TÂMARA
Depois de toda a loucura que estava rolando no Submundo eu voltei para o Reino das Magias. Eu precisava de respostas, precisava de conhecimento.
Nós havíamos descoberto um exercito inteiro a mão, mas precisávamos de uma coroa idiota para pega-lo. E no momento estava difícil resgatar essa coroa, então procurei por feitiço que pudesse resolver a situação.
A luz da lua entrava pela janela aberta enquanto eu descartava livro após livro.
Inútil.
Inútil.
Inútil.
Joguei os três livros ao chão, todos pareciam inúteis até agora. Eu precisava de uma pausa. Quando o fogo da vela tremeluziu, encarei aquilo como uma pausa muito bem vinda.
— Senti sua falta. — digo. Antes de me virar eu já sabia quem era.
— E eu a sua — em um segundo os braços do Raphael me envolvem em um abraço.
— Fico aliviada em saber que você ta bem. Tenho tanta coisa pra te contar — digo me afastando o suficiente para encara-lo.
— Eu não posso ficar por muito tempo, estamos de partida. Então vou ser breve. Foi o Hórus que matou o Adriel.
A revelação me deixa de queixo caído.
— Eu vou vinga-lo. — ele anuncia.
— Espera Raphael, você não pode fazer isso agora. O Adriel não ta morto.
— O que? — ele pergunta confuso.
Havia tanta coisa pra falar em tão pouco tempo.
— A Elizon mandou o alfr Sebastyan para salva-lo. Parece que a alma dele lutou para permanecer e o Sebastyan o puxou de volta.
— Deuses! Isso é ótimo. Por que não me contou antes?
— A Elizon achou melhor não contar. Tinha medo da pessoa que matou ele descobrir e tentar de novo.
— É... pensando por esse lado, acho que ela tinha razão em não contar. Mas enfim, tenho mais coisas para te contar. Descobrimos que esse tal inimigo anda fazendo experiencias com os outros seres, controlando eles. Injetam um liquido no pescoço deles um liquido que envolve o sangue dos deuses e outras coisas. Não tenho tempo de explicar tudo agora, mas queria te pedir para tentar encontrar um jeito de reverter isso, não podemos matar todos eles Tâmara.
— Eu sei, vou ver se encontro alguma coisa.
— Obrigado — ele sorri e me beija.
Deixo o momento durar puxando ele cada vez mais perto. Eu precisava dele, precisava do toque dele.
Mas antes que o calor aumentasse entre nós ele se afasta.
— Infelizmente eu não posso. Preciso ir — ele diz claramente frustrado.
— Vai pra onde? — eu estava pronta para pedir que ele ficasse, implorar se fosse preciso até que ele responde.
— Para o Deserto Negro
Aquelas palavras me pegam de surpresa.
— Você enlouqueceu?
— Não se preocupe Tâm, nós não vamos chegar declarando guerra. Nos vamos para conhecer o terreno primeiro. Entrar e sair sem sermos vistos, coisa rápida.
Quando ele disse isso uma ideia se formou.
— Eu vou com você.
— Não acho uma boa ideia. — ele diz
— Nós descobrimos que meu pai tem um exercito, mas para conseguir esse exercito precisamos da coroa de ossos, a coroa do meu pai. Ela foi roubada no ataque ao Submundo. Com certeza esta no Deserto Negro. Eu preciso recupera-la Raphael.
— Não preciso dizer que vai ser perigoso né? — uma alerta e não uma negação, encarei aquilo como um bom sinal.
— Não preciso dizer que sou uma assassina treinada né?
Aquilo faz ele abrir um sorriso.
— Então pegue o que precisar srta. Partiremos o mais rápido possível.
Ele não precisou falar duas vezes, corri até meu quarto e peguei uma mochila e coloquei tudo que eu achei que fosse precisar e todas as armas uteis. Vesti as roupas de batalha.
Fui rápida em escrever um breve bilhete avisando para onde eu estava indo, ao menos se as coisas desses errado a Elizon saberia do meu paradeiro.
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Herdeira do Submundo 2 - Coroa Infernal
VampireElizon sabia que ter aceitado a ajuda dos deuses na guerra era uma divida de vida, um favor, que um dia eles viriam cobrar. Ela só não esperava ser tão cedo, e não esperava que eles ameaçariam arrancar sua coroa. Então, Elizon se vê sem opções de fu...