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TÂMARA

Entramos na primeira porta que vimos.

Havia sido por pouco. Por pouco que a Arien não tinha nos pegado no corredor.

Eu estava trancando a porta quando ouvi alguém chamar meu nome.

— Tâmara? — meus joelhos quase falharam quando reconheci a voz da Kira.

Eu virei para encara-la, mas antes que pudesse observar seu estado seus braços já estavam ao meu redor em um abraço apertado.

— Deuses malditos! Não acredito que você veio. — ela sussurra.

— É tão bom ver você. — digo e me afasto o suficiente para poder encara-la.

Ela parecia bem. Nenhum ferimento a vista. Talvez estivesse um pouco magra e cansada. Mas fora isso estava bem.

— Nós temos que sair daqui. — ela diz.

— Eu não posso. Preciso encontrar a coroa antes. Você sabe onde ela esta? — pergunto.

— A coroa do Alexandre? — Kira pergunta confusa.

— Não, a coroa do nosso pai. A coroa de ossos.

— Aquela maldita coroa. — a alfr comenta. — Eu a vi.

— Onde?

— Alexandre sempre a usa quando entra aqui. — ela explica.

— E onde ele a guarda? — pergunto.

— Aqui. Mas eu não sei dizer onde. A onde eu estava não me permitia ver a sala inteira. Mas eu podia ouvir um tipo de porta ou passagem se abrindo toda vez que ele entrava aqui. E os experimentos e tortura só começavam depois que ele voltava dessa passagem.

— Inferno. — Raphael xinga.

— Por que isso é importante? — Kira pergunta.

— Elizon e eu descobrimos que nosso pai tinha um exercito, mas só podemos encontra-lo com a ajuda da coroa. — havia muita coisa para explicar, mas pouco tempo então, resumi o melhor que pude.

— Mas que droga! — Kira sussurra. — Não deve ser tão impossível de encontra-la se ela esta aqui. Vamos começar então.

Então Kira caminha até a prateleira de armas e começa revirar o lugar.

Eu não partilhava do mesmo otimismo da Kira, não depois de ver como foi difícil quebrar a proteção do Alexandre sob o castelo. Mesmo assim, comecei a procurar também.

Se eu ao menos encontrasse já seria um grande passo.


OLIVER

Alguma coisa estava errada. Podia sentir isso no ar, nas pessoas, todas elas pareciam agitadas. Com medo.

— O que esta acontecendo? — pergunto encarando a sereia.

Eu ainda não confiava nela, por isso descansava a mão no cabo da espada.

— Eles devem ter encontrado o corpo do Dr. Westfyl. — ela responde enquanto pega os ingredientes necessário para o feitiço.

O tempo não estava ao nosso favor, então ela teria que ser rápida.

— Isso pode ser ruim. — comento.

— Você acha? — o sarcasmo de sua pergunta só me irritou mais.

— Já encontrou tudo que precisa?

— Sim. — ela comenta colocando um frasco com um liquido cinza na bolsa.

Eu já estava ali tempo suficiente para saber que aquilo era sangue dos deuses. O sangue de todos eles misturado, por isso o liquido tinha adquirido uma coloração acinzentada.

Estávamos quase saindo quando surge uma voz atras de nós.

— O que esta fazendo Kalissa? 

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora