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ELIZON

Ele atacou primeiro.

Apesar do choque que ele demonstrou ao me ver, ele foi rápido em atirar uma chama negra na minha direção.

Mas eu já estava preparada para aquilo.

Um escudo de fogo surgiu em meus braços, bloqueando seu poder.

— Acha mesmo que pode lutar comigo sozinha? — seu tom de deboche era evidente.

— Já lutei contra coisa pior. — respondo envolvendo ele em um circulo de chamas.

— Qual é priminha? Você não pode vencer essa. Quer mesmo lutar por um trono que não é seu? Seus próprios Lordes te odeiam.

— Não me importo com eles. A essa hora eles devem ter deixado de existir. — surpresa passou pelos seus olhos. Aproveitei o momento para fechar mais o circulo de fogo ao redor dele.

— Talvez eles fosse mais inúteis do que pensei.

— Você parece ter o habito de pensar coisas que nunca vão acontecer. Como você reinar no Submundo por exemplo. — deixei que uma risada escapasse.

E isso fez sua raiva aumentar.

Um chicote de fogo negro envolveu meu pescoço quando ele me puxou para perto.

Tão perto que nossos narizes ficaram a centímetros de distancia.

Seus olhos, tão azuis, eram iguais ao do Rei.

Só que mais ferozes, cheios de ódio.

— E quem disse que eu já não estou reinando? Seus Lordes mesmo responderam a mim esse tempo todo.

— E parece que você fez um bom trabalho para mim, obrigada.

Vejo aquela chama explodir em seus olhos diante do meu sarcasmo.

Mas antes que ele faça qualquer coisa, minha espada já estava se enterrando em sua barriga.

Ele me atirou longe.

Senti uma dor horrível percorrer meu cranio quando me choquei contra a parede.

Ele retirou a espada e pensei que fosse atirar em mim, me preparei para isso.

Mas então ele a atirou no chão.

Uma onda de poder acompanhou a espada quando ela se enterrou no piso.

Rachaduras começaram a se formar ao redor do buraco.

E então eu senti as paredes tremerem.

— Sabe prima, eu não pretendo matar você. — ele sorriu diabolicamente para mim.

Eu sabia porque ele não iria me matar. Eu era a balança. Eu era a causa dele estar respirando.

— Sua mãe ficaria decepcionada, que bom que já esta morta. — comento.

Um soco me atinge como um raio, enviando uma dor lacerante pela minha bochecha.

Ele era extremamente rápido.

Um minuto estava a metros de distancia e no outro estava socando meu rosto sem parar.

Invoco o fogo na ponta dos dedos e envio uma lamina de chamas para dentro do seu ferimento.

Isso fez ele recuar e gritar de dor.

Mas quando procurei pelo punhal, ele não estava mais comigo.

Havia caído quando fui jogada contra a parede. Tentei puxa-lo de volta com um pensamento, mas ele estava preso no poder do Alexandre.

A nuvem negra envolvia o cabo.

Tudo aconteceu rápido demais, rápido demais para que eu conseguisse impedir.

A nuvem negra envolveu minhas pernas como uma corda e me puxou de encontro a lâmina do punhal.

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora