Laura Gabriela.
Dez anos depois...
-Paulo você precisa compreender a situação. -Falo enquanto vejo-o caminhar de um lado pro outro.
-Entender, me poupe Laura. Ontem mesmo ela tava me perguntando o que era menstruação e agora quer sair com um cara? Quanto tempo passou? -Pergunta sério, e até mesmo bravo, o que me faz rir.- E você tá rindo. Me ajuda, Laura.
-Ela vai sair com um cara, meu bem. Isso é natural, Maria tá com quinze anos, ela cresceu.
-Pior de tudo, o rapaz acha que pode vir e me afrontar.
-Ele quer fazer as coisas certas pra te impressionar, nunca teve a idade dele? -Paulo interrompe seus passos e me fita de forma insolente.
-Ele quer roubar ela de mim, é isso sim!
O som da campanhia soa interrompendo nossa conversa.
-Viu, o infame chegou.
-Paulo, ela tem quinze anos e ela vai sim sair com esse rapaz e vai se divertir. A coitada tá tão envergonhada como quando você descobriu sobre o primeiro beijo dela. Por favor, sabemos que o rapaz é gente boa e Maria não é mais um criança.
-Quando eu tinha quinze anos eu era uma criança.
-Que pulou de paraquedas no ano seguinte, então melhor ela querer um encontro do que pular de paraquedas.
Ouço-o suspirar.
-É, você tem razão.
Mesmo contrariado meu marido me segue até a sala onde encontramos Maria ao lado de Guilherme um moço alto que quer seguir carreira como jogador de basquete, sua pele énegra o que daz destacar ainda mais seus olhos verdes.
Maria cresceu e seus traços finos e delicados a fazem lembrar muito a mãe, seus cabelos castanhos e curtos geram um certo charme. É compreensível que o pobre rapaz não tenha resistido ao seus encantos, pois ela é uma garota fantastica.
-Olá Guilherme, prazer Laura, madrasta de Maria. -Me apresento, aperto sua mão.
-Oi, prazer. -Diz com um sorriso nervoso.
-Pai. -O sussurro de Maria ecoa e mesmo contra sua vontade meu marido estende a mão cumprimentando-o.
-Quero ela de volta às dez. -Diz engrossando ainda mais a voz me fazendo ter vontade de rir, contudo em contenho.
-Tudo bem, senhor. Às dez.
Ambos se despedem de nós e deixam nossa casa. Sento-me no sofá.
-Foi tão ruim assim?
-Não, foi pior. Olha a altura desse menino não dá nem pra enfrentar na briga. -Diz me fazendo gargalhar.
-Paulo, deixe de ser bobo. O menino foi super gentil conosco.
Ele se senta ao meu lado no sofá, fito-o. O tempo fez muito bem à ele, o que antes era um bigodinho charmoso hoje é uma barba completa, com alguns fios brancos. Com o tempo Paulo ganhou o reconhecimento que merecia, e está entre um dos melhores chefes da cozinha nacional.
-Ela cresceu rápido demais. -Fala.
-E se tornou uma menina linda, e está caminhando para um futuro brilhante. Deixe ela voar, Paulo, por mais assustador que isso possa parecer.
-Camila me disse o mesmo semana passada quando a deixei lá.
Desde que Maria descobrira sobre a mãe ela começou passar um tempo com a mesma, e criaram um vínculo. Graças a Deus temos uma relação amigável.
-Ela tem razão.
-Tá vamos, vou cozinhar pra esquecer que minha filha tá saindo pra um encontro. O que vai querer comer?
-Culinária japonesa. -Respondo sorrindo.
-Então vem me ajudar. -Fala se levantando, e me oferecendo a mão.
Juntos nos direcionamos até a cozinha. Paulo fez do cozinhar mais que um trabalho, um hobby encantador que faz com que o brilho em seus olhos seja real toda vez que adentra a uma cozinha. É incrivelmente apaixonado pelo que faz, e ama sua família de uma forma linda, realmente Deus me deu um grande presente ao me apresentar Paulo, e eu serei eternamente grata á Ele por tal.
Fim.
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A Noite Que Nos Conhecemos
RomanceObra registrada! Plágio é crime! Laura Gabriela era a típica mulher destemida e com uma auto estima nas alturas, alguns diziam que por seu peso sua auto estima não deveria ser tão intocável como aparentava ser, mas isso não causava nenhum impacto ao...