82° Capítulo

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Ele se junta a mim de volta na cama segurando o pequeno pacote. Só vi preservativos em aulas de educação sexual, eles pareciam tão intimidantes , mas agora quero tirá-lo da mão dele e coloca-lo. Estou agradecida de que o Harry não consegue ouvir os meus pensamentos indecentes, mesmo que as palavras dele sejam mais porcas do que algum pensamento que alguma vez tive.

"Você..." a voz dele é baixa.

"Se me perguntar se tenho a certeza, vou te matar." digo e ele sorri.

"Eu ia perguntar, se você vai me ajudar a pôr isto ou devo colocar?" ele ri, abanando o preservativo entre o seu polegar e o indicador.

"Oh. Eu quero, mas tem que me mostrar como." mordo o lábio.

"Ok." ele se senta na cama e eu me sento de pernas cruzadas. Ele se inclina e me beija rapidamente na testa antes de pôr a minha mão na dele. Ele rompe o pacote e eu seguro a mão. Ele ri e abana a cabeça.

"Vou te mostrar, assim." ele diz e usa as nossas mãos juntas para pôr o preservativo sobre ele. É escorregadio ao toque.

"Agora vai para baixo." ele diz, as suas bochechas coradas. Os olhos dele estreitam enquanto ambas as nossas mãos deslizam o preservativo sobre a sua pele dura.

"Isto não foi assim tão mau para uma virgem e um bêbedo." riu. Ele levanta a sobrancelha para mim e sorri. Estou feliz que estamos sendo brincalhões e não tão intensos, e deixa menos nervosa para o que está prestes a acontecer.

"Não estou bêbedo bebé, bebi algumas bebidas e quando apareci aqui estava levemente bêbedo mas discutir contigo me deixou sóbrio, como sempre." ele sorri e passa o seu polegar pelo meu lábio inferior.

Estou satisfeita com a resposta dele, não quero que ele desmaie no meio ou que vomite em cima de mim. Riu um pouco com os meus pensamentos e olho de novo para ele. Os olhos dele estão límpidos, não vidrados como estavam à uma hora atrás.

"E então e agora?" digo antes que consiga me parar. Ele ri, pegando na minha mão e pondo-a em volta do seu comprimento.

"Ansiosa?" ele brinca e eu assinto com a cabeça.

"Eu também." ele admite e eu movo a minha mão para cima e para baixo. Ele vira o seu corpo por isso ele está em cima de mim. Ele usa o seu joelho para abrir as minhas pernas, abrindo-as bem e eu sinto os dedos dele se esfregando contra mim. Me pergunto se ele vai ser gentil comigo, espero que sim.

"Está molhada, por isso vai ser mais fácil." ele inspira. Os lábios dele encontram os meus e ele me beija lentamente, a língua dele brinca com a minha. Os lábios dele parecem ser moldados contra os meus, feitos só para mim. Ele acaba o beijo e beija os cantos da minha boca, seguido do meu nariz e os meus lábios depois. A minha mão vai para as costas dele numa tentativa desesperada de puxá-lo para mais perto.

"Devagar bebê, temos que ir devagar." ele sussurra. Os lábios dele tocando no lóbulo da minha orelha.

"Vai doer, me diz se quiser que eu pare. Estou falando sério, ok?" ele diz numa voz suave.

"Ok." engulo. Ouvi que perder a virgindade dói, mas não pode ser assim tão mau. Espero que não pelo menos. 

Ele me beija novamente, sinto o preservativo sedoso contra mim, me fazendo tremer. Segundos depois ele se pressiona em mim, é uma sensação tão diferente. Os meus olhos se fecham e ouço-me a engasgar.

"Está bem?" ele sussurra no beijo. Assinto com a cabeça e ele coloca mais dentro de mim. Estremeço com a sensação de beliscar profunda dentro de mim. É tão ruim como todos dizem, se não for pior.

"Foda-se." o Harry geme. O corpo dele está quieto, imóvel e a sensação é incrivelmente desconfortável.

"Posso me mexer?" a voz dele é tão tensa e rouca.

"Sim." digo. A dor continua mas o Harry me beija por todo o lado, os meus lábios, as minhas bochechas, o meu nariz, o meu pescoço e as l'grimas que se formam no canto dos meus olhos. Coloco a minha atenção em apertar os braços do Harry e na língua quente dele no meu pescoço.

"Oh senhor." ele geme e vira a cabeça para trás.

"Eu te amo, eu te amo tanto Tess." ele respira contra o meu pescoço. O conforto da voz dele silencia a dor levemente, mas ainda está presente enquanto o quadril dele mexe lentamente contra o meu.

Quero dizer-lhe o quanto o amo, mas tenho medo que se falar, irei chorar.

"Você... foda-se... quer que eu pare?" ele gagueja. Consigo ouvir o prazer e a preocupação a batalhar na voz dele.

