Droga, é Youngjae!

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[...]

- Você vai mesmo fazer o trabalho com ele? E se ele tentar algo com você? Quarta-feira não é o dia em que você fica sozinho em casa? Será que Minji vai fazer aquela torta de maçã hoje? - Mark não parava de tagarelar para Jaebum que estava concentrado num livro.

- Meu Deus cale a boca!! - Disse alto fazendo o outro o dar um tapa. Bufou fechando o livro. - Sim, eu vou fazer o trabalho com ele. Porém, só porque estou curioso sobre a vida dele. - Completou. - E outra, acho difícil ele tentar algo de novo, e se ele tentasse não seria tão ruim assim...- Murmurou a última parte na intenção do outro não ouvir. - E a Minji não vem hoje, a filha dela teve bebê ontem. - Desceu as escadas ouvindo a campainha tocar, Mark o seguiu falando que não deveria confiar em Youngjae e bla bla bla.

Jaebum estava sozinho em casa com Hweso e Mark. Hweso no seu quarto como sempre, não se dava muito bem com Mark, tudo porque tem um crush reprimido no americano que nem deve se lembrar de sua existência, ele tinha um crush em Mark mas era cem por cento hétero.

Já Mark não tinha uma coisa chamada "vida amorosa" nem sabia sobre sua própria sexualidade, não tinha necessidade. Por enquanto ele se dizia gamer-sexual.

Jaebum destrancou a enorme porta da sala, e viu uma garota uns 5 centímetros menor que si, loira, com lentes azuis e um vestido rosa.

- An...Boa noite, Im Jaebum está? - Perguntou sorrindo, Jaebum franziu o cenho.

- Sou eu. - Respondeu desconfiado e a garota abriu um sorriso absurdamente forçado.

- A tia Junhae disse para eu pedir ajuda para você, eu sou Elkie, uma sobrinha dela dos EUA. - Estendeu a mão para comprimentar o moreno, Mark o empurrou segurando a mão da loira.

- Oi, sou Mark Tuan. Então...Eu te ajudo com isso, o Jaebum está meio ocupado. - Sorriu falsamente para o Im como quem diz "Foge que dá tempo." E assim o fez, fez uma reverência para a garota e saiu de casa, não sem antes mandar um sinal de "Obrigado cara, te devo minha vida" Para o amigo que colocava umas malas da garota para dentro. Que espécie de plano maligno é esse? Já não basta Yeeun? Se bem que Yeeun nunca mais o ligou.

Sem seu celular, dinheiro, ou qualquer coisa para o distrair, foi andando sem rumo pelas ruas meio desertas. Começou a chover fraquinho, correu para a lojinha de HQ do outro lado da rua, abriu um sorriso enorme ao ver que estava aberta. Era como um santuário.

Abriu a porta passando pelo caixa, ouviu um assobio se virando em direção ao mesmo.

Droga, é Youngjae.

Youngjae usava sua típica jaqueta de couro, uma camisa da supreme preta por dentro, seu cabelo repartido no meio como sempre, e por fim, junto com seu sorriso de canto, um pirulito azul.

- Oi, Jaebum. - Acenou com a mão sorrindo. Jaebum corou indo até o balcão.

- Já não basta te ver todos os dias de semana, agora tenho que ver aqui também? - Puxou um quadrinho qualquer da prateleira ao lado, sem levantar o olhar. Como o olharia depois daquilo no vestiário? O outro riu puxando a revistinha da mão do outro a olhando.

- No vestiário não pareceu ser um castigo me ver. - Piscou saindo de trás do balcão. Jaebum engoliu em seco, sua garganta já estava seca de tanto fazer isso. - Aliás, Jinyoung acabou de me pedir para fechar. - Sacudiu o próprio celular no ar. Jaebum assentiu cabisbaixo, seu estômago roncou de fome, se jogou no banquinho junto de um dos sofás. - Ah, está com fome? - Perguntou e o outro assentiu com um biquinho.

- Acabei saindo rápido demais de casa, nem meu celular eu trouxe. - Bufou tirando um chiclete do bolso.

- Estava fugindo de um casamento? - Perguntou rindo fechando a portinha da loja já do lado de fora.

- Provavelmente. - Deu de ombros, Youngjae parou de rir aos poucos o olhando. O mais velho olhava o chão da rua enquanto andava ao lado do outro, não fazia ideia até onde ia andar ou se o outro iria o sequestrar e pedir um resgate milionário para seu pai (que poderia pagar isso como se não fosse nada), ou se apenas andariam lado a lado em silêncio.

Youngjae respirou fundo parecendo nervoso de uma hora para a outra. - Você... - Limpou a garganta desviando o olhar. - Quer ir comer comigo? Minha avó é dona de um restaurante nessa próxima rua, podemos comer o quanto quisermos e de graça. - Disse empolgado.

- Sério? - Jaebum perguntou pela primeira vez no dia sorrindo verdadeiramente. O outro assentiu. - Obrigado.


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