- você não veio por vontade própria não foi? _a árvore franze a testa de madeira dano um olhar mortal para a fada em seguida, a mesma mergulhou para se esconder atrás da garota.
O vento frio passa sobre ela provocando arrepios, afinal que horas são? Já deveria ser de tarde a essa altura, mas o dia parecia igual a quando acordou pela manhã.
- mas então, o senhor sabe como faço para voltar? _sua mente repetia um "sim" várias vezes como se seus pensamentos fossem afetar sua resposta.
- farei melhor, criança, e posso até mesmo prometer que chegará em segurança em sua casa.
- como?
- não escute esta árvore decrépita! ele já não sabe mais o que diz.
Os dois se encararam novamente parecia que iam se atacar a qualquer momento.
- meu senhor, por favor, poderia me dizer como eu poderei chegar a minha casa? _Haya já se sentia a ponto de gritar, e o faria, se a garganta já não estivesse seca por ter andado tanto.
A árvore retornou sua atenção a garota, fazendo um som arranhado como se limpando a garganta.
- muito simples, sente-se e relaxe.
Passado alguns minutos a árvore avia fechado os olhos Haya continuava a encara-la, olhando para a fada eventualmente, mas a mesma estava emburrada sentada em um de seus ombro.
ouvira som de madeira se quebrando no alto dos galhos, mas nenhum dos dois pareceu se importar.
A árvore abriu seus olhos novamente, mas não tinha mais sua estranha expressão amigável, um dos galhos se dobrou com uma ponta fina apontada para ela, no momento seguinte sendo lançada em sua direção.
Um grito lhe escapou a garganta, sendo seguido pelo grito agudo da pequena fada que não faz mais do que se agarrar mais a loira. E em seguida sentiu braços ao seu redor
- shhh tá tudo bem, tá tudo bem.
Seus olhos não haviam se fechado, mas sua visão tinha escurecido, seu cérebro desligando segundos antes do impacto, sentia suas pernas fraquejarem, realmente deveria ter se sentado.
- não poderia ter mandado uma mensagem? _ as vozes ficando cada vez mais distantes.
- que mensagem melhor do que esta?
- poderia tela matado.
- eu jamais o faria.
....
Seus olhos foram se abrindo lentamente, se acostumando com a luz, sentia seu corpo ainda pesado, sua garganta arranhando, alguém falou algo incompreensível e ofereceu um copo que ela logo bebeu.
Olhando ao redor percebeu que não reconhecia o lugar, era mais escuro que seu quarto, mais rústico, o copo em suas mãos era feito de barro como as paredes aparentavam ser.
- logo se sentirá melhor, por enquanto descanse mais. _virando para encarar a dona da voz, era uma senhora já de idade, cabelos grisalhos em transas que chegavam a quase se arrastar pelo chão, mas suas feições ainda estavam fora de foco.
Seus olhos se fecharam novamente por mais que não fosse essa sua vontade.
Talvez algumas horas depois voltou a acordar, o copo antes em suas mãos agora repousava ao lado da cama ainda com água, com um pouco de esforço se levantou e saiu pela "porta" que não passava de um pano grosso.
A visão demorou mais a se acostumar com a luz, até se sentir sendo empurrada de volta para dentro.
- ei! O que... _sua garganta arranhou sentindo uma grande necessidade de água.
- suas roupas, não ligo se está apenas de camisola, mas suponho que sua gente ligue. _suas palavras demoraram a fazer sentido até olhar para se mesma e perceber que vestia apenas um tecido fino.
Voltou o mais rápido que pode para a cama passando o cobertor sobre seu corpo.
- eu disse. Olha eu...
- ela está melhor, e despertará logo logo, não precisa se preocupar tanto. _uma senhora entrava no recinto
- eu não estou preocupada, eu sei que.... Haya! _uma segunda pessoa entrou, o que a loira pode notar de primeira que se tratava de Morte.
A morena evaporou no ar aparecendo logo em seguida a sua frente, como se os segundo que bastassem para andar até ela não fosse suficientes. A loira foi envolvida em um abraço mais que apertado.
- me desculpa, me desculpa, me desculpa, eu deveria ter imaginado que algo assim poderia acontecer e que um só ceifador não daria conta de te proteger.
- tudo be... _sua garganta doeu novamente e aproveitando que morte se afastara, pegou o copo ao lado da cama e o bebeu.
- não, não, não está, eu fiquei muito preocupada quando cheguei e disseram que você havia sumido, quando enfim te encontrei e você desmaiou eu te trouxe pra cá porquê era mais perto, achei que você poderia nem mais acordar. _morte falava mais rápido do que Haya conseguia compreender.
- mais perto? Não deveríamos estar tão longe de casa, foram apenas algumas horas.
A morena levantou uma sobrancelha.
- Haya, você sumiu por quase dois dias.

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A Amante Da Morte
RomanceUma garota que perdeu tudo e um ser que não tinha nada, uma cuidando da outra e tentando sobreviver em um mundo onde criaturas sanguinárias chamam de lar. Um romance lésbico com a morte, quem imaginaria?