74° Capítulo

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"Quer ir buscar o seu carro e levá-lo para casa do teu pai?" pergunto ao Harry enquanto conduzimos de volta ao meu quarto.

Troquei de roupa e tomei um banho rápido, mesmo que vá ficar suja plantando com a Karen. O Harry esperou pacientemente, mexendo na gaveta da minha roupa interior para se manter ocupado. Ele me disse para levar roupa suficiente para passar outra noite com ele, o que me fez sorrir. Passaria todas as noites com ele se pudesse.

"Não, eu estou bem. Enquanto parar de se desviar na estrada." ele provoca.

"Desculpa? Sou uma excelente motorista." me defendo.

Ele bufa mas mantêm a boca fechada. "O que é que te fez comprar um carro?"

"Bem, fiquei com o estágio e não quis continuar pegando o ônibus ou depender de ouras pessoas para me levar aos lugares." explico.

"Oh... foi sozinha?" ele pergunta e olha pela janela.

"Sim... porquê?"

"Estava só perguntando." ele mente. Ele está tentando pergunta se fui com o Zayn.

"Estava sozinha, esse dia foi um dia ruim para mim." digo e ele recua.

"Quantas vezes você e o Zayn saíram?" ele pergunta. Porque é que ele está trazendo isto a tona agora?

"Duas vezes, fomos jantar e ao cinema, e depois a fogueira. Não tem nada com que se preocupar."

"Ele só te beijou uma vez?" Ugh.

"Sim, só uma. Bem, além daquela vez que... você viu. Podemos esquecer isto? Não me vê perguntando sobre a Molly, vê?" estalo.

"Ok... ok. Não vamos brigar. Isto é o mais longe que alguma vez fomos por isso não vamos arruinar." ele diz e alcança a minha mão. O polegar dele esfrega pequenos círculos na minha pele, neutralizando a minha irritação.

"Ok." digo, levemente irritada ainda. A imagem da Molly no colo dele faz a minha visão escurecer.

"Aww vamos lá Tess. Não faça beicinho." ele ri e me empurra um pouco. Não consigo evitar em rir com ele.

"Não me distraia, estou dirigindo." eu provoco.

"Esta é provavelmente a única vez que vai me dizer para não te tocar."

"Não é provável, não seja tão convencido." as nossas risadas misturam e é um som adorável. Ele traz a sua mão para a minha coxa e esfrega os seus dedos para baixo e para cima.

"Tem certeza?" a sua voz rouca sussurra e a minha pele se arrepia. O meu corpo responde ele tão rápido, a minha pulsação batendo pesadamente.

Engulo e assinto com a cabeça, o que o faz rir por entre os dentes e tirar a sua mão. "Eu sei que isso não é verdade... mas prefiro não te fazer sair da estrada, por isso vou te pôr os dedos depois." ele se desfaz em sorrisos e eu lhe dou uma pancada.

"Harry!" coro.

"Desculpa bebê." ele sorri e olha pela janela. Adoro quando ele me chama bebê, ninguém me chamou isso antes. O Noah e eu sempre pensamos que os nomes de animais ridículos que as pessoas chamavam umas às outras, eram muito juvenis para nós, mas quando o Harry me chama desses nomes, o meu sangue canta nas minhas veias.

Quando chegamos à casa do pai do Harry, o Ken e a Karen estão no jardim de trás à nossa espera. O Ken parece fora do seu elemento, em calças jeans e uma t-shirt da WSU. Nunca vi ele se vestir tão casualmente, ele ainda se parece mais com o Harry quando está vestido desta maneira. Eles nos cumprimentam com um sorriso e o Harry tenta retribuir, mas ele parece desconfortável quando se coloca nos calcanhares e enterra as mãos nos bolsos.

"Estou pronto quanto estiver." o Ken diz ao Harry. Ele parece tão desconfortável como o Harry, mas ele parece nervoso enquanto o Harry parece receoso.

O Harry olha para mim e eu lhe dou um aceno de cabeça encorajador, parece que a nossa dinâmica mudou dramaticamente. Estou surpreendida que de repente virei alguém que ele olha em resseguro, mas me faz feliz de uma maneira que eu não esperava.

