu corpo contra o dele, estou apenas com uma calça de ginástica e como estamos molhados, tudo parece mais intenso. Pressiono-me novamente, cada vez mais - Ben!

- Eu amo como você fala meu nome enquanto se esfrega em mim desse jeito. Você vai me destruir Marcela, caramba isso é demais.

- Eh! – Falo aumentando meus movimentos de uma forma alucinante – Demais, é demais - Uma das mãos dele entra embaixo da minha blusa e me pressiona sobre o sutiã. Ele hesita por um segundo quando percebe que eu não recrimino a sua investida. Rapidamente ele empurra o tecido que cobre meus seios pra cima e fico exposta - Ben! - Ele começa a beijar minha orelha, meu pescoço quando percebo o rumo que a sua boca está indo, excitação percorre meu corpo. Ele cobre meu seio com a boca e sensação das suas caricias ali multiplica por mil.

- Linda – Ele volta a me beijar, quando a mão começa a descer em direção a minha cintura, minha virilha. Quando ele alcança o meu lugar mais íntimo eu congelo. Depois do que aconteceu com Heitor eu não fiquei com ninguém, mas o que me aterroriza é não me lembrar se ele realmente usou camisinha. Sou uma burra, uma idiota burra.

- Espera – Seguro sua mão, logo quando eu percebo que e ele está afastando a minha calcinha. – Espera Ben!

- Ok– Ele puxa sua mão e coloca novamente sobre as minhas costas – Desculpa, me empolguei, desculpa se fui rápido demais – Ele me beija novamente, estamos ofegantes. Ele pressiona a testa contra a minha e vejo quando ele contrai o maxilar nitidamente tentando se controlar.

- Tudo bem – Acaricio seu rosto – Olha pra mim – Puxo seu rosto – Só não vamos acelerar muito as coisas ok?

- Ok, tudo bem – Ele beija meu pescoço – Mas vamos fazer um acordo.

-Acordo?

- Sim – Ele sorri e me olha nos olhos – Eu não tento entrar nas suas calças e você não se esfrega em mim desse jeito. – Todo o meu sangue vai parar no meu rosto, porque sinto as minhas bochechas queimarem.

- Oh Deus, me desculpe, eu me empolguei e...

- Não precisa se desculpar, só tenha ciência que se você faz isso comigo me leva a loucura aí eu perco a cabeça.

- Merda, Ben, eu não queria de verdade te chatear.

- Chatear? Essa não é bem a palavra anjo, é bem o contrário. Mas fica tranquila, sempre que você me disser que não quer qualquer coisa que eu esteja fazendo, eu vou parar ok? Basta me dizer, eu não quero fazer nada para te machucar de qualquer forma.

-Benjamin, Benjamin – Puxo seus lábios para os meus – Sempre me surpreendendo.

- Esse sou eu anjo, esse sou eu.

Entre o medo e as estrelas - Série Perfeição Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora