Constrangedor?

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....Me controlando para não falar mais um palavrão...

Levanto-me e vou direto para o banheiro. Retiro a camisinha ainda perturbado em ver seu sangue. Suspirando! Enrolo uma toalha em minha cintura e umideço a outra com água morna do chuveiro.

No quarto, apenas a colcha branca como prova do meu descontrole.
Passo as mãos nervosas em meus cabelos e vou para sala. A vejo de costa para mim; de calcinha, abaixando-se lentamente para pegar seu vestido.
Sei que percebeu minha presença. Ficou imediatamente rígida enquanto coloca o vestido, sem se virar para mim.

-Júlia. -ela não responde. Dou alguns passos em sua direção e ela se vira. Sua maquiagem dos olhos esta levemente borrada, deixando um suave rastro até seu maxilar. Paro a menos de dois passos dela.

Porra! Não tenho a mínima ideia do que dizer.

-Aonde você vai? -quase sussurro com medo de assustá-la. Se essa mulher tremer, eu piro.

-Pra minha casa. -responde desviando o olhar.

-Vamos sentar e conversar -observo ela morder o canto direito do lábio inferior -Por favor Júlia -insisto.

-Acho melhor eu ficar de pé mesmo -balança o pé direito, entrelaça uma mão na outra em frente ao corpo; próximas ao ventre e olhando para o chão. Parecendo mesmo a menina inocente que eu sempre enxerguei nela e me enchendo mais de culpa.

-Vamos nos sentar, não me importo se sujar algo. Não posso te deixar sair assim.

-Eu vou ficar bem Thomas, só quero ir pra casa mesmo. Não se preocupe, segunda eu passo no departamento pessoal. -conto até dez, para não perder a paciência.

-Sente-se por favor. -Ela finalmente cede. Pega a toalha que estava em minha mão, forra no sofá e se senta. -Por que você faria isso? - me sento bem enfrente à ela, na mesa de centro e ficando bem próximo.

-Para não ver seu arrependimento. -me choca com sua conclusão.

-Eu realmente estou arrependido -ela desvia o olhar cheio -Mas não da forma que imagina. Eu deveria ter me controlado. Fiquei surpreso sim, não nego. Mas estou arrependido por ter te machucado. Por ter estragado sua primeira vez sendo um cavalo afobado. Por ter visto a dor que lhe causei. Estou arrependido sim; por ver seus olhos cheios de lágrimas onde antes tinha tanto desejo.

-Sinto muito, eu não pensei que pudesse doer tanto.

-Não sinta. Se eu tivesse me controlado não teria doído tanto. Me desculpe também por ter saído da cama daquele jeito. Eu realmente... Me desculpa.

-Tudo bem.

-Ainda está doendo? Sabe se o sangramento parou?

-Acho que parou...

-E a dor?

-Está ardendo um pouquinho e parece ter algo diferente dentro de mim. Não sei explicar. -desvia o olhar.

-Vou preparar um banho pra você.

-Eu tomo em casa.

-Eu não quero que você vá embora. Se não está com medo de mim, me deixe tentar melhorar as coisas com a gente. Me deixa tentar te fazer esquecer a decepção da sua primeira vez. -quase imploro. Quase nada! Implorei mesmo.

-Você não tem obrigação...

-Não é por obrigação Júlia. Eu te quis há quarto anos e em um, vivo no limite tentando manter minhas mãos longe de você - assumi me levantando e sentando-me ao seu lado, que agora me olha aparentemente mais relaxada -Não vou mais te machucar, e... Além do mais, prometi que iria lhe dar à atenção que merece. -sorriu tímida -lembra-se? Mas claro que não vai ser agora, ou hoje. -finalizo esperançoso.

MEU DESTINO🔞 Trilogia Baile De Máscaras 3Onde histórias criam vida. Descubra agora