CAP 11

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- ok ok repete de novo o que aconteceu. _Tay perguntava andando de um lado para o outro no quarto de Haya, se não fosse um fantasma seus sapatos já estariam completamente gastos.

A garota respirou fundo e repetiu sua história pela quinta vez.

- eu estava andando, me deparei com algo aí fiquei com medo e fui saindo de perto, mas aí começou a falar sobre a Morte e eu fiquei em choque e aí ela se aproximou e tentou me apunhalar até Morte vir me socorrer!

- e aonde essa doida estava que não tava protegendo meu bebê?!

- seu bebê? _falou Morte encostada ao batente da porta causando um susto no rapaz que o fez saltar e atravessar o teto.

- meu bebê sim! E onde você estava?! _falou Tay enquanto descia graciosamente do teto até a cama, onde Haya estava sentado, a envolvendo com os braços.

A morena abaixou ligeiramente os ombros.

- senti alguém morrendo antes da hora, provavelmente uma distração para chegarem a Haya.

- chegarem em mim? Por quê alguém iria querer chegar até mim? _seus olhos iam do rapaz a morena esperando uma resposta.

- devem ter descoberto que você está aqui, chegaram a você para me atingir _a morena olhava distraidamente para a parede.

- claro! E agora você deveria dormir um pouco sim? Hoje foi um dia... Agitado. _Tay deu um beijo no topa da cabeça da loira desfazendo o abraço e saindo dando um boa noite e um olhar severo a Morte que apenas lhe deu espaço e adentrou no quarto.

- me desculpe _Haya falou assustando a mais velha, ao ver que não iria dizer nada prosseguiu.

- você me pediu para esperar e eu não o fiz, eu poderia ter morrido por minha própria curiosidade. _lagrimas brotavam em seus olhos pedindo para saírem.

- não não! eu é quem não deveria ter saído do seu lado! _Morte se ajoelhou a frente da loira que permanecia sentada na cama.

Ao levantar um pouco a cabeça de surpresa Haya pode ver toda a culpa que habitava em seu olhar. Levou a mão ao rosto da mais velha em um gesto sem pensar.

- talvez devemos muitas desculpas _sua voz saiu quase como um sussurro.

- ou talvez nada disso é nossa culpa _a loira queria perguntar o que Morte insinuava, mas seus pensamentos vagavam pelos lábios carnudos a sua frente.

Não que Morte estivesse em melhor estado, inclinando a cabeça levemente para a mão da mais nova enquanto seus olhos vagavam por todo o rosto parando vez ou outra nos lábio ligeiramente abertos da mesma.

Haya iria dizer algo importante, sentia isso, mas quando abriu a boca para falar tudo o que sabia era que a estava beijando, sabe-se lá quem começou o beijo ou o que pretendia dizer, tudo o que importava naquele momento era em como a morena tinha lábios tão macios e convidativos

Se afastaram lentamente com a respiração pesada, Morte demorou a abrir os olhos, sentindo que ao fazê-lo iria acordar e perceber que tudo fora um sonho, mas ao abri-los se deparou com duas íris azuis devolvendo o seu olhar.

Como se recobrasse a consciência a loira se afastou levando uma mão a boca, não que não gostou ou achou errado, estava apenas em choque sem nem mesmo saber o porquê.

Morte se levantou e um pouco envergonhada se despediu dizendo ter assuntos para cuidar, seu rosto estava muito vermelho, mas Haya sabia que o dela também deve estar.

Assim que a morena deixou o quarto a garota se jogou de costas na cama, passando os dedos sobre os lábios. Rolou pela cama até pegar um travesseiro e o abraçar, riu se sentindo como uma das várias damas que sempre via caminhar com um olhar sonhador e um sorriso brilhante enquanto acompanhadas de belos rapazes, se sentiu idiota ao se comparar com elas, mas o sorriso não deixou seu rosto.

 A Amante Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora