Quatorze.

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Mariela 🌼

- Não sei, ela quer namorar mas eu não sirvo pra isso, sabe? - Igor disse se referindo a menina que ele ficava.

- Se você gosta dela, vá em frente. - falei dando uma mordida no meu sanduíche.

Estávamos no lugar que o Igor me trouxe depois do término com o Arthur, era o lugar de paz dele, acabou virando o meu também.

Vinhamos aqui sempre que podíamos, trazíamos uma toalha e algumas besteiras pra comer. Conversávamos sobre coisas bobas e o tempo passava voando. 

Criamos uma certa intimidade, eu considerava o Igor um grande amigo e nos aproximamos cada vez mais ultimamente, um grude.

A gente sempre tentava se ajudar e encontrar soluções pros nossos problemas, mas todas as conversas sempre acabavam em alguma história engraçada da vida do Igor.

- Mas eu nem sei se gosto dela, a gente só fica. Sem compromisso, nunca parei pra pensar em algo sério. - disse e eu assenti.  - Como eu sei que gosto dela? 

- Olha, quando você gosta de alguém você meio que tem essa certeza, saca? Você meio que se pega pensando nela, no sorriso dela, nos costumes dela e as vezes até faz alguns. - falei encarando o mar. - É algo automático, você só se vê gostando de uma pessoa que você pensou que nunca poderia sentir algo...

- Eu nunca parei pra pensar nela dessa forma, ela é uma amiga que eu pego as vezes. - disse dando uma risada fraca. - Alguém que eu quero confiar e cuidar, mas não namorar. 

- Então abre o jogo, só não enrola ela. - falei e ele assentiu. - Não alimente as expectativas dela se você não sente nada.

- Maravilhosa irmão, me ajuda em tudo. - disse me abraçando e eu gargalhei. 

- Sou uma amiga maravilhosa, eu sei. - falei jogando o cabelo e ele riu. 

- Eu tava pensando, a gente podia tentar ir num baile de novo. - Igor disse e eu o encarei assustada. 

- Tá doido? Victória quase morreu. - falei. 

- Queria conhecer melhor o lugar. - disse fazendo biquinho. - Parece ser legal. 

- Acho melhor não arriscar. - respondi. 

O silêncio se instalou por um momento, mas não era aquele silêncio constrangedor, era um silêncio diferente, confortável, talvez pela pessoa que está comigo. 

- Acho que nunca vou cansar de ter essa vista. - Igor disse se referindo ao pôr do sol. 

- Daqui o mundo parece perfeito. - murmurei sentindo o vento bater contra meu rosto...

•••

Abri os olhos vendo que já tínhamos chegado.

- Tchau, Igor. - falei dando um beijo em sua bochecha. 

- Até, gatinha. - disse enquanto eu saía do carro. 

- Até. - falei jogando um beijo no ar e entrando pra casa. 

- Oi meu amor. - minha mãe disse assim que me viu entrar em casa.

- Oi mãe. - sentei do lado dela que mexia no celular. - Cadê meu pai? 

- Não sei, falei pro Guilherme sumir da minha frente se não ia matar ele. - disse e eu gargalhei. - Então, parece que ele sumiu mesmo. 

Os meus pais, são a minha meta de relacionamento. Um casal desses bicho.

- Então tá. - respondi me levantando. - Vou tomar banho.

Subi pro meu quarto separando uma roupa, em seguida entrei no box sentindo a água quente escorrendo pelo meu corpo, me relaxando. 

Fechei os olhos e por um segundo lembrei do Arthur, desde que terminamos me peguei pensando nele, algumas vezes. Mas não era um pensamento de saudade, e sim de liberdade. De ter me livrado do embuste que ele era. 

Eu percebi que tudo que eu sentia não era verdadeiro, era apenas uma atração e carência por alguém. Acabou que essa carência não foi suprida e sim aumentada, já que ele nunca me deu atenção, carinho e principalmente, amor.

Mas pelo menos eu enxerguei isso...

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Maribela: oi razão da minha libido.

Maribela: oi razão da minha libido

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Helenaja: melhor amiga

Igorsfr: saudade do que a gente não viveu ainda

Bernardss: e aí fake

•••

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