Capítulo 25

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Fico um tempo deitada esperando a dor passar para poder voltar ao meu quarto de mãos vazias, e tento pensar em qualquer outro lugar onde o hidratante possa estar. Nada me vem a cabeça. Levanto, me sentindo uma fracassada e resolvo ir comer alguma coisa. A dor não vai me deixar dormir mesmo. Chego na cozinha e começo a procurar qualquer coisa que seja de meu interesse.

_Foi você então!_ ouço uma voz surgir do nada e tomo um susto.

_Caralho, Peter!_ suspiro assustada com a mão no coração assim que me viro.

_Empata foda hein!_ ele fala, porém não parece estar puto ou irritado como sempre que fala comigo. O clima de agora é o mesmo que o de tarde.

_Eu não pude nem ir na festa, me dá um desconto.

_Mas o que você faz acordada a essa hora? Achei que fosse estar roncando igual uma pedra.

_Mal consegui dormir por causa da dor, aí fui procurar o hidratante que a minha mãe colocou na mala de Danny, só que não achei nada.

_Então, quando ficou entediada fez questão de atrapalhar os outros? _ ele pergunta em um tom brincalhão

_Eu já estava irritada e também vocês iam acabar acordando meus tios!

_Eu tinha me esquecido deles!_ ele sorri culpado_ Não achou o hidratante?

_Não_ eu suspiro

_Vamos então!

_Vamos onde?_ pergunto confusa

_Comprar um, ué.

_Peter, são duas horas da manhã! Está ficando doido?

_Você não está com dor?_ ele pergunta e eu confirmo com a cabeça_ Eu não estou com sono, então aproveite a minha boa vontade!_ ele fala e eu começo a ponderar a ideia_ Só troca esse pijama, né!

Eu olho para meu corpo e vejo o pijaminha curto que estava usando, não dava para colocar nada maior com toda essa dor para dormir. Eu subo e me troco, fazendo as coisas sem pensar muito. Até que não é uma má ideia. Digo, o dia hoje com Peter foi até que bem agradável, além do que eu realmente preciso do hidratante. Desço e vejo Peter mexendo no celular sentado no sofá.

_Vamos?_ eu chamo sua atenção e ele me olha rapidamente e se levanta. Peter guarda o celular e nós saímos de casa.

_Tem uma farmácia a 20 minutos daqui.

_A gente vai andando?_ pergunto

_Você quer chamar um uber 2 horas da manhã?_ ele pergunta como se fosse algo absurdo

_Você voltou como?_ ele olha para cima como se estivesse pensando e arregala os olhos

_De uber!_ ele fala e arregalo os olhos surpreso como se tivesse descoberto o mundo.

_Quanto você bebeu?_ pergunto rindo enquanto chamo um uber.

_O suficiente para te aguentar durante a noite_ ele responde e eu reviro os olhos_ Brincadeirinha! Você precisa levar as coisas menos a sério, Jones.

_Você está tranquilo demais.

_Cervejas fazem milagre.

_É, só cerveja, né_ ele dá uma risadinha e eu confiro o meu celular.

_Chega em 6 minutos_ eu falo e nossa conversa parece acabar. Fico parada mexendo no telefone, ou pelo menos fingindo, se eu guardasse ele iria ficar um silêncio estranho. Assim que o uber chega nós entramos e Peter parece voltar a ficar animado, ele estava sorrindo e parecia não conseguir ficar quieto. Ele fica muito engraçadinho bêbado.

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