A praia do amor II

Trinta e dois.

Helena

Havia passado alguns dias que eu tinha ido na casa do Gustavo com o Jonas, que agora enche meu saco pra ir no cinema.

Quando eu babava pra esse menino, ele sempre estava com alguém diferente e última coisa que ele olhava, era pra mim, agora que eu conheci alguém que me faz bem e que gosta de mim, essa desgraça resolve virar minha vida de cabeça pra baixo.

Encarei mais uma vez a mensagem dele e respondi com um ''sim'', confirmando nosso cinema, pra hoje.

Meu estômago chega a embrulhar de pensar que vou ter que ficar um tempo sozinha com ele...

A gente iria sair da minha casa ás 19:00 e já eram 17:30, então, resolvi levantar meu bumbum da cama e ir me arrumar logo.

•••

- Anda logo, tá linda já. - encarei o reflexo dele pelo espelho e ignorei, continuando a passar meu rímel. 

- Eu já vou, Jonas. - respondi e ele bufou se jogando na cama. 

- A gente pode ver Coringa? - disse e eu dei de ombros, mas no fundo estava super ansiosa pra ver.

- Tanto faz, vamos? - perguntei e ele confirmou com a cabeça pegando o celular e chamando o Uber. 

Eu apenas dava umas olhadas enquanto o Uber não chegava e as vezes, via ele fazendo o mesmo, mas ninguém se manifestou pra uma conversa decente. 

Assim que entramos no Uber, ele sentou do meu lado e eu respirei fundo sabendo que a noite seria longa e que eu precisava sobreviver...

•••

- Você prefere pipoca doce ou salgada? - perguntou e eu o encarei, vendo ele sorrir. 

- Pode ser doce. - respondi e logo em seguida seguimos pra sala onde iríamos ver o filme.

Demoramos um pouquinho pra achar a cadeira, um mais atrapalhado que o outro mas assim que achamos, sentamos e começamos a comer já que o filme ainda não tinha começado. 

- Como tá com o Gustavo? - ele perguntou e eu respirei fundo. 

- Tá bem, Jonas. - respondi. 

- Que bom, né. - respondeu dando uma risadinha e eu o encarei séria. 

- O filme vai começar. - falei virando pra frente já que as luzes haviam sido apagadas. 

Eu estava tão ansiosa pro filme que não tava nem aí pro Jonas ou eu achava que não, até ele começar a fazer cafuné me deixando molhinha. 

Era o meu ponto fraco, ele sabia fazer do jeito que eu gostava, com a força que eu gostava e no ponto certo, senti um arrepio pelo meu corpo e ouvi ele rir abafado. Acabei tirando a mão dele dali, era tão errado sentir um frio na barriga e estar aqui com ele...

- Relaxa... - ele sussurrou no meu ouvido e eu não entendi, até ele pousar a mão na minha coxa e começar a fazer um carinho mais forte na área...

- Que merda você tá fazendo? - perguntei e ele me encarou, nesse momento eu fiquei hipnotizada.

Eu só conseguia ver ele pela luz que o filme refletia, seus olhos brilhantes e claros me encaravam a todo segundo, sua mão continuava a apertar a minha coxa e aquele sorriso apareceu querendo foder todo o meu psicológico. 

- Porra. - ele xingou me olhando. - Acho que fui te notar tarde demais, né? 

- Para, Jonas. - fechei os olhos. - É tão errado isso. 

- Não é errado duas pessoas se gostarem. - ele disse. 

- Eu gosto do Gustavo. - respondi séria e ele parou de me olhar e voltou a prestar atenção no filme, me deixando sem reação.

O filme era bom, mas eu quase não prestei atenção, ele tava tão próximo e eu só queria ir pra minha casa, na minha cabeça várias cenas eram criadas e isso não me ajudava nem um pouco.

Do nada as luzes acenderam, avisando que o filme tinha acabado e eu só conseguir ver o Jonas levantando e saindo, sem se importar comigo. 

- Jonas. - falei mais alto indo atrás dele que caminhava rápido. - Jonas, porra. 

- Que foi? - perguntou se virando e eu o encarei. 

- Que porra você tá fazendo? O que que foi aquilo? Eu sempre estive aqui, convivendo contigo, sempre te dei a maior atenção e eu recebia no máximo um olhar, agora que eu to bem, você quer fazer isso. 

- Você não iria entender, volta pro seu relacionamento perfeito, eu fico de boa. - voltou a caminhar e eu puxei o seu braço esbarrando nossos corpos. - Que foi, Helena? 

- Que porra você quer de mim? - perguntei sentindo meu corpo formigar. 

- Algo que você não pode me dar, porque tá ocupada demais vivendo um outro amor. - respondeu e em poucos segundos sumiu na multidão do shopping.

•••

Oi amados, podem me bater por eu quase nunca postar capítulo, desculpa.

Votem e comentem.