Victória 🌴
Suspirei mais uma vez antes de voltar a subir o morro, cumprimentei algumas pessoas e de longe olhei a sorveteria.
Caminhei até lá e comprei uma água e um sorvete de flocos, que eu amava.
Vim ver a Júlia, já que eu estava com saudades, mas subir esse morro era horrível.
Continuei a caminhar até uma moto parar do meu lado e eu sorri, vendo o LG.
- E aí. - ele me encarou. - Tá indo na Júlia?
- Tô. - respondi.
- Eu te levo, sobe aí. - disse e eu suspirei feliz acabando de comer meu sorvete.
- Graças a Deus não vou precisar caminhar. - falei e ele riu.
- Sedentária. - disse dando partida na moto.
Em questão de segundos eu vi a casinha da Júlia e ela jogada na calçada, conversando com um vapor.
- Oi gostosa. - falei dando um beijo na bochecha dela que riu me abraçando.
- Saudadii. - disse rindo e eu deitei a cabeça no seu ombro. - Oi gatinho.
- Oi minha gata. - LG caminhou até ela, roubando de mim.
- Falsos. - fiz careta vendo ele roubar um selinho dela. - Tem o que pra comer nessa casa, Ju?
- Entra lá, tem strogonoff. - ela disse e eu sorri boba, correndo pra cozinha.
Além do strogonoff, lá tinha um puta gostoso, vulgo MT.
- Bom dia. - falei sentando na mesa e como ele estava de costas, virou pra me olhar.
- Bom tarde, Victória. - disse com aquela voz rouca que me fez arrepiar todinha. - Veio pro baile?
- Hoje tem? - perguntei e ele assentiu. - Talvez eu vá então.
- Passo pra te buscar. - disse e eu ergui a sobrancelha. - Tu vai comigo, gatinha.
- Quem disse? - perguntei debochada e ele caminhou até mim.
- Eu. - disse me dando um selinho e eu dei um risinho.
- Vou pensar no seu caso. - gritei quando ele estava saindo.
- Não vai se arrepender. - gritou de volta e eu gargalhei.
Eu e o MT éramos assim, ficávamos quando dava vontade, sem rótulos e sem cobrança.
Mas como eu era super bobinha, era a apaixonadinha, achava que vivíamos um amorzinho.
O que era mentira.
Comecei a comer meu strogonoff quietinha, até a Júlia entrar e me puxar pra maratonar Good Girls com ela.
•••
Deixei a Júlia escolher a minha roupa depois de muita insistência dela, ela acabou escolhendo um body preto todo rendado, um short jeans cintura alta e um tênis preto, já que ela disse que só as corajosas vão de salto.
No fim eu amei o resultado e fui me maquiar, como as coisas eram da Júlia, eu super abusei e fiz uma maquiagem super lindinha.
Assim que os meninos chegaram, já descemos pra ir pro baile me fazendo ter lembranças do último que eu fui.
- Oi. - falei chegando perto do MT que tava cheiroso demais, ganhou meu coração.
- Tá gatona. - disse dando um cheiro no meu pescoço. - Olha que rabão lindo, todo meu.
- Bobo. - gargalhei e subi na moto, vendo a Júlia reclamar que estava de saia enquanto subia na moto do LG.
Mateus foi voando até a quadra e assim que descemos alguns olhares vieram até nós, me deixando desconfortável.
Ele entrelaçou os braços na minha cintura e foi me guiando até o camarote, onde tinha poucas pessoas.
- Esse povo não para de olhar pra cá. - murmurei no ouvido dele que riu baixinho apertando a minha cintura.
- Fica de boa. - disse me virando pra ele. - Quer beber algo?
- Quero, vodka com energético. - falei e ele assentiu indo pegar as bebidas.
- Essa Maísa, pelo amor de Deus. - Júlia veio até mim revirando os olhos.
- Quem é essa? - perguntei e ela apontou pra uma guria que não parava de me encarar. - A menina que eu briguei, meu Deus. - gargalhei.
- Sim, ela não deve ter amor próprio só pode. - disse e eu dei de ombros vendo o meu tesão chegar com as bebidas.
- Aqui. - me estendeu o copo e eu fiz careta vendo o quão forte estava, mesmo assim continuei bebendo.
Como eu era fraquinha pra bebida, aos poucos fui me soltando e comecei a dançar com a Júlia, enquanto o Mateus ficava me sarrando e recusando a sair de trás de mim.
Olhei por cima do ombro e vi ele fumando, fiz careta e virei pra ele pegando o cigarro da sua mão.
- Que foi? - ele perguntou enquanto eu apagava e jogava o cigarro no lixo.
- Não usa não, faz mal. - falei e ele riu baixinho segurando a minha nuca.
- Me deixa mais de boa, Vic. - disse no meu ouvido. - Eu curto usar.
- Mas eu não, então hoje você fica sem usar. - falei e ele fez careta.
- Chata. - disse me dando um selinho que se transformou em um beijo.
Segurei na sua nuca intensificando o beijo e ergui um pouquinho o pé, já que ele era mais alto que eu. Senti sua mão acariciando a minha bunda e subindo pras minhas costas.
Senti ele sorrir durante o beijo, o que me fez querer sorrir também.
- Por que tão perfeita? - disse com a testa colada na minha e eu sorri.
- Para, sou tímida. - falei rindo.
- Quando tava chupando meu pau não estava tímida. - disse no meu ouvido e eu dei um tapa no seu braço.
- Cala boca. - falei e ele riu me apertando.
Aproveitei o baile do lado do MTesão e dos meus poucos amigos, mas que me faziam muito feliz.
Assim que o baile acabou voltamos pra casa e eu dormi do lado do meu gatinho, e como estávamos mortos não rolou nada.
Apenas ficamos agarradinhos e eu estava amando todo esse grude com ele...
E eu tinha medo de me acostumar, porque eu sabia que no final quem iria se ferrar era eu...
•••
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A praia do amor II
RomanceCaminhos diferentes e amores proibidos. Segunda temporada de A praia do amor.