C a p í t u l o 24

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Quatro dias depois... 

Laura Gabriela. 

-Ah amiga, desde que o vi eu sabia que era ele! -A voz de Pat preenche minha cozinha, pelo auto falante do celular. 

-Pat, é só um favor, nós não vamos nos casar, nem nada disso. -Falo enquanto descasco o alho. 

-Olha, você sabe que tenho um felling só meu, então se eu digo que vejo potencial pra de tornarem algo a mais é porque tem. 

-Tá, não vou discutir com você, e não será um encontro, é um favor. 

-Pense como quiser... E eu queria uma foto da cara de Marcos a hora que te ver com ele! 

-Ah, meu bem isso será impossível, mas irei descrever da melhor forma possível. -Ouço-a rir do outro lado da linha. 

-Lah preciso desligar, beijo te amo... E é um encontros sim. 

Ela encerra a chamada antes que eu tivesse a chance de respondê-la. 

Continuo a preparar o tempero de minha janta, enquanto afirmo veemente a mim mesma que não é um encontro, mas sim um favor de um vizinho que tem se tornado um bom... Amigo? 

A campanhia toca. Deixo a faca, e os alhos em cima da pia, e caminho em direção a porta. Abro-a. 

-Oi. -Paulo me cumprimenta com um sorriso. 

-Hm, oi. 

-Tive uma folga, e consegui uma babá, então isso significa que é a hora do nosso primeiro encontro. 

-O que? -Eu acabei de dizer que isso não era um encontro e agora é? 

-Isso mesmo, eu preciso te conhecer melhor pra te acompanhar neste evento que será daqui uns sete, oito dias? Seu ex-marido precisa entender que a conheço e que gostei da forma com que aconteceu. -Diz me fazendo rir. 

-Paulo Vitor, você está levando isso a sério demais. -Brinco, contudo não o vejo sorrir. 

-Laura, se eu tivesse sido convidado pra um evento da Camila, e te chamasse pra ir comigo iria gostar que ela visse o máximo de interesse de ambas as partes, creio que você queira o mesmo. 

Talvez ele tenha razão. 

-Tá, tudo bem. -Cedo. -E no que estava pensando? Quer dizer, estou preparando a janta. 

-Não, nada de cozinha, eu amo, mas precisamos de descanso do trabalho. -Diz me fazendo sorrir. -Vou te levar á um lugar calmo, e vamos apreciar uma boa comida, além de questionarios sobre nossas personalidades. 

-Mas e a Maria? 

Antes que ele tivesse a chance de me responder a porta de seu apartamento se abriu atraindo nossa atenção, uma garota de uns quinze anos, um pouco tímida e extremamente bonita surge segurando um livro infantil. 

-Paulo, Se precisar eu posso passar a noite, falei com minha mãe. -Ela diz entrelaçando as mãos. -Ahn, oi moça. 

-Oi. -Falo sorrindo. 

-Tranquilo Joyce, creio que chego a tempo, e se eu voltar muito tarde te levo pra casa. 

-Beleza, e aproveite sua noite, eu cuido da sua filha. -Diz com um sorriso cumplice ao homem a minha frente. 

-Eu sei, Joyce, eu sei. -Ele diz sorrindo. 

E ela fecha a porta novamente, nos deixando a sós. 

-Sua babá tem quinze anos? 

-Ela é bem responsável, e conheço a mãe dela, então pensei por que não? Além de que Maria ama ela! 

A Noite Que Nos ConhecemosOnde histórias criam vida. Descubra agora