C a p í t u l o 1

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Laura Gabriela.

Dois anos e meio depois.

Fitei meu quarto organizado um pouco desanimada, hoje havia sido um dia e tanto.
Reuniões, atrás de reuniões estou tão cansada, e apenas ao lembrar que não tive tempo de almoçar sinto meu estômago roncar. Preciso comer.

Começo a me dispir, pego meu celular apenas de langerie e procuro pelo aplicativo.

Um lanche, hmmm preciso disso.

Após efetuar o pedido me direciono até o banheiro e ligo o chuveiro terminando de me despir.

Adentro ao box e sinto a água escorrer por meu corpo.

Tão relaxante.

Meus cabelos molhados encapam meus seios, acho que está na hora de cortá-los.

Depois do banho fecho o chuveiro, pego a toalha pendurada no lado de fora, e começo a me secar, enrolo meus cabelos na mesma toalha seguindo em direção ao closet.

Não é muito grande, médio diria, contudo creio que nenhum espaço seria muito suficiente já que tenho muitas coisas. Preciso rever cada peça e doar um pouco, já que não uso tudo.

Quando me separei de Marcos percebi que tinha muitas roupas, pois ao fazer minhas malas tive que fazer duas viagens pelas quantidade de coisas.

Agora preciso rever cada peça.

Saio de meus pensamentos, e me direciono a tarefa de procurar meu pijama. Fito meu reflexo no espelho, sorrio por um instante.

Não gosto muito de me recordar do processo, mas hoje me vejo de outra maneira, creio que posso afirmar que me amo. Admito que isto é um grande passo para mim, justo para mim.

Estar fora de um padrão não me incomoda mais, a realidade é que aprendi a apreciar a beleza que não sabia que tinha.

Pego meu pijama que é rosa com variadas rosquinhas e visto-o. Tiro a toalha dos cabelos, e os penteio.

Se fosse em qualquer outro dia talvez o secasse, mas hoje estou cansada demais. Se pudesse já iria dormir, contudo estou morta de fome. Que dilema!

Retorno a sala sentando-me no sofá.

Meu apartamento não é muito grande, perfeito para uma pessoa solteiro, ou divorciada... Depende do ponto de vista. Contém dois quartos, uma cozinha, sala, dois banheiros e uma varanda no quarto principal. Gosto daqui.

Demorei pra compreender aquele ditado ' antes só do que mal acompanhado', mas pelo menos o compreendi.

Sento-me no sofá, e ligo a televisão.

Meu celular vibra no sofá, temo ser um lembrete de reunião, com certa aflição desbloqueio a tela vendo uma mensagem de Pat, minha amiga.

Pat, 21:00 hs:

'E aí almoço amanhã?'

Laura Gabriela 21:00 hs:

'Pode ser! No restaurante japonês? '

Pat, 21:01 hs:

'Claro!! Até amanhã xuxu.'

Laura Gabriela, 21:01 hs:

'Até, beijos'

Permito-me relaxar, estou tão exausta que poderia dormir nesta mesma posição. O som do interfone soa pelo ambiente me fazendo descartar esta hipótese. 

Levanto-me e caminho em direção ao mesmo. Atendo-o. 

-Alô. 

-Olá Laura, tem uma entrega para você aqui. 

-Obrigada seu Sebastião. Já estou descendo. 

Encaixo novamente o telefone no gancho e caminho em direção á porta, abro-a. O hall de entrada de meu andar não é tão grande, e singelo contendo quatro portas posso dizer que tenho privacidade, já que desde que me mudei nunca ouvi muitos barulhos dos vizinhos. 

Atravesso o espaço e pressiono o botão do elevador, em questão de poucos instantes as portas de metais de abrem. Adentro ao local vazio. 

Moro no sexto andar, e considerando que este prédio contém 16 andares creio que estou localizada num bom ângulo, não estranhe, porém sou cismada com coisas não consideradas sérias... Tipo, morar no meio do prédio é relativamente bom pelo fato de que se ele desmoronar tenho maiores chances de chegar ao térreo mais rápido, sei que é inútil se observarmos que a pessoa que mora no primeiro andar tenha muito mais chances de sair com vida, caso isso aconteça... Contudo não havia apartamentos vagos quando estava a procura do mesmo, então tive que me contentar com sexto andar. 

Outro tópico, tenho medo de elevador, mas são seis andares, e encarar o medo me pareceu mais racional do que descer e subir todos os dias seis andares de escadas. 

O elevador chega ao térreo tirando-me de meus devaneios, saio do mesmo e me direciono até a portaria encontrando o seu Sebastião sorrindo. 

-Boa noite. 

-Boa noite Laura. Aqui. -Diz estendendo-me a embalagem. 

-Obrigada. 

-De nada, e bom apetite. 

-Obrigada, de novo. 

Após pegar a embalagem me concentro em refazer todo o percurso de volta ao meu apartamento. Estou faminta e exausta, e odeio admitir que venho buscar comida na portaria neste estado com uma frequência maior do que eu gostaria. Contudo, creio que seu Sebastião não se importa muito, ele costuma dizer que eu o faço se lembrar de sua filha que mora em outro país. 

Ele é um fofo. 

Quando finalmente me encontro em minha sala, sentada no sofá com a embalagem aberta e o hambúrguer em minhas mãos, um copo cheio de refrigerante ao meu lado, e minha série favorita -FRIENDS- sendo transmitida na tela sinto-me finalmente relaxar. 
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Oi xuxu's!!

Ansiosa? Eu? Nunca nem vi!!

Este é um novo projeto que deveria sair apenas depois do primeiro semestre de 2019, mas já mencionei que talvez eu seja ansiosa?

Enfiiim! Espero que gostem.

Não se esqueça de comentar o que achou, e deixar o like! Amo vocês ❤️

A Noite Que Nos ConhecemosOnde histórias criam vida. Descubra agora