Herdeira do Submundo 2 - Coroa Infernal

6

Em um segundo eu estava cruzando as portas da sala do trono no reino dos vampiros.

Meu pai estava morto, não poderia me responder muita coisa. Mas ainda tinha minha mãe, ela tinha que saber de alguma coisa.

Os deuses me odiavam, então rezei para sorte, pra que ela estivesse ao meu lado.

— Elizon, não acredito que você esta aqui — minha mãe vem na minha direção tão rápido que nem consigo impedir quando ela me abraça — Soube do que aconteceu com os deuses, que bom que isso não atingiu você.

— Na verdade é por isso que estou aqui — respondo me afastando para encara-lá. — Você conhecia meu pai à muito tempo né?

— Sim, por quê?

Olho ao redor, havia no minimo oito guardas posicionados na sala do trono. Eram homens sob o comando da minha mãe, mas ainda assim não achei uma boa ideia ter essa conversa com tantos ouvidos atentos.

— Vamos para biblioteca — digo já me dirigindo para porta.

Quando chegamos lá dispenso os guardas e após me certificar que estávamos sozinhas pego o livro

— Por quê tanto mistério? O quê aconteceu?

— Meu castelo foi atacado hoje. Acredito que foi pelo mesmo homem que sequestrou os deuses

— Que tragédia! — ela me encara com um misto de preocupação e surpresa — Como estão a Scarlett e o Lucien? E o Adriel?

— Estão todos bem... mas eu vim aqui para te perguntar uma coisa. A uns tempos atrás encontrei essa foto em um dos livros do meu pai — deslizo a foto pela mesa até ela — Quem é esse garoto ao lado direito do rei?

— Esse é o Morgan, irmão do seu pai

— Onde ele esta?

— Eu não sei, na verdade ninguém sabe... ele era o filho mais velho, seria o futuro rei do Submundo se algo acontecesse com seu avô. Então, um dia seu avô sofreu um ataque brutal no castelo, alguns dizem que ele havia sido envenenado no jantar, por isso não conseguiu se defender. E quando procuraram seu tio para assumir o trono, ele havia desaparecido.

— Acha que meu pai pode estar por trás desse ataque? — meus pensamentos estavam a mil.

A um minuto atrás eu nem sabia que tinha um tio e agora eu parecia ter ganhado um caso de desaparecimento.

— É possível, mais nunca tivemos provas... por quê o interesse? Você nunca gostou de parentes

— Eu ainda não gosto. Mais se algum deles ressurgiu para tentar me matar, então ta na hora de uma reunião em família.

Minha mãe e eu ficamos discutindo hipóteses e idéias de como descobrir a verdade, mais todas pareciam inúteis. Eu precisava de um plano melhor. Precisava me encontrar com meu inimigo cara a cara.

— Elizon! — Danúbia cumprimenta vindo na minha direção e me arrancando dos meus pensamentos

— E ai conseguiu o que eu pedi?

— Você não perde tempo né?!

— Isso é algo que eu não posso desperdiçar ultimamente.

— Eu consegui sim. Não foi tão fácil, mais me certifiquei de que era uma informação verdadeira

— Isso é uma boa noticia. Eu vou precisar de você e dos gêmeos.

— Vai me mandar pra uma missão? — ela pergunta surpresa.

— Logico, não posso desperdiçar um talento como você

Aquilo era verdade. A Danúbia havia crescido e se tornado uma guerreira. Eu não era muito de elogiar, mais tinha que admitir que ela era muito boa. E com certeza se sairia bem na missão.

— O que você quer que eu faça exatamente? — ela pergunta enquanto caminhávamos

— Vamos falar com os gêmeos.