Coração quebrado

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[...]

Jaebum estava sentado na cama terminando de abrir os presentes que havia ganho, eram muitos. Tanto que Youngjae estava o ajudando há mais de 40 minutos.

O celular do Im tocou mostrando o número de Minji. Largou a caixa que abriu para atender o celular animado.

— Jaebum, eu preciso que você me escute com calma, okay? Tem alguém aí com você? — A mais velha perguntou preocupada do outro lado e sua voz estava falha.

Jaebum franziu o cenho respondendo: — Do que você está falando nana? E sim, tem alguém comigo, o Youngjae.

Minji respirou fundo do outro lado ficando um tempo em silêncio, procurando palavras de como falar aquilo para Jaebum sem ele se desesperar na hora e não ouvir o resto.

— Nana, fale logo. — Se sentou na ponta da cama prestando atenção em qualquer som que Minji fizesse.

Youngjae se ajoelhou em sua frente apoiando as mãos e o queixo em suas pernas.

— Você sabe aquela arma antiga que seu pai guardava? — Perguntou ouvindo um "sim" confuso do Im. — Hoje de manhã o Hweso... Ele conseguiu pegar ela e ele atirou contra a própria cabeça antes que alguém chegasse. Desculpe, eu não pude fazer nada.

Foi nesse momento que Jaebum desejou nunca ter saído de perto do irmão, que desejou ter ouvido aquelas palavras entre o choro de Minji errado.

Mas nada disso tinha acontecido. Era verdade, estava realmente acontecendo, Hweso atirou contra a própria cabeça e Jaebum não estava lá para impedi-lo.

— Ele deixou uma carta para você.

Jaebum, se sentindo sem força alguma, abaixou o celular que teria caído no chão se Youngjae não tivesse pego. Minji falou tudo para Youngjae, que logo desligou e foi ver como Jaebum estava.
Jaebum não mexia um músculo sequer e seu olhar estava preso ao chão abaixo de si.

— Não pode ser verdade. — Murmurou rindo nervoso.
Nada daquilo entrava na sua cabeça, parecia um pesadelo. Um pesadelo que ele precisava acordar.

— Jaebum, olhe pra mim. — Jaebum pareceu não ter escutado, continuando com o olhar pregado no chão. Youngjae pegou seu rosto entre suas mãos que tremiam um pouco, ele sabia que Jaebum amava o irmão mais que qualquer coisa. — Você precisa aceitar que ele fez isso. — O Im negou com a cabeça olhando nos olhos de Youngjae. Ele não queria acreditar naquilo, mas com a ajuda de Youngjae ele estava saindo do estado de choque em que tinha entrado. — Hweso não está mais aqui, e ele não vai voltar. Mas ele se livrou de todos aqueles remédios que ele tinha que tomar todos os dias, os manicômios, a mãe dele... Ele está melhor agora.

— Se a morte fosse uma coisa boa ninguém teria medo de morrer.

Ao contrário do que ambos pensaram, Jaebum não chorou escandalosamente e sim um choro frio e silencioso foi posto para fora. Ele tentava tirar aquela dor que ele sentia naquele momento mas não conseguia. Aquilo ficaria preso para sempre, e como se fosse um recado do futuro o Im já sabia disso.

— É importante você colocar isso para fora, eu sei que está doendo. — Youngjae passou seus dedos pelos cabelos do outro que o abraçou forte.

— Eu não consigo. Dói muito mas eu não consigo. — Murmurou baixinho.

Youngjae o deitou, o cobriu e logo fez o mesmo, o abraçando por baixo das cobertas quentes enquanto o mesmo ainda chorava. Doía muito em Youngjae ver o namorado daquele jeito, sem capacidade nem de falar direito, se tremendo e apertando a si a todo instante como se tentasse fazer aquela dor sumir.

Naquela noite nenhum dos dois dormiu, Jaebum apenas cansou de chorar e logo em seguida cansou de tentar dormir. Youngjae em momento algum saiu de seu lado, alisava seus cabelos sussurrado que tudo ficaria bem e que passaria, o mantendo aquecido e confortando seu coração quebrado.




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Desculpa kkkkkkkkkkk

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