C a p í t u l o 11

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Sábados tem um charme único nos dias da semana, parece que fora um dia feito apenas para ficar deitada o dia todo no sofá assistindo boas séries e comendo brigadeiro. 

E claro, fora com este pensamento que levantei. Agradeci pelo dia, e segui para a cozinha.

 Coloquei a cafeteira para funcionar enquanto apenas vesti um suéter, e me direcionei ao hall do andar, na intenção de ir até a padaria para compar pão.

Percebo que o apartamento a frente ao meu está com a porta aberta, e com algumas caixas na frente do mesmo, parece que já fora vendido. Espero que o novo vizinho, ou a vizinha, seja gente boa como Vera era. 

Como estou com tempo, opto pelas escadas. Desço-as tranquilamente, quando chego hall passo pela portaria e cumprimento o porteiro, passando pelo portão e caminhando em direção a padaria. 

Uma brisa fresca bate contra minha pele, e agradeço mentalmente por estar com um suéter. Chego a padaria, cumprimento a recepcionista, e faço meu pedido, após pagar por ele retomo o caminho de volta. 

Não demoro muito para chegar ao meu apartamento, as caixas não estavam mais no hall talvez  o novo morador as tenha recolhido. 

O café já estava pronto, então me sentei, e comecei a comer tranquilamente. Sossego, amo essa palavra, e ainda mais senti-lo. 

O toque do meu celular ecoa pelo ambiente, pego-o, o nome de 'Pat' está estampado no visor. Atendo-o. 

-Alô.

-E aí garota, como foi ontem a noite? -Pergunta animadamente. 

-Hm, um fiasco! -Respondo. 

-Como assim? A Flá me mostrou fotos dele, e caraca ele é um gato. 

-Um gato arrogante, e aparentemente sem muito senso. -Comento. 

-Sério? Poxa, ele tem cara de gente boa... De badboy , mas que no fundo é muito gente boa. -Rio de seu comentário. 

-Ah, claro... Mas tudo bem, nunca mais vou vê-lo, e se tiver muito sorte não frequentarei mais o Alessandro's.

-Ah, mas é um dos seus restaurantes favoritos! E o que isso tem haver? 

-Ele é dono e chefe de lá, e do jeito que as coisas decorreram não duvido ele me envenenar. -Ela ri do outro lado da linha. 

-Não pode ter sido tão ruim assim! 

-Amiga, teve uma hora em que ele perguntou a Flavia se eu não podia responder por mim mesma! E além de dizer que eu como dona de uma empresa não faço nada! Veja se isso é possível?

-Ei calma, foi ele que te insultou, não eu. 

-Sério, não quero ouvir o nome Paulo e nem Vitor durante um bom tempo, e muito menos estes dois nomes juntos. 

-Uau, você realmente não gostou deste encontro. 

-Realmente não gostei. -Falo. 

-Então não tocarei mais no assunto, pode ficar tranquila. Hm, liguei só pra saber como tinha sido ontem. 

-Tudo bem, eu vou melhorar, e encontrar alguém pra ir a festa do Marcos. 

-Eu sei, na pior das hipóteses leve o Anderson. 

Rio. 

-Nem pensar, ele se sentiria intimidado por Marcos no mesmo instante! 

-É realmente, Marcos é um homem que intimida. -Diz, e inconscientemente faço uma careta. -Amiga preciso desligar, qualquer coisa me liga! Beijo, te amo! 

A Noite Que Nos ConhecemosOnde histórias criam vida. Descubra agora