"Vamos estar na estufa, leva a terra até lá." a Karen diz e dá ao Ken um pequeno beijo na bochecha. O Harry desvia o olhar deles e por um segundo penso que ele talvez também me vai dar um beijo, mas ele não o faz. Sigo a Karen até à estufa e quando entramos me engasgo. É enorme, maior do que parece por fora e ela não estava brincando quando disse que precisava de muito trabalho. Está praticamente vazia.

"É praticamente só o projeto, mas acho que conseguimos." ela sorri.

"Também acho que sim." digo. O Harry e o Ken entram carregando dois sacos de terra cada um. Eles estão em silêncio enquanto os deixam onde a Karen diz antes de saírem. Vinte sacos de terra e centenas de sementes, flores e arbustos, tivemos um começo bastante bom. Não vejo o Harry à algumas horas e o sol já se pôs. Espero que ele e o Ken ainda estejam vivos.

"Acho que fizemos o suficiente por hoje." a Karen diz e limpa a sua cara. Estamos ambas cobertas de sujeira.

"Sim, é melhor eu ir ver o Harry." digo e ela ri.

"Significa muito para nós, especialmente para o Ken, que o Harry esteja vindo aqui mais vezes, temos que te agradecer por isso. Vocês dois trabalharam nas suas diferenças?"

"Mais ou menos... acho que sim. Ainda somos muito diferentes." riu. Se ela soubesse.

"Bem, diferenças às vezes é o que precisamos, é bom ser desafiado." ela me dá um sorriso conhecedor.

"Bem, ele é desafiante sem dúvida." ambas rimos e ela me puxa para um abraço.

"Você, doce menina, tem feito mais por nós do que aquilo que pensa." ela diz. Sinto os meus olhos se rasgarem e assinto com a cabeça.

"Espero que não se importe que tenha ficada durante a noite, o Harry me pediu para ficar outra vez." digo e tento não fazer contato visual.

"Não, claro que não. Vocês são ambos adultos e eu confio em vocês para se protegerem."

Oh senhor. Sei que as minhas bochechas estão num tom mais profundo de vermelho do que as cebolas que acabamos de plantar.

"Nós... uh... nós não." gaguejo. Porque é que estou falando disto com a futura madrasta do Harry? Estou humilhada.

"Oh." ela diz, igualmente embaraçada. "Vamos para dentro." ela diz e eu assinto com a cabeça, seguindo-a.

Quando entramos em casa, tiramos os sapatos à porta. O Harry está sentado na ponta do sofá e o Ken na cadeira. Os olhos do Harry imediatamente encontram os meus, e alivio passa por eles.

"Vou fazer o jantar enquanto se limpa." a Karen diz. O Harry se levanta e vêm até mim. Ele parece feliz por estar fora da sala com o seu pai.

"Voltamos já." digo e sigo o Harry até lá cima.

"Como foi?" pergunto quando entramos no quarto. Em vez de responder, ele amarra os seus dedos em volta do meu rabo de cavalo e traz os seus lábios aos meus. Cambaleamos contra a porta e ele pressiona o seu corpo contra o meu.

"Tive saudades tuas." ele suspira. O meu interior fica liquido.

"Teve?" falo e ele se desfaz em sorrisos.

"Sim, tive. Passei as últimas horas num silêncio esquisito e ainda alguns comentários estranhos aqui e ali com o meu pai. Preciso de uma distração." Ele corre a sua língua pelo meu lábio inferior e a minha respiração se captura na minha garganta. Isto é diferente, Bem-vindo, e muito quente, mas diferente.

As mãos dele viajam pela minha barriga e para no topo da minha calça.

"Harry, preciso de um banho. Estou coberta de sujeira." riu. A língua dele corre pelo meu pescoço.

"Gosto de você assim, agradável e suja." ele se desfaz em sorrisos. Gentilmente o empurro e pego a minha bolsa antes de ir para o banheiro.

A minha respiração está instável e tento fechar a porta do banheiro para o fazer parar no meio do caminho. Quando olho para baixo, vejo a bota do Harry parando a porta.

"Posso me juntar a você?" ele sorri e entra no banheiro antes que eu possa responder.

AFTER (Tradução Português/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora