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OLIVER

Caminhávamos invisível e em silencio em meio ao caos e desespero.

— Eu preciso Oliver. — Kass insiste. — Preciso voltar e salvar minha corte.

— Não podemos. Eu não posso transportar todas elas de uma vez e também não vou sair daqui nem por um segundo enquanto não encontrar a Kira.

Aquele sorrisinho de deboche surgi em seus lábios.

— Sabe, para alguém que mal conhece a garota você está bem preocupado com ela.

— Ela ta com a Kenna.

— Talvez, mas não é pela Kenna que você quer encontra-la. Você tem uma quedinha por ela.

— Você diz coisas tão absurdas. — rebato revirando os olhos.

— Absurdo é você negar seus sentimentos.

— Não vamos ter essa conversa de novo.

— Prefere falar sobre a corte que você me fez abandonar?

— Essa também não. — respondo determinado enquanto caminho para a porta de saída.

A porta que antes parecia impossível de arrombar, agora estava escancarada.

Pessoas iam e vinham o tempo todo. Isso sem contar nos experimentos. Dois deles haviam passado por ali.

E a cena que eles deixaram para trás só podia ser descrita como brutal.

O sangue estava por toda parte.

— Precisamos testar o antidoto. — comento.

— Sim. Mas não posso fazer isso nos experimentos. O que fizeram com eles... foi algo muito mais terrível. Eu não sei se um dia poderemos salva-los. — eu podia sentir a dor na sua voz e isso amoleceu algo dentro de mim.

Todos nós tínhamos perdido tanto nesse lugar.

— Esculta Kalissa. — começo e isso faz ela me encarar. — Eu te prometo que vou salvar sua corte.

— Como?

— Confie em mim.

Ela me avaliou, sentindo a verdade das minhas palavras e finalmente assentiu que sim.

Seguimos para dentro do vulcão em silencio.

Se eu achava que o laboratório tava um caos, o centro do vulcão então estava um pandemônio.

Precisamos andar abaixados para evitar as fechas que voavam sem parar.

— Teste o antidoto. — ordenei.

— Em quem?

— Em qualquer um.

Ela pegou um dos frascos. Só tínhamos dois, aquilo tinha que funcionar.

Ela derramou o conteúdo na ponta de uma flecha.

— Vamos ver o quão bom você é. — ela comenta me entregando a flecha.

Posicionei a flecha em um dos arcos que eu havia encontrado.

Eu precisava ser muito bom.

Então eu encontrei uma oportunidade perfeita.

Uma vampira e um lobisomem lutavam lado a lado.

Um pouco de agilidade e concentração.

Atirei.

A flecha seguiu rápida e reta como uma estrela cadente.

Passou na testa de uma vampira, seguiu passando pelo pescoço do lobisomem e perfurou o olho de um minotauro.

— Exibido. — Kass exclama.

Eu estava prestes a dar uma resposta arrogante, quando algo aconteceu.

Os três que foram atingidos pela ponta da flecha começou a vomitar.

— A caramba. — Kass comenta.

— Deu certo. — completo quando vejo que eles vomitaram uma gosma cinza.

O liquido que controlava seus cérebros.

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora