Herdeira do Submundo 2 - Coroa Infernal

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ELIZON

Quando voltamos para a sala o jantar já havia acabado. Todos estavam dançando, bebendo e cantando.

As primeiras pessoas que eu notei na pista de dança foi o Sebastyan e a Scarlett.

— Por favor não arranca a mão dele na frente de todos. — sussurro quando noto os olhos do Adriel sobre os dois.

— Ele realmente precisa colocar a mão ali? Eu vou...

— Você não vai fazer nada. — digo cortando-o. — O Sebastyan esta com os dois cães de guarda dele. — aviso lançando um olhar para Kenna e o Oliver que dançava abraçado com a Kira. — Não queremos entrar em uma nova confusão. Ainda não.

— Ok. — ele resmungou.

— Mas vai entrar na dança, porque me deve uma. — Allocen diz pegando minha mão e me puxando para o centro da sala.

Lanço um olhar ao Adriel, apenas para confirmar se ele ficaria bem com aquilo.

— Vai lá. Já roubaram minha filha mesmo, porque não minha noiva também?! — seu tom era exagerado, mas ele não ameaçou socar o Allocen, então encarei aquilo como um bom sinal.

"Tão dramático" comento pela ligação.

"Apenas lembre ele que posso atirar com precisão em um alvo em movimento"

Allocen deve ter ouvido, pois lançou um leve sorriso de deboche e uma piscadela para ele.

— Você adora provoca-lo né? — questiono.

— Claro, se eu não provoca-lo nos tornaremos amigos. E se nos tornarmos amigos você ficara com ciumes, porque seremos incríveis juntos, inseparáveis.

Sorrio diante daquela ideia.

— Isso pode ser possível.

— Com certeza. Mas como sou gentil deixo você fazer parte do grupo.

— Obrigada bom samaritano. Nós temos um nome?

— Sugeri algum? — ele pergunta arqueando a sobrancelha.

— Que tal Elizon e suas vadias? — minha sugestão faz ele sorrir.

— Acho que esse é o único que vai pegar mesmo. — ele responde me puxando para perto. Tão perto que nossos corpos ficaram colados.

Eu conseguia sentir seu cheiro de alguma colonia cara e chique. Quase conseguia contar os raios negros que cruzavam seus olhos dourados.

— Você é muito ousado. — sussurro em seu ouvido.

Sua risada suave aquece minha orelha.

Que os deuses me amaldiçoassem pelos pensamentos que ameaçaram passar pela minha cabeça.

Aquilo era território perigoso. Perigoso demais.

— Estarei ligado a você enquanto eu viver. — ele começa. E eu sentia que aquela conversa seria tensa e que o Adriel estava ciente de cada palavra. — Eu matarei qualquer um que te colocar em perigo.

— Allocen...

— Me deixe terminar. — ele diz me cortando. — Precisamos ter essa conversa. — mas eu já imaginava o que ele poderia dizer e não tinha certeza se queria ouvir. — Você sabe que a poucos dias, eu acidentalmente deslizei para dentro de sua cabeça. — inferno, teríamos mesmo essa conversa. — Eu te vi no banho e desejei você. Desejei você porque esse vinculo maldito não me deixa esquecer como você é incrível, e forte. E você ta na minha cabeça o tempo todo.