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ADRIEL

Eu ainda tava decepcionado e com raiva. Mas achei que manter distancia dela seria difícil, afinal, morávamos na mesma casa. E eu não podia ficar andando por ai em meio a uma guerra. Então teria que aprender conviver com ela, e quando vi a ideia que ela teve quando o Allocen contou sobre o golpe, pensei em fazer um surpresinha e me intrometer nos assuntos dela.

Elizon cortou a palma da mão e começou a traçar símbolos de sangue no chão.

O pergaminho era um juramento. Um juramento de sangue feito pela Grã-duquesa. Era uma das formas mais rápidas de encontra-la. Mas eu sabia que a Elizon não tinha muita certeza se aquilo ia funcionar, por isso enviou o Allocen atras de um bruxo.

Por mais que eu quisesse mata-la, eu tinha que admitir que admirava por ela ter pensando em um plano B.

— Pode posicionar as pedras? — ela pergunta me encarando.

Pego o saquinho preto de veludo.

E retiro a primeira pedra. Uma obsidiana.

— No primeiro circulo. — ela orienta e eu obedeço.

Em seguida a segunda pedra, era cinza. Como se feita da própria lua.

Após posicionar todas as pedras em seus lugares, Elizon depositou o pergaminho no meio e queimou as linhas que formavam o simbolo. Evitando apenas as pedras.

Então recitou o ritual de invocação. Um língua antiga e demoníaca. Eu não fazia ideia do que grande parte daquilo significava, mas olhei atentamente quando um portal foi aberto.

Não demorou muito para uma bela mulher sair dele.

Ela usava um roupa especial, preta. Uma espada pendia ao seu lado esquerdo e o punho de mais duas despontava de seus ombros.

Seus olhos azuis frios no encararam, nos varrendo de cima a baixo.

Por fim seus olhos pararam na Elizon e um brilho de reconhecimento surgiu.

— Elizon.

— Denéby.

Não havia nenhuma formalidade entre as duas. E eu podia jurar que até mesmo o ar ao nosso redor pareceu pesar enquanto aquelas duas mulheres se encaravam, se avaliavam.

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora