capítulo 21.

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Sai de neverland ainda perturbada com Ian, nunca havia o visto ali e ele me olhou bem estranho, como se estivesse me analisando. Andei até o ponto de ônibus que ficava uns 10 minutos de Neverland e peguei o ônibus que demorava mais uns 10 minutos para chegar na faculdade.

A aula era sobre o livro que eu li na noite passada, o professor passou alguns exercícios e no final uma prova surpresa. Dei graças a Deus por ter lido algumas partes do livro antes que Michael me interrompesse. Desde o primeiro dia de aula, não fiz muitas amizades, a pessoa que eu mais conversava era Duda, sentava ao meu lado, os outros alunos não conversavam muito. Duda não sabia quase nada de mim, só que morava em Atlanta e vim para cá a trabalho, já eu sabia quase tudo de sua vida, ela gostava muito de conversar sobre seus problemas.

A aula acabou depois da prova surpresa, sai rapidamente da sala, não queria chegar tão tarde em Neverland.

...

Já andava sobre aquela rua deserta que ficava a entrada de Neverland, olhava para os lados e para trás de 1 em 1 minuto. Minha mente já criava barulhos e vultos na rua deserta e escura, ali percebi que era uma medrosa. Comecei a andar mais rápido e finalmente cheguei no portão de Neverland o abrindo. Antony, um dos vigias de Neverland, logo escutou o barulho do portão se abrindo e colocou seu corpo para fora do pequeno cômodo de vigia que ficava perto do portão.

- Boa noite, Antony. – Falei ao ve-lo.

- Boa noite Maitê. – Ele disse olhando para os lados e voltando para dentro do cômodo. Arrumei minha mochila em minhas costas e fui caminhando na direção do carrinho de golfe para chegar em casa, já estava enjoada de percorrer aquele longo caminho todos os dias.

...

Desci do carrinho e fui andando pelo gramado, olhei para a mansão de Michael como de costume para ver se ele poderia estar sentado em um dos banquinhos próximos, para a minha surpresa ele estava e acompanho por alguém que não consegui reconhecer quem era, só vi que era um homem. Desviei meu olhar dele e sua companhia e continue caminhando na direção da casa, entrei na mesmo e fui para meu quarto descansar, me sentia exausta.

Michael On:

- Hum... Acho que a proposta é boa para mim, só tenho que posar para as câmeras e usar relógios caros para ganhar uma boa quantia em dólar. – Falei depois que Ian me explicou o contrato da propaganda que ele iria fazer para sua joalheria, eu seria o garoto propaganda, usaria relógios. Ian deu gargalhadas do que eu disse.

- Como você é hilário, Mike!

- Vou fazer isso por nossa amizade, doarei todo o dinheiro para minha fundação Heal The World. – Passei suavemente meus dedos sobre meu queixo, uma mania comum minha. Ian arqueou as sobrancelhas e sorriu encostando as costas na cadeira.

- Mike, quando eu cheguei aqui, quase bati de frente com uma moça que dirigia outro carrinho, eu esqueci o seu nome. – Ian me olhava com as sobrancelhas juntas e com a feição confusa, agora tirou as costas da cadeira entrelaçando suas mãos sobre a mesa.

- Descreva-a para mim.

- Ela tem a cor clara, o cabelo dela é liso com alguns cachos e castanhos, os olhos dela são verdes. – Disse ele, rapidamente eu já soube quem ele descrevia.

- Maitê?

- Isso! – Ele arqueou as sobrancelhas e sorriu.

- O que tem ela?

- Eu achei ela linda e perfeita para a propaganda de joias. – Ian disse olhando para cima como se lembrasse do rosto de Maitê.

- Pensei que você iria dar uma chance para Alana. – Falei lembrando da conversa que Ian e Alana tiveram mais cedo, como ela não teve muitas oportunidades como modelo aqui, Ian ficou de tentar ajuda-la.

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