CAP 37

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Voltamos a casa em passos demorados, por mais que estar na floresta não me agrade, Mor me convenceu a caminhar, sinto que deveria ter escolhido sapatos mais confortáveis para isso.

- então, eu estive pensando e.... _Mor se vê um pouco rígida, talvez esteja se sentindo mal? -não gostaria de ficar no meu quarto?

- o quê?

- digo, dormir lá, quero dizer, se mudar pra lá _seguro o rosto dela entre minhas mãos, ela parece tão nervosa que não para quieta, seus olhos se movendo sem encontrar os meus.

-porque isso de repente? _indago e a vejo acariciar o próprio braço antes de prosseguir.

-eu apenas....pensei que dessa forma vc ficaria mais...segura talvez. _ela ainda não me olha nos olhos por algum motivo.

- ei está tudo bem, eu adoraria... Me mudar pra lá...?

Ela respira fundo e acena com a cabeça então se espantando. Olho prós lados, mas não vejo nada.

- vê algo?

- não, eu só...esqueci que estávamos longe de casa. _ela retira minha mão de seu rosto sem solta-la e volta a me guiar pela floresta.

Andamos por mais alguns minutos até conseguir avistar a casa ao longe, tomo a frente em direção a casa, mas sua mão aperta a minha me impedindo de continuar.

- o quê?

- estou ouvindo algo, uma briga talvez. _ela fala enquanto me puxa alguns passos para trás.

Não ouço nada além de pássaros, mas quando olho vejo alguns voando agitados na direção oposta a nossa.

- você fica aqui enquanto vou verificar.

Seguro seu braço antes que ela possa ir, não quero nem imaginar fica sozinha aqui de novo.

- não não, nós vamos juntas! _talvez minha voz tenha se elevado um pouco demais.

Ela pensa um pouco antes de aceitar. Vejo suas asas surgindo de suas costas, acho que nunca vou me acostumar com o quão lindo é isso.

Ela segura minha cintura enquanto envolvo meus braços em seu pescoço e meus pés saem do chão.

Vamos mais rápido do que estou acostumada, tudo que posso fazer é manter os olhos fechados até sentir o vento forte parar de atingir meu rosto.

Sinto algo abaixo dos meus pés, mas ainda não é o chão, estamos sobre uma das poucas árvore envolta da casa, meus pés quase não conseguindo se manter em seus galhos, no momento tudo o que me impede de uma quede até o chão são os braços de Mor segurando minha cintura.

- onde...

- shhh eles estão logo alí _meus olhos vagam a frente até encontrar pessoas ou o que quer que sejam.

Estão a uma certa distância de nós, se movendo mais rápido do que posso acompanhar, vejo apenas borrões se movendo de um lado ao outro do terreno.

Finalmente eles param, os vultos enfim ganhando forma, vejo cinco, três deles não reconheço, parecem animais muito grandes em quatro patas com dentes grandes ao ponto de cobrir o próprio rosto.

Ah uma criatura os encarando, grande e magra parecida com a que vi na floresta. Meu corpo estremece quando recordo desse dia, logo atrás dela vejo Sebastian, ele veste seu casaco preto pesado e segura uma foice nas mãos, grande e afiada, seu rosto tão fechado que se não fosse o cabelo amarrado em um rabo de cavalo talvez não o tivesse reconhecido.

As criaturas se jogam pra frente em movimentos desordenados, um rastro de sangue sendo deixado enquanto se movem.

A outra criatura a frente de Sebastian se joga contra elas, seus movimentos mais rápidos enquanto pula sobre uma, cravando as garras em suas costas. Sebastian logo atrás levantando sua foice na diagonal sobre as outras duas.

Notas do autor:

Mano eu não esperava kkkkk
Tipo, veio muita gente, eu não espera, aiai tô feliz.

Enfim, um beijo 😘 pra vcs!

 A Amante Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora