CAP 17

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Sua cabeça doía enquanto tentava entender tudo, ouviram as duas espectadoras se despedindo e saindo às deixando sós, morte ficando vermelha ao perceber suas presenças

- por quanto tempo eu dormi? _a loira se senta na cama ainda olhando para a mulher a sua frente.

- um dia inteiro _Morte se senta a seu lado ainda procurando por qualquer ferimento.

- isso é muito _abraça os joelhos enquanto olhava para o nada.

- sim...

- Mor, afinal... aonde estamos?

A morena dá um sorriso desconcertado enquanto se levanta.

- estamos na aldeia dos licantropos, fazia parte dos meus planos te trazer aqui um dia, mas bom, não por essas condições.

- lican o quê?

- licantropos, talvez seja muito por agora, você acabou de acordar, talvez seja melhor apenas descansar por agora. _ Morte falava para si mesma enquanto andava pelo quarto se perdendo em seus pensamentos.

- não quero descansar, estou bem, quero andar, respirar um pouco. _suas palavras não tiraram o semblante de dúvida que a mais velha carregava.

- eu poderia guiar está garota pela aldeia. _a senhora que a pouco cuidava de Haya entrou, caminhando lentamente até o pé da cama enquanto as duas a olhavam.

- a senhora estava ouvindo atrás da porta? _Morte parecia estranhamente chocada enquanto Haya tentava não rir.

- mas é claro que não, minha querida... Não há porta para se ouvir atrás. _falou piscando para a morena e então Haya explodiu em gargalhada.

A senhora se divertia vendo Morte olhar para a loira com uma expressão traída no rosto e a mesma tentar parar de rir para se defender.

No final, a morena foi incapaz de deixar a garota andar por aí sem proteção então fui junto.

Andando devagar para acompanhar os passos lentos da mais velha enquanto observava seu redor.

Haviam casas feitas de barro como a que estava antes, suas portas eram panos grossos e chamativos, pendurados a cima da entrada, iam quase até se arrastar ao chão.

Por onde andava via crianças correndo e adultos conversando fora de suas casas, mas que logo paravam ao vê-las.

- acho que estão estranhando seu manto. _Haya sussurra para apenas Morte ouvir.

A boca da morena se contorce, mas a mesma não diz nada, se recusando a tirar o capuz da cabeça.

- os anos se passam e você continua sendo a mesma orgulhosa de sempre. _o sorriso não deixava os lábios da mulher, sempre quieta e atenta.

- já você está cada dia mais decrépita. _por mais que Haya achasse ofensivo de se dizer a uma idosa, as duas mulheres apenas riram o que a fez recordar de que esse não era o mundo que estava acostumada.

- Mor _falou chamando a atenção da morena. - estes não são humanos não é? Então... O que são para se parecerem tanto com pessoas?

Morte pensa por um minuto, buscando o melhor jeito de explicar.

- como eu já lhe disse, estes são licantropos e por mais que tenham uma aparência na qual seu mundo acha "normal" seus sentidos e habilidades são mais apuradas.

Haya concorda, mesmo que não tenha entendido nem metade do que lhe foi dito.

Passaram por uma rua com mais pessoas que paravam e as olhavam, Haya jura ter visto um deles cheirar o ar, a fazendo encolher os ombros e se aproximar mais da mulher a seu lado fazendo suas mãos roçarem.

Mas do jeito que estavam sendo observadas e de como Morte mantinha sua postura ereta e séria, Haya não achou que a mesma gostaria que segurasse sua mão, então apenas afastou o pensamento voltando a olhar para frente.

- aí está você! Está nascendo! _uma mulher corria desesperada até a senhora ao lado das duas, a mesma fechou o senho antes feliz.

- preciso que pegue os preparativos _a mulher assente e volta a correr

- não se preocupe conosco, conheço o lugar, vá! _Morte retirou qualquer dúvida que a senhora ainda tinha de se seria educado se separarem, então saiu andando o mais rápido possível.

Haya levantou uma sobrancelha para a mulher que mesmo apressada andava devagar.

- o que faremos agora? _sua atenção se volta a mulher a seu lado agora pensativa.

- bem, você já viu uma cachoeira?

Seu sorriso ia de orelha a orelha com a ideia e Morte relaxou um pouco com o pensamento de sair daquela multidão.

 A Amante Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora