C a p í t u l o 6

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-Aquele cara está te secando há um tempo. -A voz de Felipe surge atrás de mim, enquanto o mesmo caminha sentando á minha frente em uma das mesa do quiosque que estamos. 

-Que cara? -Pergunto sem me virar. 

-O de bermuda vermelha que está jogando vôlei do outro lado. -Diz indicando-o com uma leve movimentação de sua cabeça. 

Viro-me, discretamente, para o fitar. Há um grupo de uns seis homens jogando vôlei, todos devidamente em forma. O único de bermuda vermelha tem os cabelos louros escuros e um pouco cumpridos. Parece ter os olhos claros, porém não tenho certeza, ainda mais pela distância. Seu olhar se encontra ao meu e um sorriso surge nos lábios dele. Foi inconsciente, porém sorri também. 

Retorno meu olhar à Felipe que está com uma expressão vitoriosa. 

-Viu, não precisa procurar muito. Já tem algumas opções disponíveis. 

-Fê, ele é só um cara na praia que sorriu pra mim, não quer dizer nada. 

-Pra você não, mas ele está vindo pra cá! Beijo, te amo e não faça nada do que eu faria. -Diz rapidamente se levantando. Enquanto se afasta ouço-o cumprimentar o tal homem que caminha em minha direção. 

-Hm, oi. -O cara da bermuda vermelha diz parado ao lado de minha mesa. 

-Oi. -Respondo sorrindo. 

-Posso me sentar? 

-Ah, claro. 

E ele o faz rapidamente, percebo que seus olhos são azuis, estava certa. 

-Meu nome é Cláudio, e o seu? 

-Laura. 

-Só Laura? Normalmente deriva de um nome composto, tipo 'Ana Laura'. 

-O meu é composto, mas é Laura Gabriela. 

-Combinação diferente. -Diz sorrindo, nossa! Seu sorriso é lindo. 

-Não gosto muito do Gabriela, prefiro o Laura. 

-Então, Laura, quer comer alguma coisa? Está com sede? 

-Uma água de coco cairia muito bem. 

-Claro. -Vejo-o acenar para o garçom que em poucos segundo está ao nosso lado. -Duas águas de coco, e uma porção grande de batatas com cheddar e bacon, por favor. 

-Anotado. -E o mesmo se afasta com a mesma rapidez com que aparecera. 

-Então, joga profissionalmente, ou só na praia? -Pergunto. 

-Não, é só por diversão, na verdade me expulsaram do grupo. Disseram que sou o pior jogador que eles tem. -Diz me fazendo rir. 

-Fico feliz em saber que não sou a única que não me dou bem com vôlei. 

-Ah não, estamos no mesmo time, neste caso. Tem quantos anos, Laura?

-Vinte e seis. E você, Cláudio? 

-Trinta e dois. 

Sorrio. 

-O pedido de vocês. -A voz do garçom soa, e o prato com a barata e os dois cocos abertos com canudos são postos a mesa. 

Sorrio, e agradeço o mesmo. 

-Então, aquele é o seu irmão? 

Um pouco clichê, Cláudio, mas tudo bem... 

-Não, é apenas um amigo de longa data. 

-Ah sim. E o que você faz da vida? 

-Sou empresária. E você? 

A Noite Que Nos ConhecemosOnde histórias criam vida. Descubra agora