capitulo 31

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Tudo que eu quero é que você compreenda
Que quando eu pego sua mão, é porque eu quero
Nós nascemos em um mundo de incertezas
Mas não há mais dúvidas
Eu descobri
Eu te amo

Green Day, When It's Time

Anne's pov

O pessoal foi acordando aos poucos e reparo que todos ficaram curiosos e vieram ver por que havia música no quintal. Apenas Danny, Leila e Ryan se juntaram a nós, pois James e Rafa resolveram ir comprar o nosso almoço. Ficamos discutindo o que poderíamos fazer hoje e Ryan sugeriu que visitássemos o Corcovado. Fiquei super animada com a ideia, adoro visitar pontos turísticos e finalmente iríamos a um, que ainda por cima é o principal aqui do Rio de Janeiro.

O resto da manhã se passa rápido e logo nós almoçamos, durante a refeição Ryan fala o que decidimos fazer e avisa que sairíamos por volta de 13:30. Após o almoço todos vamos nos arrumar e, enquanto espero minha vez no banheiro, arrumo uma mochilinha com protetor, repelente, bikini, água e alguns biscoitos.

Finalmente o banheiro fica vago e eu consigo tomar meu banho. Me arrumo correndo, por estar um pouquinho atrasada, e desço com Julie - que havia me esperado - para a sala, onde encontramos os meninos já arrumados. Menos Peter. Ele estava com a mesma roupa que usava de manhã e nada em sua aparência dava a entender que ele sairia conosco.

_O Peter não vai?_ pergunto baixo para Danny, que era quem estava mais próximo de mim.

_Você pode me perguntar diretamente ao invés de ficar de fofoca com os outros, né, Jones_ a voz irritante do demônio faz com que minha atenção seja dirigida a ele. Aguardo sua resposta, porém como o bom babaca que ele é, deve estar esperando que eu repita a pergunta. Não vou jogar o jogo dele, ele está incrivelmente chato hoje. Talvez seja tpm.

_Hein, Danny?_ Peter revira os olhos e eu sorrio vitoriosa.

_Ele disse que não está afim de sair hoje._ Danny diz com a voz cansada, não deve aguentar mais as infantilidades de Peter - nem as minhas.

_Será um dia ótimo então! O que estamos esperando?

_Kate, mas ela disse que já já chega.

[...]

Quando chegamos no Corcovado, me surpreendo pelo morro parecer muito maior do que nos cartões postais. Lá no alto, bem pequenininho consigo ver o Cristo, o sol brilha forte, quase me cegando e desisto de encará-lo.

_Isso é inacreditável!_ falo sorrindo, vendo a natureza ao meu redor

_E olha que você nem viu a vista lá de cima!_ Kate fala_ É de tirar o fôlego.

Sorrio em concordância e continuo admirando o local, a quantidade absurda de pessoas passando por nós; uns felizes, outros estressados com a multidão e o calor, muitas crianças gritando, correndo e rindo. Isso é um pouco perigoso, não? Começo a imaginar a quantidade de crianças que se perdem todo dia aqui, e isso me deixa preocupada.

_Então podemos ir? Já comprei os ingressos online_ Ryan atrai minha atenção ao mostrar algumas folhas A4 em sua mão, aparentemente ele imprimiu nossos ingressos.

Subimos o morro em um trem, o mato nos cercava e toda a experiência foi bem diferente do que estou acostuma na Inglaterra. Percebo também uma quantidade maior de pessoas de outros lugares e diversos grupinhos passaram por mim falando em inglês. Chegamos no topo e as milhares de pessoas emboladas aos pés da grande estátua me tiram o fôlego. Se antes eu achava que lá embaixo estava tumultuado, agora eu não tenho nem palavras.

Highway to HellOnde histórias criam vida. Descubra agora