Vinte e um.

2.2K 142 62
                                    

Bernardo

Porra, eu não podia ter feito isso com ela e nem com a Lis.

Lis era a minha mais nova ficante, na verdade, já havíamos namorado até ela ir embora da minha vida, mas agora ela tá de volta.

Ela foi a primeira garota que eu namorei e mano, foi tudo muito intenso, eu não iria esquecer ela tão fácil.

No começo eu não queria nem mais ver a cara dela, porra, ela foi embora do nada e me deixou sem explicações. Só que ela voltou, tem umas duas semanas e voltamos a nos falar, ela se explicou e parece que todo aquele sentimento havia voltado. 

Mas o sentimento que eu tenho por ela, não chega nem perto do que eu sinto pela Alícia.

Só que a Alícia é algo proibido pra mim, eu tentei evitar, eu tentei não pensar nela, eu tentei de tudo, mas essa menina está em todos os meus pensamentos. Essa menina fode o meu psicológico.

Eu não podia ter deixado ela lá, naquele estado, depois do que eu fiz.

Mas eu também não podia voltar, eu não ia conseguir me controlar perto dela. Ou talvez, eu nem quisesse me controlar. 

Fechei os olhos tentando esquecer a cena dela gemendo o meu nome, dela me olhando com aqueles olhos puros, mas que falavam muitas coisas.

Porra, Alícia.

Eu estava confuso e cada vez mais eu piorava a situação, eu não poderia ter tocado ela, não poderia ter beijado ela, só que ela é a pessoa que me transborda e eu não consegui me conter.

Por mais que ela seja a garota que eu devo manter distância.

Eu não queria magoá-la, eu não queria continuar algo que era tão errado, eu tinha medo, medo de não ser o que ela precisa. E ela não precisa de mim, ela precisa de alguém que seja muito melhor pra ela, e eu sou apenas um babaca.

E ela merece algo muito melhor do que um simples babaca...

•••

- Oi gatinho. - Lis caminhou até mim, me dando um selinho.

- E aí. - forcei o sorriso e ela entrelaçou nossas mãos. 

- Vamos fazer o que? - perguntou enquanto caminhávamos por aquele shopping enorme. 

- Ver um filme? - perguntei e ela assentiu sorrindo. 

Lis  era aquela garota que tacava o foda-se e tava contigo pra tudo, ela sempre foi assim, desde quando a conheci. Sempre foi bonita, mas o que tinha de bonita, tinha de chata e eu era um dos únicos que a suportava.

Mas ela sempre esteve comigo e sempre me ajudou.

E eu me sentia um completo babaca por estar usando ela pra preencher um vazio, que só uma pessoa poderia preenchê-lo, e infelizmente não era ela. E sim, a única pessoa que eu não posso ter nada.

Optamos por assistir os Vingadores e em alguns momentos a Lis ficava tentando me beijar, mas se eu quisesse beijar eu ficava em casa, paguei pra ver filme então vamos ver o filme.

Fiquei tão entretido no filme que nem percebi o tempo passar, assim que ele acabou olhei pro lado vendo a Lis dormindo. 

- Ei, gatinha. - chamei ela que abriu os olhos devagar. 

- Ah, desculpa. - disse se ajeitando e eu ri baixinho. 

- De boa. - falei. - Quer fazer o que agora? 

- Queria ir pra sua casa, faz tempo que não vejo sua mãe. - disse me encarando e eu assenti dando um beijo nela. 

Antes de irmos pra minha casa, passamos no BK e compramos algo pra comer.

Eu não estava nem um pouco afim de levar a Lis lá em casa, parece que estamos entrando em algo sério fazendo isso, e nós não estávamos. 

Durante o caminho ela foi me falando algumas coisas e cantando algumas músicas que ela conhecia, eu apenas gargalhava, a menina cantava ruim demais. 

- Eu sei que canto muito. - disse rindo assim que chegamos. - Tô morrendo de fome. 

- Também tô. - falei abraçando ela de lado e a guiando pra minha casa. 

Assim que entramos estava tudo num silêncio total, o que eu estranhei. 

- Será que não tem ninguém? - Lis perguntou me olhando maliciosa. 

- Não sei, acho que daqui a pouco aparece alguém. - respondi dando de ombros. 

- A gente podia aproveitar enquanto não aparece ninguém, né? - disse apertando meu pau por cima da calça e eu suspirei. - Saudades de sentar pra você. 

- Acho que não é uma má ideia. - respondi e ela sorriu me beijando. 

Era um beijo quente e com fogo, mas não tinha milhares de sensações e sentimentos juntos, era só um beijo. 

Minhas mãos passeavam por todo seu corpo e ela apalpava meu pau por cima da roupa, que já estava ficando duro. 

A guiei até o sofá, onde deitei a mesma e tirei toda sua roupa. Desci meus beijos por todo seu corpo e parei assim que cheguei na sua intimidade. 

- Me diz o que tu quer, vadia. -  falei apertando seu clitóris e ela deu um gritinho. 

- Quero que você me... - assim que ela ia completar a frase, nos assustamos com um barulho.

- Merda, merda, merda. - ouvi aquela voz que eu tanto conhecia e encarei a Lis. 

Olhei pro topo da escada e lá estava ela, com alguns livros nas mãos e outros acabaram caindo no chão.

- Me desculpa, eu... - ela se embolou ajuntando os livros que estavam no chão. 

Eu não sabia o que falar, não sabia o que fazer, eu estava me sentindo um merda...

- Eu já estou indo, só vou pegar esses livros. - ela disse com voz de choro e eu caminhei até lá, a ajudando. - Não preciso de ajuda. 

- Alícia, porra, me desculpa... - sussurrei e ela me olhou, com os olhos cheios de lágrimas. 

- Desculpa pelo que? - perguntou voltando a pegar os livros. 

- Por isso, eu não queria que você... - respondi olhando a Lis que se vestia. 

- Não precisa se desculpar, não temos nada e... - disse. - Pode ficar tranquilo que ninguém vai saber.

- Alícia... - falei e ela me olhou uma última vez antes de descer as escadas e sair por aquela porta.

Assim que não tive mais a visão dela, senti uma dor no peito, eu não sabia se era de culpa ou de tristeza, só que essa dor estava muito forte e eu só queria que ela parasse.

Mas ela não ia parar, eu sabia que não, eu havia feito a maior burrada da minha vida. 

Eu havia perdido a minha garota...

•••

Lis, 18 anos.

Lis, 18 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A praia do amor IIOnde histórias criam vida. Descubra agora