A praia do amor II

Treze.

Helena 💫

Sabe quando você olha pra todas as meninas a sua volta e se acha insuficiente? É assim que eu me sinto, desde sempre. 

As vezes eu tenho vontade de chorar, de gritar e de me machucar, isso tudo, porque existem pessoas que não tem senso e nem empatia, que falam coisas e não pensam nas consequências ou no bem estar da pessoa que está ouvindo.

Desde sempre foi assim, as pessoas soltam alguma piada sobre o meu corpo, sobre como eu sou e essas coisas me fazem um mal sabe? Porque quando eu me olho no espelho, eu não vejo nada de errado, pra falar a verdade eu gosto do que vejo. Mas existem pessoas que sentem prazer em ver outras mal.

Eu não comento com ninguém sobre meus problemas de autoestima, tenho medo de falar e as pessoas acharem bobagem. 

Minha mãe desde sempre, repete todos os dias ''você é linda, Lena, não deixe que ninguém te diga o contrário''. E as vezes essa simples frase me ajuda.

Outro problema, que vinha junto com tudo isso, é que eu não sei reagir a elogios, sempre que alguém diz que eu sou bonita ou algo do tipo, eu acho que ela ta zoando com a minha cara e acabo ficando pior ainda. 

Mas eu estou numa fase da minha vida, que estou tentando melhorar isso tudo, pra não piorar...

- Ele é um embuste, Mari. - falei pra minha melhor amiga que falava do Arthur.

- Eu sei, ami. - disse me olhando. - Mas eu tô com vontade de esfregar a cara dele no asfalto. 

- Vamos, eu te ajudo. - falei me levantando. 

- Tá zoando, né? - disse nervosa. - Não tenho coragem. 

- Poxa, achei que ia realizar meu sonho. - falei e ela riu me abraçando. 

- É por isso que eu te amo. - disse dando um beijo na minha bochecha e eu sorri. 

Ela fazia parte das pessoas que me faziam um bem danado...

- Meu irmão é outro embuste. - Mariela disse rindo olhando o irmão, agarrado com uma menina. - Era pra ele se apaixonar por você sabe? Tipo aquelas histórias clichês que acontecem em livro. 

- Credo, vira essa boca pra lá. - falei e ela gargalhou. 

- Meu irmão nem é feio. - disse me olhando. 

- Eu sei, ele é a tua cara e tu é maravilinda. - falei e ela riu me abraçando. - Mas não, credo.

- Af, mas eu queria. - disse e eu gargalhei. 

- Credo, meu irmão também é bonito. - falei e ela me encarou. - E vocês estão próximos demais, em...

- Vamos mudar de assunto. - disse e eu gargalhei. - Seu irmão só tá me ajudando em relação ao Arthur. 

- Tá bom, senhorita Mariela. - falei rindo. - E você Alícia? 

- Eu o que? - disse fechando o livro e nos olhando. 

- Vai se apaixonar pelo Bernardo? Foi o único que sobrou. - Mariela disse. - Helena se apaixona pelo Jonas, eu pelo Igor e você pelo Bernardo.

- Que? Bernardo e eu? - Alícia disse rindo. - Impossível. 

- Nada é impossível. - respondi rindo. 

- Pode ter certeza de que isso é. - disse olhando pro lado e gargalhei. 

- Mariela. - Jonas chamou a irmã que foi até ele. 

Observei eles conversarem e a Mariela sorrir animada.

- Helena. - gritou sentando do meu lado. - Tem um negócio que eu preciso te falar. 

- Conte. 

- Tem um amigo do meu irmão, apaixonado em ti. - disse e eu gargalhei, esse povo deve tá zoando com a minha cara.

- Ah é? Quem? - perguntei e ela apontou pro menino que estava ao lado de Jonas. - Irmã, nenhum menino gosta de mim. 

- Esse gosta e vários gostam de você, tu é linda. - respondeu e eu forcei o sorriso olhando pro amigo do Jonas, que me encarava sorrindo. 

Isso era impossível, nunca ninguém se apaixonou por mim e não ia ser agora que isso iria acontecer...

•••

Ressurgir das cinzas.

Se liguem nessa frase que eu vi em algum lugar. ''Já pensou que tudo que achamos bonito, foi porque nos ensinaram a achar bonito?''

SEMPRE pensem antes de falar, as vezes vocês podem magoar quem tá ouvindo, mesmo que não seja a intenção, sabe?  

Votem e comentem pra eu voltar <3