Helena
O Jonas era um idiota, na moral, eu juro que tentei conversar com ele numa boa mas o garoto me irritou até não poder mais. E o pior, eu não conseguia parar de pensar no nosso beijo.
Eu sei, é errado com o Gustavo, mas o que eu posso fazer? Tô evitando o Gustavo enquanto decido o que fazer, ele é alguém tão bom pra mim, me tira vários sorrisos e com ele eu me sinto confortável.
Mas com o Jonas, é tudo tão diferente, ele consegue me tirar os melhores sorrisos, quando eu to com ele sinto milhares de borboletas no estômago, ele me toca como se eu fosse a coisa mais rara do mundo e me olha de uma forma que nunca ninguém olhou, com malícia, fogo e raiva.
Passei a mão na cabeça nervosa e indecisa, eu fingia que nada tinha acontecido e continuava com o Gustavo ou me arriscava no cafajeste que o Jonas é?
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Helena: ei, vamos conversar. // 16:56pm
Jonas: cara, esquece tudo, na moral. // 16:58pm
Helena: Jonas, para de ser infantil e conversa comigo, é sério. // 16:59pm
Jonas: não temos oq conversar. // 16:59pm
Helena: vou te esperar na pracinha as 18h. // 17:01pm
•••
Joguei o celular na cama e me encarei no espelho sorrindo fraco, além de falar com o Jonas eu precisava falar com o Gustavo, explicar tudo porque ele não merece essas coisas. Nunca achei que homem dava tanto trabalho assim, deveria ter ficado solteira.
Decidi tomar banho e me ajeitar pra encontrar o Jonas, no banho eu comecei a pensar em várias coisas e eu realmente tava muito confusa sobre tudo, mas eu ia seguir meu coração e ver no que dava.
•••
Olhei mais uma vez o horário no celular e já passava das 18h, decidi ir até a moça que tava vendendo açai e peguei um pra afogar as mágoas. Sentei novamente no banquinho e suspirei, pelo jeito ele não viria.
Continuei comendo meu açai enquanto algumas pessoas caminhavam pela pracinha me fazendo sorrir, senti um corpo sentar ao meu lado e suspirar fundo, olhei pro lado vendo o Jonas e sorri fraco.
- Oi. - falei pra ele que me ignorou. - Jonas, a gente precisa conversar.
- Tô aqui pra te ouvir. - ele disse sem me olhar e eu virei meu corpo pra ele.
- Eu quero pedir desculpas por aquele dia e por ter te tratado daquele jeito e por não ter te ouvido. - suspirei vendo ele olhar pra frente. - Mas Jonas, é difícil pra mim também! Eu sempre fui apaixonadinha em você, sempre te olhei diferente e você nunca sequer olhou pra mim. Eu sempre estive ali entregue de bandeja pra você e você nunca demonstrou nada, aí quando eu encontrei alguém com quem eu tava bem você decidiu demonstrar as coisas.
- Uhum. - ele murmurou e eu fechei a cara.
- Para de ser imaturo. - falei um pouco mais alto e segurei seu rosto, fazendo ele me olhar. - Olha pra mim Jonas, diz pra mim o que você sente, o que você quer. Eu só quero saber isso.
- O que vai adiantar eu dizer? - perguntou.
- Só diz por favor. - sussurrei vendo ele fechar os olhos.
- Caralho Helena! Eu sempre te vi como uma irmã, a gente sempre conviveu junto e eu não percebia quando você demonstrava. Quando to com você eu sinto que tudo é bom, que vai dar tudo certo e que nada é impossível, você me faz ver as coisas de outro modo, com você eu comecei a sentir coisas que eu sempre disse é impossível sentir algo assim, mas você, você me fez sentir tudo isso e mais um pouco, você me fez sentir tudo em um pequeno beijo, em um pequeno toque e isso é fodidamente errado, porque o Gustavo é meu amigo mas eu não vou negar o que eu sinto, eu não consigo negar. Eu não consigo negar que é você que eu quero.
Acabei rindo fraco já que ele falou tudo rápido, sem respirar e o encarei, Jonas não olhava pra mim, ele encarava o chão e eu meio que entendia. Era difícil pra ele demonstrar o que sentia.
Segurei novamente no seu rosto e virei pra mim, encarando o olho clarinho dele, sorri pra ele que apenas me olhou e encarei a sua boca. Me aproximei roçando os nossos lábios e o Jonas suspirou pesado contra a minha boca, olhei mais uma vez pra ele e deixei um selinho nos seus lábios, quando eu ia afastar sentia a mão do Jonas na minha nuca me puxando pra um beijo de verdade.
Nossas línguas brincavam uma com a outra e eu sorri assim que ele sorriu, senti ele mordendo o meu lábio inferior e me arrepiei sentindo sua mão puxar o meu cabelo com um pouco de força. Ele deixou alguns selinhos pela minha boca e deu um beijo no meu pescoço me fazendo suspirar, quando eu achei que ele iria se afastar ele atacou a minha boca novamente, com um pouco mais de agressividade. Segurei na sua nuca passando minhas unhas ali e senti ele apertar a minha cintura, chupei a língua dele com força e ele sorriu de lado.
- Caralho. - ele parou o beijo colando nossas testas e eu o olhei sorrindo. - Puta que pariu.
- Que foi? - perguntei rindo.
- Você é uma filha da puta gostosa. - disse e eu fechei os olhos com vergonha, e ele acariciou minha bochecha. - A gente ta fodido.
- Eu vou falar com o Gustavo. - falei e ele assentiu se afastando. - Mas será que a gente pode deixar isso só entre a gente por enquanto?
Ele me encarou e eu achei que ele ia ficar puto, mas ele deu um sorriso safado.
- Sigilo, po. - respondeu. - O que ninguém sabe, ninguém estraga.
Sorri pra ele que apertou a minha coxa.
Talvez eu estivesse só um pouquinho apaixonada, mas eu juro, é só um pouquinho...
•••
Votem e comentem.
Gente, vocês acham esse negócio de que o que ninguém sabe ninguém estraga da certo?
Eu acho que sigilo da certo se os dois se respeitam.
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A praia do amor II
RomanceCaminhos diferentes e amores proibidos. Segunda temporada de A praia do amor.