A Noite Que Nos Conhecemos

C a p í t u l o 5

A porta se abriu, e se fechou logo em seguida. 

-Laurinha? -A voz rouca de Felipe soa por meu apartamento. Estou na cozinha, sentada na ilha comendo um pão caseiro com manteiga, e café com leite. 

-Na cozinha. 

O mesmo surge, o considero muito bonito, com os cabelos negros, olhos castanhos, um metro e oitenta e um sorriso encantador. 

-Bom dia, flor do dia. -Diz depositando um beijo na minha bochecha.

-Dia. 

Vejo-o se sentar a minha frente e pegar um pedaço de pão para logo em seguida passar a manteiga. 

-Veio se certificar de que eu estava acordada? -Pergunto enquanto mastigo. 

-Não, na verdade eu vim te buscar pra você não se atrasar. -Diz bebericando meu café. 

-E resolveu tomar café? 

-Claro, eles podem esperar. -Diz me fazendo rir. 

Terminamos de tomar o café da manhã tranquilamente, enquanto ouço meu amigo dizer o quão animado está, definitivamente ele ama praia. 

Após pego minha mochila, e caminhamos juntos pelo corredor até o elevador. Em poucos instantes ele chega ao térreo, e adentramos. Depois de alguns minutos estamos caminhando em direção a saída. Cumprimentamos o porteiro e passamos pelo portão.Avisto o carro com meus amigos encostados no mesmo. 

-Ainda bem que você foi apressar ela, né Felipe. -Flávia ironiza. 

-Ei, ela me algemou e me obrigou a tomar café! -Meu amigo se defende fazendo-a rir. 

Flávia tem os cabelos cacheados com mechas claras, sua pele é negra, olhos castanhos e sorriso muito bonito, cumprimento-a com um abraço e um beijo na bochecha. 

Samuel logo me abraça assim que nos desvinculamos, com sua pele normalmente tem um bronzeado, contudo ele está tão branco que me pergunto se tomou sol no último ano. Seus olhos verdes e cabelos castanhos encaracolados, um e oitenta de altura e um sorriso lindo. 

Cumprimento a Pat que sorri, coloco a mochila no porta malas que já está aberto, e adentramos todos ao carro. Estou sentada na frente enquanto Felipe dirige, parece concentrado. A música soa pelo rádio enquanto nossos amigos conversam algumas amenidades no banco traseiro.  

Mais ou menos uma hora mais tarde estamos estacionando frente a casa da família de Felipe, é realmente uma casa incrível, com um designer contemporâneo que a deixa ainda mais bonita. Adentramos a alta porta de entrada, o hall de entrada há um lustre, e uma mesinha com um espelho acima. 

A cor das paredes predominam em brancas mesclando apenas em bege. O sofá é um marrom claro, a televisão com o painel atrás realça o tamanho quase que gigantesco da mesma. 

-Galera, pensei em pedirmos coisas pra comer, vamos curtir todo o tempo na praia. -Felipe diz deixando a mochila no sofá. 

-Topo completamente. -Pat diz imitando o ato do meu amigo. 

-Só vamos. -Samuel diz tirando a camisa. 

-Tá bem gente, vamos logo que meu corpo está pedindo praia! -Digo deixando minha mochila junto as demais, e tiro minhas roupas, estou com o biquíni por debaixo da roupa. 

O biquíni é em tom azul, vermelho e branco e em listras, lembrando os tons do uniforme de marinheiro. 

-Ah, meu amor. A gente super combina. -Samuel diz, por estar com a bermuda azul e branca. 

-Sempre soube que este casal era real. -Flávia diz, percebo que a mesma já se despiu e está apenas com seus trajes de banho, assim como eu. 

Em poucos minutos estamos descendo as escadas pela parte de trás da casa, em direção á areia que entrou em contato com meus pés alguns segundos depois. Não está tão cheia, graças á Deus. Há um pequeno grupo de pessoas jogando vôlei, enquanto outras apenas tomam sol. 

Caminho em direção ao mar, sinto a água fria em contato com meus pés, entro ainda mais no mar e quando a mesma chega a minha cintura mergulho. 

Retorno a superfície sentindo meus cabelos colados a minhas costas. 

-Lembra quando éramos menores e sempre passávamos as férias aqui? -Felipe pergunta se posicionando ao meu lado.

-Claro! As melhores histórias de adolescentes foram aqui! 

-Sim, foi sim... -Diz ao meu lado.-Estava pensando, está se sentindo sozinha, ou algo do tipo? -Pergunta aderindo um tom de voz mais sério. 

-Hm. Não, por que?

-Pat disse que você poderia arrumar alguém, e me perguntei se estava se sentindo só. 

Respiro fundo. 

-Ahn, eu fui convidada pra um festa que Marcos vai dar. 

-Ainda não curto esse cara. -Diz fazendo uma careta, o que me faz sorrir. 

-E eu não queria ir sozinha, é apenas isso. Estou bem sozinha, quer dizer, pronta para um relacionamento se acontecer, porém não estou desesperada por um. 

-Sabe que pode contar comigo, certo? E quando disse que tenho um monte de amigo, é porque realmente tenho. 

Minha vez de fazer uma careta. 

-Acho que seus amigos não fazem meu tipo. 

-Mas você ao menos os viu... 

-Ah, então falei errado, eu que não faço o tipo dos seus amigos. 

-Laura, sabe que isso não tem nada haver. 

-Pra você não, e nem pra mim, mas pro seus amigos sim! Olha, o fato de eu morar na av. Paulista acrescentaria alguns pontos em meu hankin, mas não quer um homem que tenha tipos, afinal não sou uma mulher de tipos, então... Isso faz sentido? 

-Claro que faz, Laurinha. Depois de tudo o que passou, consigo compreender completamente. 

Antes que tivesse a chance de dizer algo Flávia espirra um pouco de água em nós, e então é dada inicio a uma pequena guerra de água. 

Passamos bons momentos, nadamos e nos divertimos, como há um bom tempo não fazia. 

É tão bom simplesmente se desligar, e aproveitar o momento. Tão único e intenso. 

Estou deitada numa especie de canga apenas a sensação do sol que esquenta minha pele, espero ficar com alguma marquinha, contudo por ser branca, até demais, sempre fico vermelha. Fito Flávia ao meu lado esbanjando sua falta de preocupação se ficará vermelha ou não, ela sempre consegue o bronzeado perfeito. E sim, sempre esbanja isso.

-Eu estava pensando. -Diz atraindo minha atenção. -E se fizéssemos um encontro duplo? 

-Nem pensar! 

-Qual é Laura, você precisa de alguém pra te acompanhar, é só unir o útil ao agradável. O Miguel vai vir e ele que propôs, um encontro duplo... Que tal?

Fito-a indecisa. 

-Não é ninguém do meu circulo social? 

-Claro que não. Se não gostar não espere vê-lo novamente, é uma regra. -Responde me fazendo rir. 

-Tá bom, eu vou. 

-Eba, e aliás, Miguel tem amigos legais, vai por mim!

-Ahamm, espero que esteja certa. 

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O que esperam desse encontro arranjado, heim?

Espero que tenham gostado!!! Não se esqueçam do voto e dos comentários!! 

Amoo vocês!