Abano a cabeça e vejo-o com espanto, os olhos dele estão firmamente fechados. O seu maxilar esta tenso em concentração e os músculos duros dele contraem e se puxam contra a sua pele pintada. A dor desapareceu já quase totalmente enquanto o vejo se desfazer. Ele esfrega o meu osso da bochecha com o seu dedo e me beija novamente antes de enterrar a sua cabeça na curva do meu pescoço. A respiração dele está a cambalear, quente e selvagem contra a minha pele. Ele traz a sua cara até à minha e abre os olhos. Eu aguentaria a dor uma e outra vez para poder me sentir assim, esta ligação profunda com ele que me leva a um lugar que eu nunca soube que existia. A emoção nos olhos dele enquanto ele olha nos meus, me traz mais lágrimas aos olhos, me leva para o esquecimento e depois me traz de volta a ele. Eu o amo e eu sei sem dúvida, que ele me ama. Mesmo que não duremos para sempre, se acabarmos nunca mais nos falando, vou saber sempre, que neste momento ele era tudo para mim.

Consigo ver que ele está tomando tudo de si para se controlar, para manter este ritmo lento por mim e eu o amo ainda mais por isso. O tempo abranda e para, aumenta e para novamente enquanto ele se move para dentro e para fora de mim. O sabor salgado do suor está nos lábios dele enquanto ele me beija, eu quero mais. Beijo o seu pescoço e o lugar de baixo da sua orelha que eu sei que o leva à loucura. Ele se arrepia e geme o meu nome.

"Está indo tão bem bebê. Eu te amo tanto." ele me lembra novamente.

Não dói mais, mas ainda é desconfortável e há uma picava leve em cada vez que ele impulsa dentro de mim. Os meus lábios se movem para o seu pescoço e as minhas mãos puxam o cabelo dele.

"Eu te amo Harry." consigo dizer. Ele geme e traz os seus lábios inchados aos meus.

"Oh bebê, vou gozar. Ok?" ele diz pelos dentes cerrados.

Assinto com a cabeça e beijo o pescoço dele novamente, chupando suavemente na pele dele. Os olhos do Harry nunca deixam os meus enquanto ele se vem, promessas de amor para sempre e incondicional são feitas enquanto ele fica tenso e suavemente caí sobre mim. Consigo sentir a vibração pesada do seu coração contra o meu peito, e eu beijo o topo do cabelo molhado dele. O peito dele para de se levantar e ele se levanta, tirando-se de mim. Choramingo ao vazio repentino enquanto ele tira o preservativo e ordenadamente coloca dentro do pacote.

"Está bem? Como é que foi?" os olhos dele procuram a minha cara e ele parece mais vulnerável do que eu pensei que fosse possível.

"Estou bem." asseguro ele. Pressiono as minhas coxas juntas para aliviar a dor. Consigo ver o sangue nos meus lençóis mas não quero me mexer.

"Foi... foi o que esperava?" ele tira o cabelo da testa.

"Foi melhor." respondo honestamente. Mesmo com a dor, toda a experiência foi extraordinária. Já me encontro a fantasiar com próxima vez.

"Sério?" ele dá um grande sorriso. Assinto com a cabeça e ele se inclina para mais perto, pressionando a sua testa à minha.

"Como é que foi para você? Vou ser melhor quando tiver mais... experiência." digo. O sorriso dele desaparece e ele pressiona os seus dedos debaixo do meu queixo, inclinando a minha cabeça para me fazer olhar para ele.

"Não diga isso, foi excelente bebê. Foi melhor que excelente, foi... o melhor." ele diz e eu rolo os olhos. Tenho certeza que ele já esteve com outras muito melhor, com garotas que realmente sabem o que fazer e quando fazer.

Respondendo aos meus pensamentos ele diz, "Eu não as amava. É uma experiência completamente diferente quando ama a pessoa. Honestamente Tessa. É completamente diferente, incomparável. Por favor, não duvide de você ou duvide do que acabamos de fazer." a voz dele é tão suave e sincera, sinto o meu coração aumentando e beijo o topo do nariz dele.

Ele sorri e envolve os seus braços em volta da minha cintura, me puxando para o seu peito. Ele cheira tão bem, até suado ele é o meu cheiro favorito.

"Dói?" ele corre os seus dedos pelo meu cabelo e encaracola um pedaço no seu dedo indicador.

"Em parte. Tenho medo de me levantar." riu. Ele me aperta mais e beija o meu ombro.

"Nunca estive com uma virgem antes." ele diz calmamente. Olho para ele e os olhos dele estão suaves, não a fazer pouco de mim ao menos.

"Oh." a minha mente produz centenas de perguntas sobre a primeira vez dele. O quando, onde, quem e porquê. Mas ponho esses pensamentos longe, ele não a amava. Ele nunca amou ninguém sem ser eu. Não quero saber mais disso, as mulheres no passado dele são só isso. O passado dele. Só quero saber deste lindo e danificado homem que fez amor pela primeira vez na sua vida.

AFTER (Tradução Português/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora