cap7

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- vou precisar ir ao mundo humano para comprar seus mantimentos, o que me diz, gostaria de ir comigo? _Morte falava calmamente ainda que com um brilho nos olhos esperando a resposta da loira que terminava de comer seu jantar.

- mundo humano? Tipo, de onde eu vim? Não tem problema? _Haya disfarçava horrivelmente mal sua animação por poder sair daquela casa após tantos dias.

- como se tivesse qualquer problema sendo que ela poderia simplesmente  estalar os dedos e um de seus ceifadores trazer-lhe as compras para cá, tá muito na cara de que ela tá te chamando para um encontro, acorda querida!

Morte se levanta batendo as palmas das mãos na mesa e assustando os dois.

- TAY!! _ o rosto pálido da morena agora parecia um tomate de tão vermelho, não que a loira estivesse muito diferente.

A sala ficou desconfortavelmente silenciosa, respirações aceleradas por partes das garotas e viradas de olhos da parte do fantasma

- eu... Adoraria ir _ Haya fala olhando para a morena agora ficando ainda mais vermelho.

- certo _ falou e desapareceu como poeira.

- certamente, essa mulher é um clichê ambulante, vocês duas na verdade, cruzes, se peguem logo! _ Tay sai da cozinha atravessando a parede mais próxima deixando Haya sozinha com seu sorriso bobo no rosto.

....

- e essa aqui se chama Lau porque o cabelo dela é bem branquinho. _ uma garotinha falava sorrindo enquanto mostrava suas bonecas uma por uma para ninguém em particular.

- ela continua com isso senhor, desde hoje pela manhã quando caiu da janela do segundo andar. _ não era tão incomum ter seus amigos imaginários, mas a menina fazia isso toda vez que se acidentava e o que os deixavam mais preocupados era o fato de que ela nunca se machucava quando isso acontecia.

- não se preocupe, ela é criança é normal ter seus amigos imaginários, não é como se ela pudesse ficar saindo o tempo todo para brincar com outras crianças

Uma senhora se unia a conversa dos dois homens de pé na porta aberta do quarto da pequena. Uma cozinheira a quem os dois homens respeitavam ainda que um deles fosse seu próprio patrão.

- me mantenham informado se isso se repetir novamente. _ eram sempre suas últimas palavras antes de sair apressado a seu escritório, o chefe da casa, um cara respeitado por seus funcionários e geralmente andando com um sorriso no rosto, mas sempre que a filha agia assim ele mudava, era como se temesse algo e os funcionários tinham certeza que era pela preocupação quanto ao bem estar de sua filha.

....

- realmente acha que ela quer sair comigo? _ Haya fava mordendo o lábio inferior tentando segurar um sorriso que teimava em se formar em seus lábios.

- minha linda é só se lembrar do quão vermelha ela ficou quando eu joguei as cartas na mesa, de nada aliás _ Tay procurava no guarda roupa algum vestido que segundo ele ficaria perfeito pra um passeio na cidade.

- o que você acha que eu deveria fazer lá?

- tomar uma atitude porquê, confie em mim, Morte é a coisa mais tímida do mundo.

Haya se joga de costas para na cama ficando do lado do amontoado de vestidos que Tay tirava do guarda roupa.

- esse! _ a loira levanta a cabeça para poder ver o vestido e era realmente lindo

Um vestido de cor pastel com várias flores o enfeitando e um chapéu do mesmo jeito o acompanhando.

- isso, para mim?!

- fecha a boca e experimente logo que eu sei que você vai ficar linda nele!

- como você entende tanto de roupa? _Tay ajeitava o tamanho do vestido enquanto Haya se esforçava para não fazer nenhum movimento que a fizesse ser espetada pela agulha.

- anos trabalhando na casa de um nobre, eu tive que aprender de tudo.

- parece legal... Aí! _levou uma espetada na cintura.

- desculpa. Não, não tem nada de legal em ser um rapaz negro trabalhando para nobres arrogantes.

- eu sinto muito _os dois ficaram calados até que o vestido estivesse pronto.

 A Amante Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora