Herdeira do Submundo 2 - Coroa Infernal

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— Você matou um lorde do inferno... — meu irmão comenta enquanto assistimos os restos dele queimarem.

Demônios como os lordes do inferno não tinham almas, então eu não precisava pensar em qual seria a sentença dele porque ele simplesmente tinha deixado de existir.

— Tava na hora de fazer uma mudança nesse lugar.

— Não sei se isso foi uma boa ideia. E tem certeza que quer que eu seja o novo lorde? Os outros cinco lordes concordam com isso?

— Eu sou a rainha deles, eles vão ter que aceitar e obedecer minhas ordens. Caso contrário faço questão de empalar os cinco também.

— Você é uma rainha cruel — ele comenta com um sorriso fraco surgindo em seus lábios.

— Tenho que ser se quiser que alguém dessa corte me obedeça.

— Isso tem haver com os deuses?

— Sim... mas não vamos falar disso agora. Eu não vim até aqui só para te nomear lorde do inferno.

— É claro que não — ele comenta. Meus irmãos me conheciam, sabia que eu não fazia nada atoa.

— Eu quero informações. Quem mato você?

— Eu não conheço ele, mas parecia que ele me conhecia muito bem — seus olhos ficaram perdidos em pensamentos.

— Ele tinha olhos azuis como duas chamas ardentes?

— Sim. Como você...?

— Alteza! — antes que Zeythan terminasse, outro lorde entra na sala nos interrompendo. Seus olhos param nas cinzas do lorde Khalony

— lorde Dominic — cumprimento.

— O que você fez? — ele pergunta. Seus olhos passando de mim para as cinzas.

— Apenas uma pequena mudança

— Você não pode fazer isso

— Eu posso fazer o que eu quiser. Agora por favor reúna os outros lordes, vamos ter uma reunião. — encaro Dominic desafiando-o a desobedecer, mas ele sabia as consequências que isso traria, então simplesmente sai da sala. Eu poderia ser um pião nas mãos dos deuses, mas ainda era uma rainha na minha corte e faria eles me tratarem como tal.

A sala de reunião do inferno era quase tão grande como a do castelo. Possuía um mapa enorme do inferno, uma estante com livros e uma mesa. Havia apenas sete lugares na mesa, o que me fez perceber que eles não mudaram nada desde a época do meu tataravô.

— Soubemos o que você fez com lorde Khalony — lorde Querazy comenta, me lançando olhares acusatórios.

— Precisava mudar um pouco as coisas por aqui — comento.

— Não, não precisava. Rei Tulio nos nomeou como lordes a séculos, e desde então servimos muito bem a ele e todos os que vieram depois.

— E todos os que vieram depois estão mortos. — digo cortando ele. Eu estava cansada de homens como o Zeus me dizendo o que eu devo fazer. Eu estava cansada de ser uma rainha que recebia ordens. — Eu sou a rainha desse maldito lugar, se eu disser que as coisas vão mudar, elas vão e você não tem o direito de me questionar — as palavras saíram agressivas. Eu já conseguia sentir as runas queimando como o ódio que fervilhava dentro de mim.

— Perdão majestade — lorde Querazy implorou quando uma linha de fogo escapou dos meus dedos e cercou seu corpo.

— Hoje eu nomeio meu irmão Zeythan como novo lorde do inferno. Ele foi um guerreiro por anos, está mais do que qualificado para tarefa. Então, estamos todos de acordo? — faço a linha de fogo que rodeava o corpo de Querazy se desmanchar no ar.

— Sim majestade — eles respondem em uníssono.

— Ótimo.