Trinta e quatro.

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MT

Encarei ela mais uma vez que riu da minha cara e voltou a dançar, eu estava tão puto com a Victória que ela não tem noção.

Perdeu toda a postura nesse baile, pagou calcinha e toda hora que eu olhava ela tava ficando com alguém diferente. 

Filha da puta. 

Ela me olhou mais uma vez e começou a dançar até o chão, me dando toda visão da calcinha branca dela e uma roda de moleque se formou em volta dela.

Desci do camarote a milhão e esbarrei em todos ali, assim que cheguei perto a rodinha se abriu e ela me encarou brava. 

- Saí daqui. - ela disse brava e eu ergui a sobrancelha. 

- Vamos embora. - estendi a mão e ela deu um tapa, me fazendo suspirar. 

Puxei ela pelo braço com um pouco de força e ela começou a me bater, a peguei no colo jogando pelo meu ombro e ajeitei o vestido dela, pra não mostrar nada.

- Me solta, seu idiota. - ela disse me dando um tapa. 

- Fica quieta. - dei um tapão na bunda dela ouvindo ela dar um gritinho.

- Escroto. - ela sussurrou e eu abri o carro, a colocando lá dentro. - Me leva pra casa. 

- Beleza. - falei guiando pra minha casa e ela bufou. 

- Você é um ridículo sabia? - disse brava.

- Beleza, agora fica quieta. - respondi e ela cruzou os braços fazendo um bico enorme. 

•••

- Vai tomar um banho. - falei assim que chegamos em casa e ela assentiu, subindo a escada toda desengonçada.

Fui pra cozinha tomar um pouco de água e assim que subi pro meu quarto ouvi a Victória chorando. 

- Qual foi? - perguntei vendo ela me olhar. 

- Eu odeio tanto você. - ela me olhou. - Por que você tem que ser assim? 

- Assim como louca? - cheguei mais perto e ajudei ela a tirar o vestido.

- Do jeito que você é! Por que você não nasceu feio? - ela perguntou e eu gargalhei baixo. - Não ri. 

- Ta bom, Vic. 

- Você só me ilude sabia? Você me faz gostar de você pra depois aparecer com aquela menina no baile. - Disse chorando. - E a única pessoa que eu queria de lá era você!

- Mas ficou com o baile todo né. - falei baixo tirando o sutiã e a calcinha dela. 

- Saí, eu não quero transar. - falou brava. - Não com você. 

- Aé, vai transar com quem então? - perguntei e ela deu de ombro. - Só vou te dar um banho. 

- Tá e depois você vai dormir comigo? - ela perguntou e eu neguei. - Por que? 

- Porque a gente não pode se apegar Victória, eu não posso me acostumar a viver contigo e nem você comigo. Isso é pra ser algo que vai acontecer só as vezes. 

- O problema é que eu já me apeguei, Mateus. - ela bufou e eu a guiei até o box. - E qual o seu problema com relacionamentos? 

- É que no final alguém sempre saí machucado e se a gente se envolver, é bem provável que seja você. - falei vendo ela fazer careta assim que sentiu a água fria em contato com seu corpo. - E eu não quero te magoar. 

- Mas a vida tem dessas coisas, nem sempre você tá feliz! O importante é você se arriscar, viver a vida, se magoar faz parte e errar também, a gente tem que aprender com isso e não ver como algo ruim.

- Eu já deixo muitas pessoas tristes, eu não mereço ninguém como você do meu lado. - falei pegando a toalha e a ajudando a enxugar seu corpo. 

- Mas você pode fazer por merecer! O mal das pessoas é querer complicar tudo, as pessoas só querem as coisas fáceis e essas coisas nunca tem graça. Quando você consegue algo difícil, no final você olha pra trás e percebe o quão difícil foi conquistar aquilo e aí você a passa a cuidar melhor do que você tem. - respondeu e eu assenti vestindo nela minha blusa e a calcinha que ela sempre esquece aqui.

- Eu só acho que você merece alguém que te faça a pessoa mais feliz do mundo e eu não sou essa pessoa. - respondi vendo ela me olhar. 

- E eu acho que tudo que a minha vida precisa é você, boa noite. - ela disse indo pra cama e eu suspirei passando a mão na cabeça.

Porra, porque ela tem que ser tão complicada?

•••

2/3

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A praia do amor IIOnde histórias criam vida. Descubra agora