Herdeira do Submundo 2 - Coroa Infernal

30

ELIZON

Quando avisaram que o Adriel havia voltado, eu larguei tudo e corri.

Corri o mais rápido que pude e só parei quando minhas pernas envolveram a cintura dele e meus braços encontraram lugar ao redor do pescoço dele.

— Eu disse pra você tomar cuidado seu idiota — sussurro no ouvido dele.

O comentário faz ele sorrir.

— Foi só um arranhão amor, pode cancelar o funeral — ele comenta me colocando de volta no chão.

Me afasto dele para avaliar seu estado. Ele parecia fisicamente bem, seu rosto tinha um ar saúdavel.

Depois de me certificar que ele estava bem, finalmente notei o Sebastyan ao seu lado.

— Obrigada, Sebastyan!

— Disponha

— Fique conosco para o jantar — peço

— Será um prazer, obrigado! — ele agradece e começa caminhar para dentro do castelo.

Quando ele está longe o suficiente, Adriel finalmente pergunta.

— O que você fez para conseguir ajuda dele?

— Vamos falar disso mais tarde... me fala de você, esta mesmo se sentindo bem?

— Eu to ótimo amor, pronto pra outra — ele responde lançando uma piscadinha

— Adriel, isso é sério. Você morreu

— Eu não morri, minha alma lutou para permanecer... mesmo quando... — seu olhar fica perdido, relembrando.

— Eu sei como é — e eu sabia mesmo. Eu havia morrido uma vez, morrido de verdade.

E não tinha sido divertido, minha alma havia sido sugada para um lugar escuro. Era frio, solitário, desesperador. Então, não forcei o Adriel a continuar. Eu mesmo nunca havia conseguido contar aquilo pra ninguém.

— Quem fez isso com você? — pergunto arrancando ele daqueles pensamentos.

— Eu não sei, eu não consegui enxergar na hora. Acho que eu estava drogado ou algo assim. Eu nem consegui reagir — notei a raiva arder em seus olhos.

— Tudo bem, nós vamos descobrir. E vamos mata-lo.

— Sim, mas não hoje — ele diz me puxando pela cintura — Eu to vivo por um fio, e tudo o que eu mais quero fazer é ficar com você.

— Isso é tudo o que eu mais quero amor, mas...

— Xiuu — ele diz me cortando e colocando um dedo sob meus lábios — Não me diga que tem que planejar ataques, formar exércitos, tramar vinganças e nada disso. Você vai tirar uma folga disso tudo comigo, na minha cama. — então ele me beija.

Não foi difícil retribuir na mesma intensidade.

Havia milhares de coisas rodeando meus pensamentos. Coisas que eu tinha que contar para o Adriel, coisas que eu sabia que ele não ia reagir bem. Então aproveitei aquele momento.

Deixei todos os problemas de lado, e aproveitei a calmaria que vinha antes da tempestade.

E quando o Adriel me levou até o quarto e rasgou minhas roupas, eu esqueci todos os problemas.

Fazia semanas que estávamos longe um do outro e os olhos dele queimaram de desejo me observando.

Eu amava vê-lo assim, me admirando cheio de desejo e ferocidade.

E quando eu fiquei por cima dele e beijei seu pescoço, senti o desejo dele aumentar.

Tracei uma linha de beijos do pescoço até seu peito. Havia uma nova cicatriz ali, beijei delicadamente.

E desci até os gomos do seu abdômen, e além deles. E quando meus dedos o tocaram, e em seguida meus lábios. O calor explodiu entre nós.